Pinguins reis, 1,1 milhão de casais – terão que se realocar ou desaparecerão antes do final do século
A matéria é da BBC.com: “segundo cientistas, alguns dos redutos dos pinguins reis no oceano Antártico podem se tornar insustentáveis para a vida desses animais. O problema é o distanciamento contínuo entre as áreas de reprodução e as de alimentação. Ou seja, à medida que as temperaturas aumentam, a comida fica mais longe do local onde ficam as crias.”
Aquecimento global e a Antártica
Não é de hoje que o aquecimento global ameaça o Continente Branco. Em 2105 foi registrado ‘recorde de calor’ na Antártica. Dois anos depois, o pesquisador Matt Amesbury, da Universidade de Exeter, autor de um estudo informou que
a Antártica não vai ficar totalmente verde, mas vai ficar mais verde do que é hoje
Agora a ameaça chegou aos Pinguins reis, “uma espécie de aproximadamente 90 cm de altura, que pesa de 11 a 15 quilogramas. Habita na Antártica, a zona dos ventos do Oeste e de forma rara e por acidente podem ir para o Sudeste do Brasil.”
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É o segundo maior pingüim, e muitas vezes é confundido com o pingüim imperador, também ameaçado de extinção pelo aquecimento global; mas, ao olhar para as suas principais características, várias diferenças são claramente observadas.
As penas alaranjadas dos pinguins reis nas laterais da cabeça são coloridas e mais brilhantes. Seus bicos são os mais longos de toda a família dos pinguins e claramente mais longos que o bico do imperador.
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Onde vivem os pinguins reis
Os pinguins reis podem se adaptar a uma ampla gama de condições climáticas. Várias ilhas subantárticas, como as Ilhas Crozet, Kerguelen, Falkland, Macquarie, Prince Edward, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul abrigam suas colônias.
Alguns localizam-se no sul do Chile, e na Argentina e indivíduos solitários foram vistos no Brasil, no Uruguai e na África do Sul, bem como no continente antártico.
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De acordo com a BBC ” Céline Le Bohec, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica e da Universidade de Estrasburgo declarou:
Nossa pesquisa mostra que quase 70% dos pinguins reis – cerca de 1,1 milhão de casais – terão que se realocar ou desaparecerão antes do final do século, devido à emissão de gases de efeito estufa
A matéria explica que “os pinguins reis são a segunda maior espécie de pinguins no mundo, em número de animais. Exigentes na escolha do local para criar os filhotes, preferem ilhas sem gelo marinho e que tenham areia fofa ou praia de seixo (uma espécie de cascalho).”
“Mas precisam de um bom suprimento de peixes e lulas. No oceano Antártico, isso pode ser encontrado ao longo de uma faixa conhecida como Frente Polar Antártica. São águas ricas em nutrientes, que abrigam grande quantidade de presas.”
“A questão é que a Frente Polar Antártica está se movendo em direção ao polo. Caso as temperaturas globais continuem a aumentar, como esperado, a Frente pode se afastar do alcance de muitos pinguins. Setecentos quilômetros são o limite que as aves podem viajar sem expor suas crias ao risco de morrer de fome nos seus ninhos.”
Le Bohec conclui:
O problema é a velocidade dessa mudança. É realmente muito rápido. E isso vai dificultar que os pinguins se adaptem
Saiba mais sobre o sumiço de 900 mil pinguins reis.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinguim-rei; http://www.bbc.com/portuguese/geral-43218067; http://www.penguins-world.com/king-penguin/; http://www.penguins-world.com/king-penguin/.
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