Mata Atlântica, nova vítima da política de Jair Bolsonaro
O governo mais obtuso de nossa história recente fez outra vítima. O Atlas da Mata Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), publicado em maio de 2020, mostra que depois de dois ciclos de queda aumentou o desmatamento na mais biodiversa floresta tropical do planeta. Entre 2018 e 2019, período que coincide com a ascensão do governo Bolsonaro, foram deflorestados 14.502 hectares. Isso representa um crescimento de 27,2% em comparação ao período anterior, 2017/18, que foi de 11.399 hectares. Mata Atlântica, nova vítima da política de Jair Bolsonaro é o post de opinião de hoje.
Mata Atlântica, nova vítima da política de Jair Bolsonaro
O diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, não tem dúvida (nós, também não): “a ampliação do desmatamento da Mata Atlântica mostra que a destruição do meio ambiente não tem ocorrido apenas na Amazônia. E o fato é preocupante, já que restam apenas 12,4% da Mata Atlântica – o bioma é o que mais perdeu floresta no país até hoje”.
Mantovani acrescentou ao G1: “Ele sinalizou um vale-tudo. E esse pessoal [que já desmatava antes] se sentiu inspirado.”
A importância da Mata Atlântica
De acordo com o site da ONG, “a Mata Atlântica abrange cerca de 15% do território nacional, em 17 estados (todos o Estados costeiros desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, e ainda, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul).”
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Site do Ministério do Meio Ambiente confirma importância do bioma
O Ministério do Meio Ambiente concorda com a importância do bioma. O site do MMA mostra porquê: “estima-se que existam na Mata Atlântica cerca de 20 mil espécies vegetais (35% das espécies existentes no Brasil, aproximadamente), incluindo espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.”
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“Em relação à fauna, o bioma abriga, aproximadamente, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes. As florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata Atlântica são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água (para mais de 100 milhões de pessoas); regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de desastres; fertilidade e proteção do solo…”
A interação entre a Mata Atlântica e o oceano Atlântico
Por que ela se chama Mata Atlântica? Sob a forma de névoa ou chuva, a umidade (do oceano) ajudou a criar as condições necessárias para as diversas formações do bioma que sobe a costa brasileira desde o extremo sul, sempre margeando o oceano. Por isso o nome.
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Onde, e por que, o desmatamento aconteceu
Primeiro, por quê.
Desde que assumiu, e até mesmo antes, Bolsonaro não faz outra coisa se não investir contra uma das atividades do Ibama que é a fiscalização. O tosco pescador não se conforma pela multa que recebeu, ainda deputado, por pescar em área proibida. Procurou muito até encontrar uma marionete que ungiu como ministro. O resultado veio em seguida. E escandalizou o mundo antes do término do primeiro ano de mandato.
Agora, onde.
Segundo dados da SOS Mata Atlântica, “mais uma vez o estado campeão de desmatamento foi Minas Gerais, que teve uma perda de quase 5.000 hectares de floresta nativa. A Bahia (que tem a parcela mais rica do bioma, com 454 espécies de árvores por hectare) ficou em segundo lugar, com 3.532 hectares, seguido pelo Paraná, com 2.767 hectares. Os três líderes do ranking tiveram aumento de desflorestamento de 47%, 78% e 35% respectivamente, ao comparar com o período anterior.”
Em seguida estão Piauí e Santa Catarina com, respectivamente, 26% e 22%. Alagoas e Rio Grande do Norte zeraram o desmatamento.
Mário Mantovani explicou alguns porquês ao G1:'”Em Minas Gerais, é a queima de árvores para carvão vegetal. Na Bahia, é a soja. No Paraná, há a pressão dos grandes agricultores em relação aos pequenos’.
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Mata Atlântica, nova vítima, e as boas e más notícias
As boas começam com a repercussão excepcionalmente negativa que a gestão Salles vem recebendo. Já existe até abaixo-assinado pedindo sua saída (assine se estiver de acordo). Recentemente, por outra ação inconsequente contra o mesmo bioma, o Ministério Público Federal entrou em ação questionando as medidas afrouxadas e regras modificadas.
Destaca-se, entre as más, que teremos que sobreviver a este governo por mais dois anos e meio na melhor hipótese.
Fontes: https://www.mma.gov.br/biomas/mata-atl%C3%A2ntica_emdesenvolvimento; https://www.sosma.org.br/causas/mata-atlantica/; https://netnature.wordpress.com/2017/05/27/origem-e-caracterizacao-da-mata-atlantica-estrategias-de-conservacao-e-leis/; https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/05/27/desmatamento-na-mata-atlantica-cresceu-27percent-entre-2018-e-2019-aponta-relatorio.ghtml.
Existe no Brasil um Conselho Federal de Biologia ?
Existe um Presidente nesse Conselho ?
É hora sr. Presidente de posicionar-se , diga algo a favor ou contra
sinta-se responsável também por consentir a destruição de nossos biomas.
parabéns SOS MATA ATLÂNTICA
Não vou comentar os equívocos do governo federal na área do meio ambiente, mas gostaria de perguntar ao senhor qual o papel das secretarias de meio ambiente dos estados envolvidos, afinal como pagadora de impostos, a população paga os salários dos servidores desses órgãos, eles não fazem nada, não tem nenhuma responsabilidade pelo aumento do desmatamento? Qual é a responsabilidade dos governadores? Das Assembleias Legislativas por não fiscalizar a situação? Esta fiscalização é de responsabilidade da União?
O site é ótimo, informativo, necessário, gostaria que houvesse um semelhante na área de proteção de animais, mas ninguém aguenta mais esse bombardeio de saturação em cima do presidente, parece que ele é o único assunto de toda a mídia, enquanto temos um legislativo e judiciário barbarizando o país e ninguém, digo ninguém mesmo fala nada, qualquer que seja o assunto em pauta.
Sds.
Não adianta fazer abaixo-assinado para demitir o ministro atual, as ordens vem de “cima”. Sai esse e ele coloca outra marionete. Vide os atuais. Vamos torcer para acabar logo esse mandato e aparecer alguém que se preocupe com outras coisas além do próprio umbigo.
Morador no interior de São Paulo, sou testemunha da fiscalização escassa sobre a lei de proteção ambiental, assim como da arbitrariedade das autoridades quando ações são requeridas pela população. Isto não se dá a partir do novo governo, mas tem força na tradição errada das queimadas, por exemplo. Afirmo que nessa época, todos os anos, vemos queimadas aqui na região, um fenômeno tão errado e tão tradicional que é tomado como certo pela população em geral. Isso merece atenção da fiscalização e não bastam as leis se os culpados continuam praticando os delitos.