Importância de descobertas sobre sexo entre tubarões

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A importância de descobertas sobre sexo entre tubarões

Os cientistas precisam compreender melhor o sexo entre tubarões para desenvolver estratégias eficazes que preservem as espécies ameaçadas de extinção. Esse é o caso do tubarão-baleia, o maior peixe dos oceanos, e do tubarão-tigre. Recentemente, descobertas sobre a reprodução dessas espécies vieram à tona quase simultaneamente, graças a estudos conduzidos por diferentes equipes.

Tubarão baleia
Imagem, Oceanographic Magazine.

A Murdoch University, na Austrália, publicou a pesquisa sobre os tubarões-baleia, enquanto a revista Environmental Biology of Fishes divulgou o estudo sobre os tubarões-tigre, ambos em dezembro de 2024.

Mordidas durante o namoro

Antes de mais nada, saiba que na hora das ‘carícias’, ou o namoro antes do coito, faz parte do ritual dar ‘mordidas’ uns nos outros. Parece tão humano, não? Acontece que alguns tubarões têm dentes pra lá de perigosos, assim, mesmo ‘com delicadeza’ as mordidas podem provocar sérios danos nos animais.

O maior peixe do oceano

Apesar de ser o maior peixe do oceano, pode pesar até 40 t com 12 metros ou mais (Fonte: NOAA), sabe-se muito pouco sobre como os tubarões-baleia realmente se reproduzem – seu ritual de cortejo e reprodução é algo que os cientistas ainda estão tentando descobrir pouco a pouco.

Aconteceu durante uma expedição em 2024 no Recife de Ningaloo, na costa da Austrália Ocidental. Neste local ocorrem rotineiramente expedições científicas no pico da agregação sazonal de tubarões-baleia em maio, desde 2009. Entretanto, desta feita uma equipe de cientistas testemunhou e registrou comportamentos de “seguir e morder” de um tubarão-baleia macho sexualmente maduro e uma fêmea menor, informou a Oceanographic Magazine.

“Seguir e morder são comportamentos comuns”

“Seguir e morder são comportamentos comuns de cópula em outras espécies da subclasse de peixes cartilaginosos à qual pertence o tubarão baleia”, disse Christine Barry, candidata a doutorado do Instituto Harry Butler da Universidade de Murdoch e do Instituto Australiano de Ciências Marinhas.

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Contudo, a equipe de pesquisa por trás das imagens gravadas sugere que, nesse caso, a interação observada “provavelmente não culminou em acasalamento” devido à diferença de maturidade entre os dois tubarões. O mais provável é que o tubarão fêmea juvenil estivesse tentando se esquivar dos avanços do macho mais maduro.

“Em Ningaloo Reef, e em muitos locais de agregação em todo o mundo, os machos superam as fêmeas em uma proporção de uma fêmea para três machos”, disse Barry. “Isso poderia explicar por que as fêmeas de tubarão-baleia podem estar evitando estes locais. Especialmente no caso de tubarões fêmeas jovens, os custos energéticos da atenção indesejada dos machos podem implicar um motivo para a forte tendência dos machos.”

Assista ao vídeo e saiba mais

Love bites? whale shark observation at Ningaloo Reef

O namoro do tubarão-tigre

A Oceanographic Magazine faz troça ao explicar as descobertas sobre os tubarões-tigre. ‘O estudo em si ecoa uma pesquisa semelhante sobre a vida sexual secreta dos tubarões-tigre na Carolina do Norte. Ao mostrarem as lesões horríveis causadas por mordidas, em ambos indivíduos, conseguiram provar que, embora o amor doa, todas as feridas cicatrizam’.

A Live Science também repercutiu o caso dos tigre: O sexo dos tubarões não é para os fracos de coração, exigindo que eles pressionem suas escolhidas enquanto o macho penetra na fêmea. Isso acontece rapidamente para pequenos tubarões, mas espécies maiores são menos ágeis e lutam para manter a posição. Assim, o macho muitas vezes agarra a fêmea com os dentes, deixando feridas sangrentas em seu corpo no processo.

mordidas durante sexo entre tubarões
As mordidas durante sexo entre tubarões. Imagem da Live Science com a seguinte legenda: Um tubarão-tigre fêmea com feridas de tentativa de cópula em 22 de junho de 2020. O número no canto superior esquerdo representa os dias pós-lesão. (Crédito da imagem: Wyffels et al. 2024)

As imagens revelaram que a costa da Carolina do Norte é um hotspot para o sexo entre tubarões-tigre. Segundo a Live Science, os pesquisadores detectaram um aumento nas feridas do estágio 1 no final de maio, marcando o início de uma temporada de acasalamento voraz na região. O pico se estabilizou em julho, indicando que o acasalamento é menos frequente e/ou menos agressivo, de acordo com o estudo.

Ao meio do verão, o acasalamento cessou com base na falta de ferimentos de acasalamento”  escreveram os pesquisadores no estudo. Os resultados revelam aspectos pouco conhecidos da reprodução de tubarões, mas também confirmam que os tubarões têm taxas de cura extraordinariamente rápidas.

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