Fitoplâncton, um dos produtores primários do oceano

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Fitoplâncton, um dos produtores primários do oceano – vamos conhecê-lo?

Florestas tropicais e oceanos atraem dióxido de carbono da atmosfera, reduzindo o acúmulo do gás que está aquecendo o clima. Ambos usam plantas fotossintéticas para capturar o dióxido de carbono da atmosfera e convertê-lo em carbono orgânico que as plantas usam para crescer. Mas enquanto um deles depende de grandes árvores que crescem lentamente ao longo de décadas, o outro envolve organismos microscópicos capazes de sobreviver não mais do que algumas semanas a cada ano, este é o fitoplâncton. Dois caminhos muito diferentes, produzindo essencialmente o mesmo resultado: regular a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera da Terra. Matéria do Woods Hole Oceanographic Institution.

imagem e fitoplâncton
Fitoplâncton. Imagem: Woods Hole

Fitoplâncton e as gigantescas sumaúmas da Amazônia: o que têm em comum?

Os minúsculos organismos no oceano são chamados de fitoplâncton. Não deixe sua expectativa de vida curta e tamanho pequeno enganá-lo. Embora não sejam maiores que um fio de cabelo humano, o fitoplâncton serve ao mesmo propósito que as gigantescas sumaúmas encontradas na Amazônia. E há bilhões e bilhões deles numa pequena amostra de água do mar.

Pode o fitoplâncton amenizar o aquecimento global?

O plâncton no oceano pode ajudar a reduzir a quantidade de dióxido de carbono acumulando calor em nossa atmosfera. Como as plantas, eles usam dióxido de carbono para crescer e são comidos por organismos maiores. Grandes partículas pesadas afundam nas profundezas, carregando carbono para que ele não possa retornar à atmosfera. Os cientistas estão investigando se grandes quantidades de partículas menores e mais leves podem ser arrastadas para as profundezas por turbulência.

Obs: uma das consequências do excesso de dióxido de carbono que produzimos é a acidificação dos oceanos, e consequente ameaça a várias espécies marinhas. Mas o que é bem pior, o aquecimento tem diminuído a produtividade do fitoplâncton, essa é mais uma ameaça da grande charada do clima.

Classificação do plâncton: fitoplâncton e zooplâncton

O plâncton é a comunidade de organismos que habita as águas, com muito pouca, ou nenhuma capacidade de locomoção. Os cientistas geralmente dividem o plâncton em dois grupos. Os organismos semelhantes a plantas são fitoplâncton (de fito, grego para planta); já os pequenos animais formam o  zooplâncton (de zoios, grego para animal).

A importância pode-se medir a cada respirada, e na dimensão da vida marinha

O fitoplâncton é um dos organismos mais críticos da Terra e, por isso, é vital estudá-los e compreendê-los. Eles geram cerca de metade do oxigênio da atmosfera. O fitoplâncton também forma a base de praticamente todas as redes alimentares oceânicas. Em resumo, eles possibilitam a maior parte da vida oceânica.

Um ator importante no sistema climático

Através da fotossíntese, esses organismos transformam o carbono inorgânico na atmosfera e na água do mar em compostos orgânicos, tornando-os uma parte essencial do ciclo de carbono da Terra. Como absorvem dióxido de carbono da atmosfera, quando morrem afundam, transportam esse carbono atmosférico para o mar profundo, tornando o fitoplâncton um ator importante no sistema climático. O crescimento do fitoplâncton é frequentemente limitado pela escassez de ferro no oceano. Como resultado, muitas pessoas estão discutindo planos para fertilizar grandes áreas do oceano com ferro para promover a proliferação de fitoplâncton que transferiria mais carbono da atmosfera para o mar profundo.

25% do dióxido de carbono é bombeado para o oceano pelo fitoplâncton

Quase 25% do dióxido de carbono em nossa atmosfera é “bombeado” para o oceano, onde é convertido em carbono orgânico pelo fitoplâncton na superfície do oceano em todo o mundo. Mas muito permanece desconhecido sobre o destino deste carbono, uma vez que tenha penetrado no oceano. Algumas moléculas sobem pela cadeia alimentar, outras se dissolvem, algumas são liberadas de volta à atmosfera e há  as que afundam em partes mais profundas do oceano. Este último caminho é especialmente interessante. Se o carbono afundar o suficiente, ele poderia permanecer no oceano por milhares de anos. Este bilhete de ida é uma maneira promissora de “enterrar” o carbono de forma eficiente e evitar que ele retorne à atmosfera.

Fontes: http://www.whoi.edu/page.do?pid=99596&tid=3622&cid=131369; http://www.whoi.edu/main/topic/phytoplankton.

Comentários

1 COMENTÁRIO

  1. E quando todos os tóxicos dos homens forem lançados ao mar afinal de contas não há sinais ou indícios de que estamos evoluindo como espécies vivas.

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