Está com calor? Vem mais por aí, entenda o Super El Niño

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Está com calor? Vem mais por aí, entenda o Super El Niño

Em 8 de junho, a NOAA lançou um alerta sobre o fenômeno climático El Niño. Este ano, ele começou um mês mais cedo. A NOAA previa 56% de chance de um El Niño forte em 2023, e 25% de chances de proporções gigantescas. Agora, meteorologistas já falam em Super El Niño. Na mesma época, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial,  Prof. Petteri Taalas, avisou sobre o aumento do aquecimento global e a possível quebra de recordes de temperatura devido ao fenômeno.

Ilustração para o Super El Niño.
Ilustração, www.aprovatotal.com.br.

O Super El Niño

O site www.foxweather.com define um Super El Niño ‘quando as temperaturas da superfície do mar no Pacífico estão 2ºC acima do normal. Desde a década de 1950, o mundo viu apenas três eventos desse tipo’.

Não à toa, estamos sentindo um calor exasperante antes do verão que começa em 22 de dezembro. O site do Fórum Econômico Mundial foi feliz na explicação, especialmente aos leigos, em questões complexas como a meteorologia em tempos de aquecimento global.

“Durante um El Niño, o oceano transfere parte desse excesso de calor e umidade para a atmosfera, como quando você cozinha macarrão e sua panela fica fumegante. Além da tendência do aquecimento global, um forte El Niño pode adicionar até 0,2ºC à temperatura média da Terra. O ano mais quente já registrado foi 2016, durante um particularmente forte El Niño.”

Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da UE, também concorda que o atual fenômeno pode se tornar um dos mais fortes até o momento. Ele declarou à Euronews: “El Niño é normalmente associado a temperaturas recordes em nível global. Se isso vai acontecer em 2023 ou 2024 ainda não é conhecido, mas eu acho mais provável que sim.”

Meteorologistas brasileiros confirmam

Os meteorologistas brasileiros concordam. O site www.metsul.com acaba de publicar a matéria Pacífico segue com anomalias de Super El Niño e pode aquecer mais, de autoria de Estael Sias.

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A matéria informa que dezembro inicia com El Niño forte no Pacífico Equatorial. As águas estão mais quentes desde o Super El Niño de 2015-2016.

Estael Sias relata: A NOAA, agência climática dos EUA, mostra que a temperatura na região Niño 3.4 do Pacífico estava 2,0ºC acima do normal na segunda-feira. Essa região define a existência e intensidade do El Niño. A anomalia de 2,0ºC indica um El Niño muito forte.

Ele acrescenta que a última vez que o Pacífico Centro-Leste esteve tão quente foi em fevereiro e março de 2016. As temperaturas na região Niño 3.4 ultrapassaram 2,0ºC, um sinal raro de El Niño intenso.

O que pode acontecer no Brasil durante o Super El Niño?

Durante um Super El Niño, mudanças climáticas globais ocorrem. No entanto, a METSUL Meteorologia explica que superar anomalias de 2,0ºC não significa fenômenos mais extremos de chuva, seca ou calor em todas as regiões do Brasil.

Para a empresa, no Norte e Nordeste, as chuvas ficarão abaixo da média histórica. A região Norte, enfrentará mais a chuva durante o inverno amazônico. No entanto, no Nordeste, os déficits piorarão.

No Sudeste e Centro-Oeste, a chuva varia. Algumas áreas terão mais chuva, outras menos. Não há um padrão regional claro. O Centro do Brasil enfrentará ondas de calor na primavera devido ao clima seco. O verão será muito mais quente que o normal. O Rio de Janeiro pode experimentar recordes de calor.

Repare que, para nós do Sudeste, ‘o verão será muito mais quente que o normal’. Portanto, prepare-se.

Na região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina, espera-se mais chuva que a média. O verão será mais quente e úmido, aumentando o risco de temporais no fim da tarde e início da noite.

Assista ao vídeo da METSUL e saiba mais

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