Cruzeiro nas Bahamas torna-se pesadelo no mar
Um cruzeiro nas Bahamas é o sonho de consumo de muitos turistas mundo afora. Centenas de norte-americanos aproveitaram o feriado do Memorial Day para se esbaldarem a bordo do Carnival Sunshine, nas Bahamas. Contudo, na volta para casa, Charleston, Carolina do Sul, em 26 de maio desabou uma tempestade. Assim, o que era sonho tornou-se pesadelo. A tempestade estava sendo monitorada pelo National Hurricane Center (NHC). A previsão era de potencial desenvolvimento para tempestade tropical ou subtropical. Ironicamente, diz o www.hindustantimes.com ‘os meteorologistas do NHC visitaram a sede da Carnival Cruise Line em Miami poucos dias antes de o navio encontrar a tempestade. Isso levanta questões sobre a tomada de decisões. Ao que tudo indica parece que estavam cientes dos riscos apresentados pela previsão’.
Tempestades cada vez mais violentas fazem parte do ‘novo normal’
Uma das muitas consequências do aquecimento global são os eventos extremos. Em outras palavras, as tempestades hoje são cada vez mais violentas, mesmo em litorais seguros como o brasileiro, por exemplo.
Para passageiros de navios de cruzeiro as consequências são sempre piores. Em razão de suas escalas de viagens, passagens vendidas com antecedência, e uma certa arrogância, eles não costumam desviar de tempestades para não atrasarem e, desse modo, sofrerem consequências.
É o que sugere o www.hindustantimes.com. “Foi aterrorizante”, disse William B. Blackburn à CNN sobre a experiência, dizendo que ele e sua família se abrigaram em sua cabine e oraram.
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Sharon Tutrone, passageira e professora da Coastal Carolina University, compartilhou no Twitter que o navio “não esperou”. “Navegamos direto para dentro (da tempestade) e passamos 11 horas balançando, mergulhando e rolando”, disse ela.
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Ondas gigantes explodiam no costado do navio
Em um tweet de acompanhamento, Sharon acrescentou que a provação durou 14 horas. A certa altura, “o navio foi atingido por uma onda que parecia que iria se partir em dois”.
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Conheça o novo navio de carga híbridoConheça o navio de guerra mais antigo do mundo ainda em serviçoMarinha do Brasil quer porta-aviões nuclear até 2040Segundo o globalnews.ca, ‘Vídeos e fotos tiradas por passageiros mostram água escorrendo pelos corredores, áreas repletas de detritos que caíram das prateleiras, vidros quebrados, portas derrubadas de seus caixilhos e ondas enormes quebrando contra a lateral do navio.
@fullmoon_herbarium What a scary adventure! Carnival Cruise Sunshine Tropical Depression. #carnivalsunshine #carnival #severestorm #fyp #everyone #cruise #cruiseship #tropicalstorm #80mphgusts
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Segundo o Washington Post, ‘No caminho de volta para Charleston na noite de sexta para sábado, o Carnival Sunshine navegou em um forte sistema de tempestade que atingiu o sudeste durante o fim de semana do feriado. Vídeos surgiram nas redes sociais mostrando cabines e corredores inundados, pisos de lojas cheios de mercadorias destruídas e vazamentos no teto.
Tempo inesperadamente forte
O Washington Post acrescentou que, ‘A Carnival disse em comunicado que o tempo estava inesperadamente forte, causando condições mais difíceis do que o previsto, mas que sua equipe do centro de operações da frota, que conta com recursos externos de meteorologia para planejamento de itinerário, “coordenou para manter o navio em seu local mais seguro”.
Segundo o jornal, ‘O passageiro Brad Morrell tirou uma foto de um mapa de instrumentos automatizado relatando um vento de 69 nós, ou quase 130 KM/h’.
‘De sua sala com vista para o mar, Branham e Davis observaram as ondas subirem pela janela e se firmarem enquanto o navio de 892 pés (cerca de 300 m) de comprimento balançava na tempestade.’
‘“As ondas atingiram o barco com tanta força que foi como uma experiência de terremoto, sacudindo você como uma montanha-russa realmente difícil – mesmo no andar intermediário”, disse Branham.’
O Washington Post informa ainda que ‘Eles foram instruídos a permanecer em suas cabines. Enquanto isso, disse Branham, as TVs estavam caindo das paredes e os vidros escorregavam das prateleiras e se espatifavam no chão. “Você não conseguia ficar de pé no seu quarto”, disse ele.
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“Todos os funcionários estavam correndo escada abaixo com coletes salva-vidas”, disse Branham. “Havia crianças pequenas, além de nós, gritando, chorando e tendo ataques.”
Ação judicial coletiva?
Washington Post: ‘Jim Walker, advogado marítimo e especialista jurídico da indústria de cruzeiros, diz que sua empresa foi contatada por alguns passageiros do Carnival Sunshine que ficaram feridos durante a tempestade, incluindo um homem que diz ter sido atingido por uma porta e quebrou o pé. Outros o questionaram sobre a possibilidade de uma ação coletiva.’
O navio tinha três possibilidades. Fugir da tempestade, ligar os estabilizadores, ou enfrentá-la com vistas a não atrasar os próximos cruzeiros. Parece que foi esta última a decisão tomada.
O Washington Post entrevistou Pete Peterson, consultor de cruzeiros há mais de 20. Para ele, ‘Os estabilizadores desaceleram a embarcação, consumindo assim mais combustível. Navegar em torno da tempestade pode levar mais tempo do que a rota original e atrapalhar a programação de cruzeiros da empresa, levando a atrasos ou cancelamentos. A companhia pode ter que reembolsar os passageiros ou fornecer-lhes créditos futuros devido ao inconveniente.’
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A empresa dona do navio certamente vai pagar indenizações. Nos EUA o sistema funciona para verbas indenizatórias. Geralmente acordos extrajudiciais interessantes são feitos.