Casca do camarão, alternativa aos plásticos derivados de petróleo
Casca do camarão: bioplástico “shrilk” desenvolvido por cientistas de Harvard mostra que a casca, ao invés de ir pro lixo, pode ser alternativa aos plásticos derivados de petróleo – e ainda gera nutrientes para plantas.
Casca do camarão e plástico?
Um plástico degradável feito a partir de material descartado no lixo. E que pode ser enterrado no solo e servir de alimento para as plantas. Sonho?
Graças a uma equipe de cientistas do Instituto Wyss de Harvard, especializada em bioengenharia, isto já é possível.
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Sem dúvida que o material, inventado nos anos 50 do século passado, trouxe inúmeros progressos. Mas tremendos problemas ao meio ambiente. O plástico simplesmente não se desfaz jamais. E sua reciclagem, é quase impossível. De todo o plástico produzido desde os anos 50, apenas 9% foi reciclado, o resto permanece na natureza, especialmente, nos oceanos. Hoje o mundo luta para livrar-se do plástico, antes que ele acabe conosco. A ONU entrou na luta, e os grandes produtores mundiais, também.
Países e cidades que baniram o plástico
Os esforços mundiais são tremendos. São Francisco, por exemplo, proibiu garrafas de agua pequenas, ninguém morre de sede por tomar água em garrafas grandes, já é um avanço. Mais de 50 países tomam medidas contra o material. Enquanto isso, cidade como São Paulo, patinam. Recentemente o prefeito paulista prometeu banir canudinhos plásticos, como se isso bastasse. Mas o pior de tudo, é o microplástico que invade os oceanos e já entrou em nossa cadeia alimentar.
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Bioplástico feito a partir da casca do camarão
Eles desenvolveram o “shrilk”. Um bioplástico feito a partir da casca do camarão. É tão resistente quanto outros bioplásticos no mercado, e se desfaz no meio ambiente em apenas duas semanas.
Para produzir o shrilk cientistas usaram quitosana
Diferentemente de outros bioplásticos que usam matéria prima vegetal em sua composição, para produzir o shrilk os cientistas usaram quitosana. Um polissacarídeo super resistente obtido a partir do quinino, substância presente no exoesqueleto do artrópode.
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A maioria da quitina disponível no mundo provém de cascas de camarão descartados. E é jogada fora ou utilizada em fertilizantes, cosméticos, ou suplementos alimentares. Javier Fernandez, líder do estudo declarou:
Você pode fazer praticamente qualquer forma 3D com impressionante precisão deste tipo de quitosana
Mesmo depois de descartado, o bioplástico tem suas vantagens
A equipe até plantou um pé de ervilha em um solo enriquecido com quitosana, que cresceu em três semanas, demonstrando seu potencial para incentivar o crescimento das plantas. Assista:
Fonte: Exame.com
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