Acidificação dos Oceanos – a culpa maior é da nossa geração
A maioria das pessoas acha que os problemas do meio ambiente não são causados por sua ação cotidiana, e que serão resolvidos pelos governos, ONGs, ou por um ‘messias’ que surgirá do nada. Não é verdade. A culpa é nossa, não duvide, aprenda com este vídeo-aula. O aquecimento global, e consequente acidificação dos oceanos, é causado pelo excesso de consumo dos 7.4 bilhões de habitantes da Terra, incluindo eu e você; metade dos quais moram na zona costeira, a grande maioria emitindo gás carbônico causador do efeito estufa ao usar seus automóveis movidos a energia fóssil: gasolina ou diesel (além de gás e carvão usados em fábricas, usinas, aquecimento de residências, entre outros).
Se você entende inglês esqueça este texto e vá direto pro vídeo. Para aqueles que não dominam a ‘língua de Shakespeare’ aqui vai uma tradução (capenga…não sou profissional da área) das partes mais importantes desta que é, ao mesmo tempo, a mais perfeita aula que já tive sobre o assunto.
Para começar repare na quantidade de PhDs (listagem ao final) atestando o a gravidade do aquecimento global para os Oceanos. Poucas vezes vi tantos craques alertando sobre o assunto ao mesmo tempo.
Acidificação dos Oceanos: diariamente são 22 milhões de toneladas!
Atenção à cifra mastodôntica: diariamente 22 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o CO2, se misturam com a água dos Oceanos. VINTE E DOIS MILHÕES DE TONELADAS POR DIA!
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A quantidade de dióxido de carbono que emitimos, dizem os cientistas, comparando com o início da revolução industrial (séculos XVIII e XIX), deve dobrar até o fim deste século. Ou seja, em 2999 serão 44 milhões de toneladas ao dia, se não mudarmos nossos hábitos.
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Lisa Suatoni diz que “desde a Revolução Industrial a acidificação dos Oceanos aumentou em 30%”.
Acidificação dos Oceanos pode dizimar a vida marinha em escala que não ocorria há milhões de anos
O vídeo reforça os benefícios que os Oceanos nos proporcionam: “eles regulam o clima na Terra, produzem o oxigênio que respiramos, nos dão a proteína de que necessitamos para viver (alimentos), geram empregos e renda”.
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A atriz Sigourney Weaver afirma: nós nos confrontamos com escolhas urgentes. Ou mudamos nossa dependência de combustíveis fósseis (causadores do efeito estufa, aquecimento global, e consequente acidificação dos Oceanos), ou os Oceanos se tornarão um mar vazio. Um mar de ventos.”
Haverá tempo para a vida marinha se adaptar à acidificação dos oceanos?
Os cientistas explicam que “milhares de criaturas marinhas constroem conchas, ou espécies de armaduras que servem como proteção natural, entre elas certos tipos de algas, os corais, ostras, ouriços-do-mar, camarões, lagostas, caranguejos, e um sem-número de outras espécies.
Algumas são tão numerosas que podem ser vistas do espaço (terrapods). Mas a acidificação dissolve, ou dificulta a criação desta casca protetora. Mais CO2 significa que estes organismos marinhos consumirão mais energia para criar sua proteção natural. O esforço extra pode resultar em menos energia para conseguirem seu alimento, ou para o ciclo da reprodução.” E finaliza: “a velocidade da acidificação pode fazer com que muitos destes seres não tenham tempo para se adaptarem.”
Outro cientista que diz que “no norte da Califórnia o nível de acidez do mar já é tão alto que está dissolvendo a casca de muitos animais marinhos.”
Desde a extinção dos dinossauros não acontecia hecatombe semelhante no planeta
Até alguns tipos de algas, base da cadeia alimentar, usam esta proteção de cálcio. Mas elas estão perdendo a espessura de sua proteção natural. O vídeo mostra imagens microscópicas que evidenciam esta diminuição. Em seguida o alerta: “desde a extinção dos dinossauros não acontecia hecatombe semelhante no planeta.”
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“Na altura da metade deste século (XXI), se nós continuarmos a emitir dióxido de carbono como estamos fazendo, enormes áreas dos Oceanos austrais (Ártico e Antártica) serão tão corrosivos que causarão a dissolução das ‘cascas’ protetoras de milhares de animais marinhos.”
“Criaturas que usam esta ‘casca’ como certos tipos de plâncton (terrapods), e recifes de corais, têm papel fundamental na cadeia de vida marinha. Este tipo de plâncton (terrapods) vive em toda parte dos Oceanos mas é extremamente abundante nas águas polares.”
Os depoentes chamam a atenção para o fato de que em muitos lugares da Terra os peixes são a única fonte de renda e alimentação. “Como ficarão as pessoas que dependem deles para sobreviver?”
A conclusão desta parte do vídeo é que os Oceanos podem suportar temperaturas mais altas, ou até o aumento da acidificação. Mas sucumbirão ao enfrentarem os dois fenômenos ao mesmo tempo.
Os recifes de coral e a acidificação dos oceanos
Entre os vários ecossistemas marinhos o mais importante são os recifes de coral. Uma, entre quatro criaturas marinhas, depende dos corais para sobreviver.
O problema é que eles estão morrendo. Sim, corais são animais, e estão desaparecendo devido à acidificação. Corais também usam o cálcio para construírem suas colônias.
O Homo Sapiens surgiu há ‘apenas’ 250 mil anos
A apresentadora, Sigourney Weaver, faz um retrospecto que não deixa dúvidas sobre nossa ação. Diz ela: “a Terra se formou há 4 e meio bilhões de anos. Para entender nossa ação no dia a dia é preciso enxergá-las num contexto maior.”
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E prossegue: “há 3 e meio bilhões de anos começou a vida no planeta (a vida na Terra começou nos Oceanos). Duzentos e cinquenta milhões de anos atrás os dinossauros foram extintos. O Homo Sapiens surgiu há apenas 250 mil anos. Considerando que a Terra se formou há mais de 4 bilhões de anos, e o homem surgiu apenas há 250 mil anos, podemos dizer que a civilização como a conhecemos é muito recente. ‘Nova em folha’.
Nossa sociedade industrial foi um átimo de tempo nesta longa história do planeta. Mesmo assim conseguimos alterar o curso da natureza esquentando a superfície da Terra, provocando a acidificação dos Oceanos, e consumindo mais que a biosfera é capaz de produzir.”
Os oceanos são resilientes…é preciso dar uma chance
“Se destruirmos os ecossistemas vai demorar milhões de anos para eles se recuperarem. Nós somos os responsáveis por este problema, portanto temos que ter a capacidade de resolvê-lo.”
E conclui: “os Oceanos são resilientes. Se nós dermos um pequeno tempo, e uma única chance, eles serão capazes de se recuperar. Como podemos dar esta chance aos Oceanos?”
Resposta: “criando áreas marinhas protegidas através de parques nacionais” (no caso brasileiro Unidades de Conservação marinhas).
A questão é: queremos?
O cientista finaliza: “os Oceanos poderiam se defender sozinhos se seus ecossistemas estiverem saudáveis e se reduzirmos a poluição no litoral. A questão é: queremos?”
“A única solução é ir além da energia fóssil, assegurando assim um futuro promissor para todos.”
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Assista ao vídeo e compartilhe estas informações.
Assista a este vídeo no YouTube
Saiba mais: www.acidtestmovie.com
Depoimentos de: Steve Palumbi, Ph.D. Stanford University; Lisa Suatoni, Ph.D. Natural Resources Defence Council; Ken Caldeira, Ph.D Carnegie Institution; Victoria Fabri, Ph.D California State University, San Marcos; Ove-Hoegh Guldberg, Ph.D University os Queensland; Ralph Cavanagh, Co-Diretctor, Energy Program Natural Resources Defense Council.
Os mistérios da meia noite não me deixam ver os meus comentários.
Se aprende pela sabedoria ou pela dor. Vemos na vizinha Venezuela que o povo não usou a sabedoria ao apoiar seus simulacros de governantes e hoje sofrem. Muitos brasileiros entraram em “faculdades”, mas lamentavelmente as faculdades mentais não foram bem trabalhadas. Experiência é o melhor professor então, que todos que não creem nas interferências humanas sobre o clima, que sejam jovens bem saudáveis para viverem pelo maior tempo as experiências que advirão. Macacos velhos não metem as mãos em cumbucas e gatos escaldados tem medo de água fria. Resta-nos saber em que modalidade nos encaixamos.
Interessantes os comentários dos dois missivistas. Considerando o nível de educação dos depoentes no estudo, seria interessante que os missivistas nos informassem os seus, para que possamos dar o devido peso às opiniões.