Trump quer rever áreas marinhas protegidas criadas por Obama
Trump quer rever áreas marinhas protegidas: “a guerra contra a natureza mais uma vez escolheu os oceanos como alvo”.
Este é o subtítulo da matéria do huffingtonpost.com, publicada em fevereiro de 2017.
Trump quer rever áreas marinhas protegidas
” A ordem executiva de Donald Trump de 26 de Abril de ‘rever’ os monumentos nacionais criados nos últimos dez anos implica numa revisão de denominações que incluem o Pacific Remote Islands Marine National Monument; o Rose Atoll Marine National Monument; o Mariana Trench Marine National Monument, e o Northeast Canyons and Seamounts Marine National Monument”.
Anúncio vem um ano depois de Obama criar, ou expandir, esta áreas
Trump consegue se superar. Ataca e destrói em todas as áreas. É contra o livre comércio mundial; brinca com fogo na península coreana; esconde relações perigosas com a Rússia; desmente o aquecimento global; desmonta importantes agências norte- americanas ligadas à questão do clima; e agora investe contra o maltratado oceano.
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Dois dias depois Trump passou outra determinação: que fosse revisto plano de Obama de energia (fóssil) off-shore, 2017 – 2022. Quatro meses antes Obama tinha separado 100 milhões de acres dos oceanos Ártico e Atlântico para que ficassem livres de mais esta ameaça.
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Ironia que Trump tem que engolir
“Ironicamente”, diz huffingtonpost, ” a National Ocean and Atmospheric Administration (NOAA) reportou dias antes que o segmento da economia azul do país, de US $24 trilhões, cresceu 15,6% entre 2007 e 2014. Mais que a economia americana”. O site diz ainda que “os cientistas estavam felizes com a proximidade de junho quando se celebra mundialmente o dia dos oceanos”. Junho também é mês em que a NOAA promove a Capitol Hill Ocean Week, conferência justamente sobre os santuários marinhos.
Trump e ‘andar pra trás’. E o Pentágono e as indústrias do petróleo
O huffingtonpost, diz que que ‘este andar pra trás na questão das áreas marinhas protegidas é seguido por forte disputa entre o Pentágono e as indústrias petroleiras. O primeiro quer a área ‘livre’ para treinamentos militares do departamento de defesa; os segundos, o fim da moratória da perfuração petróleo numa área de 125 milhas a partir da Flórida, no Golfo do México.
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O huffingtonpost informa que “legisladores democratas enviaram uma carta ao Departamento do Interior solicitando todas as avaliações de risco e análises realizadas para determinar como o levantamento da proibição das perfurações nestas áreas não afetariam ecossistemas negativamente, não seriam danosas à pesca, e não afetariam o turismo. A carta também exige do governo “que as empresas de petróleo e gás utilizem áreas já abertas para a perfuração antes mesmo de considerar a abertura de novos poços para desenvolvimento.“
A extração de recursos dos oceanos não é novidade
Mas com a tecnologia atual, somada à mentalidade de como rentabilizar todas as partes dos oceanos para o ganho de curto prazo, isso não é nada bom, diz o post. “Pode ter passado dos limites sustentáveis. E arremata: “espera-se agora propostas de mineração do fundo do mar para o cobre, cobalto, e níquel assim como para largas reservas de telúrio perto das Ilhas Canárias, que poderiam render cerca de 3.000 toneladas do metal raro usado em painéis solares”.
E, então, podemos ser otimistas?