O farol de Thridrangar, um dos mais icônicos do mundo, na Islândia
À primeira vista ele aparenta ser algo como uma mancha colorida instalada no topo do maior dos pilares surgindo como dedos que saem abruptamente do oceano. Inóspito é pouco para qualificá-lo. A escolha do local é seu grande mérito, no topo de uma pilha de basalto a cerca de 40 metros acima do mar, e distante cerca de 4,5 milhas da costa da Islândia, ao largo das Ilhas Vestmannaeyjar ou Vestman. Sua imagem é das mais icônicas que existem remetendo a perigosas navegações no Mar do Norte. O tema de hoje é o farol de Thridrangar, um dos mais solitários do mundo.

A construção
O farol solitário surgiu em 1938, pouco antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando a Islândia ainda pertencia à Dinamarca. A construção foi um desafio enorme. Imagine a dificuldade! Durante meses e anos, os operários escalaram penhascos até o topo do pilar para lançar a base do que ele se tornaria.
É impossível não imaginar a solidão de alguém vivendo em um espaço tão pequeno, cercado pelo mar. Mas o farol de Thridrangar nunca exigiu esse sacrifício de ninguém. Desde o início, funcionou apenas como um aviso aos navegantes, sem precisar da presença de um faroleiro.
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Ilhabela em último lugar no ranking de turismo 2025Garopaba destrói vegetação de restinga na cara duraCores do Lagamar, um espectro de esperançaNo início de sua construção, e por causa das ondas altas, especialmente, entregar materiais de construção era muito perigoso: o chão estava sempre molhado e escorregadio; ventos fortes e chuvas atingiam os trabalhadores constantemente. Desse modo, para construí-lo a equipe acampou na rocha entre os turnos, mas mesmo assim levou três anos para terminar.
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Atualmente, a única maneira de entrar e sair é por helicóptero mas, na época da construção não havia tal facilidade. Este é considerado provavelmente o farol mais isolado do mundo, assentado precariamente em um pilar rochoso cercado por ondas tão grandes quanto o frio oceano Atlântico Norte.
A difícil construção
Em um artigo antigo no Morgunblaðið, o diretor do projeto Árni G. Þórarinsson disse em uma entrevista: A primeira coisa que tivemos que fazer foi criar uma trilha até o topo do penhasco. Reunimos montanhistas experientes, todos das Ilhas Vestman. Então trouxemos brocas, martelos, correntes e grampos para prender as correntes.
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Segundo relatos, três dos melhores montanhistas da ilha de Vestman aceitaram o desafio e escalaram a face quase vertical do penhasco até se aproximarem do topo. Nesse ponto, um deles subiu nos ombros dos outros para alcançar a borda e puxar o grupo para cima, já que o cume era alto demais para atingir de outra forma. Depois, eles abriram uma trilha descendo o penhasco, perfurando as rochas e ligando-as com uma corrente.
Somente muitos anos depois um heliponto foi montado em Stóridrangur, onde os helicópteros podem pousar. Hoje, de tão famoso ganhou até mesmo uma página no Facebook.
O isolamento do farol ganhou fama depois que Justin Bieber publicou uma foto do local no Twitter, anos atrás, e a imagem se tornou viral. E não é para menos. Faróis no mar fazem parte do imaginário humano desde que um dos primeiros foi erguido: o lendário Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Os faróis sempre foram amigos dos navegantes, especialmente antigamente quando não havia a tecnologia hoje disponível. Era através deles que navegadores confirmavam sua posição no mar. Entretanto, até hoje são indispensáveis à navegação.
Neste vídeo você assiste à visita de uma equipe de manutenção












Lugar maravilhoso de se viver na paz, gostaria de um dia conhecer esse lugar lindo!
Daqueles lugares q ficam em nosso imaginário. “Quero ir lá!!” :)
Que maravilha o ser humano é capaz de realizar!
Nem tudo está perdido…
Sem dúvidas, fabuloso. Mas eu não sei, nem tenho obrigação de saber como se pronunciam essas letras do alfabeto islandês. Duvido que um jornal islandês, escrevendo sobre um local no Brasil, se preocuparia em usar os acentos do Português.
MARAVILHA!!!!!
Que localização épica!
Fantástico!