Submarino particular, você já pode ter o seu
É claro que há um condicionante: dinheiro sobrando. Mas atualmente você já pode passar numa concessionária e sair com um submarino particular para chamar de seu. A tecnologia avança a passos largos neste século. Assim, as novidades surgem diariamente. Em um movimento revolucionário para o turismo submarino a empresa Triton Submarines, sediada na Flórida, entregou o primeiro submarino de casco acrílico que pode mergulhar a 1.000 metros de profundidade.
Submarino particular, você já pode ter um
Antes de mais nada, o Triton 3300/6 tem o maior compartimento esférico do mundo. A cabine de passageiros, transparente, tem um diâmetro de 2,5 metros proporcionando uma visão esplêndida para quem está a bordo. Ela foi descrita, acima de tudo, como ‘um salão no fundo do mar’.
Mas, para tanto, você terá que desembolsar nada menos que US$ 5,5 milhões de dólares. Ainda assim, é um avanço e tanto, não só para o lazer dos muito ricos, como para a exploração ainda incipiente do fundo do mar. Um dos proprietários da empresa é o cineasta e explorador submarino, James Cameron.
E lembre-se, apesar de estar ainda longe da possibilidade da maioria dos brasileiros, há quem já tenha feito reserva para voos espaciais para Lua, entre outros, fruto da diminuição de custos e dos investimentos particulares na exploração espacial. Então, por que não no fundo do mar?
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O Triton 3300/6, com ar-condicionado, tem velocidade máxima de três nós e bateria suficiente para excursões submarinas que duram mais de 10 horas. Seu desenvolvimento das pranchetas à loja levou dois anos.
Mas a empresa não vai parar por aí. Eles trabalham em um veículo que levará três pessoas a 2.300 metros e outro que mergulhará a 4.000 metros e carregará duas pessoas. “Estamos vivendo um momento emocionante, acrescentou o dono da Triton.”
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A demanda por um submarino particular
Embora documentários sobre a natureza como “Blue Planet” sem dúvida tenham ajudado, Lahey credita o crescimento da oferta aos pioneiros do turismo submarino, como o empresário norte-americano Victor Vescovo que encomendou um Triton 36.000 / 2 para uma expedição de mergulho de 2018 às partes mais profundas de cada um dos cinco oceanos do mundo.
Agora, a demanda por submersíveis particulares cresceu consideravelmente, com cada vez mais proprietários de megaiates procurando os submarinos como um meio de entreter a família e amigos enquanto estão no mar.
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Nova filmagem do Titan mostra os destroços no fundo do marLeões marinhos ajudam cientistas a mapear o fundo dos oceanosProjeto Ocean of Things, o futuro da exploração marinha“A conversa mudou”, explica ele. “Quando entramos em cena há 15 anos, a ideia de um submersível em um iate foi quase ridicularizada. “As pessoas não acharam que fosse uma boa ideia, em grande parte porque sua percepção do que era um submersível estava errada. Elas pensaram que seria complicado, não confiável e assustador.”
De acordo com Lahey, os “primeiros a adotar” provaram que os subs fornecem ótimas experiências e também são simples de operar e manter, mesmo descendo a 1.000 metros de profundidade.
‘Experimentar os oceanos de forma nova’
Além disso, o desenvolvimento de submarinos movidos a bateria possibilitou aos entusiastas experimentar o oceano de uma maneira totalmente nova. Mas, o que separa essa forma de mergulho do mergulho autônomo?
“Em um submersível, você está protegido das forças do oceano por estar dentro de uma estrutura resistente à pressão”, explica Lahey. “Como mergulhador, você está sujeito às forças da água e à pressão de uma maneira que não está em um submarino. Como consequência, as limitações do mergulho são significativamente diferentes”.
O exemplo de Sir David Attenborough
“Você não precisa ser como uma foca para mergulhar “, diz ele, apontando para o veterano Sir David Attenborough, que foi visto mergulhando em um submersível Triton no documentário sobre a natureza de 2015 “Great Barrier Reef com Sir David Attenborough “, por exemplo.
“Foi isso que o tornou uma proposta tão atraente para os proprietários de iates.”
Resort compra submarino com capacidade para 24 pessoas
Afinal, não só os mais ricos estão comprando seus próprios submarinos. Para além daqueles construídos para cientistas, empresas de turismo também os querem.
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A Triton entregou um submersível Triton DeepView 24 de 24 lugares para o resort vietnamita Vinpearl, que planeja oferecer excursões ao redor da Ilha Hon Tre em Nha Trang, indicando que uma indústria de turismo submarino comercial pode eventualmente estar surgindo.
E isso seria muito bom. Mais compras, menor custo. E não só apenas os hotéis. Por fim, várias empresas de navios de cruzeiro também têm investido em submarinos – a Asia’s Genting Cruise Lines tem pelo menos quatro navios equipados com submarinos fornecidos pela empresa holandesa U-Boat Worx.
O prazo de entrega
A maioria é entregue em um ano, mas um modelo completamente novo que requer desenvolvimento pode levar até 24 meses. A empresa está atualmente trabalhando em pedidos para um navio de submarinos para sete e nove lugares.
E todos os submarinos Triton são construídos à mão usando acrílico “opticamente perfeito” de qualidade premium para obter as vistas mais nítidas. Lahey explica que os designers e engenheiros navais agora estão criando conceitos focados em fornecer experiências novas e emocionantes para os clientes, e os submersíveis se tornaram um acessório muito cobiçado.
Imagem de abertura: CNN
Fontes: https://tritonsubs.com/subs/; https://edition.cnn.com/travel/article/triton-submarine-dives-to-1000-meters/index.html?fbclid=IwAR3y4zVOaiab6J9653BLU15pzGKHvIOMM8n8XE2IJ49CNwM4bktgTm8v9xw.
Oceano Atlântico e Pacífico não se misturam, falso ou verdadeiro?
Quero não gente boa. Enxergar de perto o fundo do oceano, atulhado do lixo que descartamos nele, não vale a pena ver, a não ser para limpá-lo, desenrolando as barbatanas dos peixes das redes assassinas que os prenderam, onde agonizam sem paz. Só se for para fiscalizar e controlar quem mata e destrói a vida marinha por esporte, caçando por prazer quem gosta de viver também. Só se for para multar, punindo quem se “distrai” arpoando animais debaixo dágua, sentindo felicidade nisso e posando de herói na foto com o baita bicho morto por ele, como um troféu a coisa nenhuma. Não sendo assim, quero não. Nem submarinos particulares, nem espaçonaves individuais que não saibam resolver o problema do Planeta esculhambado, poluído, sucateado e ecologicamente incorreto que chamamos de “nosso”, vão servir, na prática para o que se deveria esperar de parafernálias modernas que a turma do dinheiro curte adoidado, porque eles precisam ser felizes, apesar dos pesares. Nós ainda não merecemos.
Sandra, tudo que posso dizer, o que aprendi nestes anos todos de estudos, é que só se protege o que se conhece. Abs
Praticamente um turismo espacial, explorando um mundo desconhecido, só que muito mais próximo dos meros mortais. Fabuloso!