Controle de natalidade e meio ambiente: hora do assunto ser abordado
Antes de mais nada taí um assunto delicado, tabu. Desse modo, o controle de natalidade e o meio ambiente é pouco abordado pela mídia. Dada a dificuldade de mitigação dos problemas provocados pelo aquecimento global, chega o momento de abordar o assunto que passa pela cabeça de parte das pessoas engajadas na causa ambiental. Em outras palavras, não podemos continuar a ignorá-lo.
Os humanos levaram centenas de milhares de anos, até 1804, para atingir o primeiro bilhão. Foram precisos mais 123 anos para chegar a dois bilhões em 1927. Desde então, passamos por esses marcos como outdoors ao longo de uma rodovia. O u seja, o último bilhão levou apenas uma dúzia de anos. Em 2050, segundo a ONU, seremos 9,9 bilhões de pessoas. Entretanto, contando com ‘apenas’ oito bilhões já ultrapassamos a capacidade de reposição do planeta.
Como se sabe, se todos consumissem como os países ricos, notadamente os Estados Unidos, seria necessário no mínimo mais um planeta igual para vivermos em harmonia.
Primeiramente, um dos primeiros notáveis a propor a discussão foi Jacques Cousteau. Provocou enorme polêmica. De lá para cá o problema aumentou. A superpopulação mundial é fato. Assim, aos poucos o tema passou a ser mais comentado na mídia internacional. O Mar Sem Fim fez uma curadoria na net. Apresentamos, a seguir, as teses que são discutidas lá fora. Nossa intenção não é outra que não seja levar aos nosso leitores discussões que acontecem no mundo.
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O título acima é de artigo de Lisa Hymas. Ela é diretora do programa de clima e energia da Media Matters for America. A matéria foi publicada por The Guardian, em 2010. Segundo a autora, “a pílula, preservativos e DIUs são algumas das armas mais eficazes e baratas que o mundo tem para combater a mudança climática.”
Alguém duvida?
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Segundo Lisa, “estima-se que 200 milhões de mulheres em todo o mundo não tenham acesso a ferramentas de planejamento familiar. Se o fizessem, 52 milhões de gravidezes indesejadas poderiam ser evitadas todos os anos, de acordo com o Instituto Guttmacher.“
E como proceder?
Antecipadamente, para a autora não se trata de trabalhos de governos ‘coerção ou táticas pesadas’.
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Tundra do Ártico emite mais carbono do que absorveVanuatu leva falha global em emissões à HaiaO plâncton ‘não sobreviverá às mudanças do clima’Essas abordagens não são apenas eticamente duvidosas. Elas são totalmente desnecessárias. Ou seja, nós só precisamos dar a todas as mulheres em todos os lugares, opções contraceptivas para que possam ter o controle básico sobre quantos filhos terão. E quão próximos, – algo que nós, no mundo desenvolvido, temos como garantido.”
“Se o fizéssemos, muitas mulheres escolheriam por conta própria ter menos filhos. Ou espaçá-los ainda mais. Assim, não só haveria menos gente em nosso planeta já lotado, mas a vida das mulheres e crianças seria melhor.”
‘Tecnologias para lutar contra o aquecimento global já existem’
Em primeiro lugar, estas tecnologias são a pílula, o preservativo, além do DIU. Nós só precisamos espalhá-los por toda parte.
Fornecer contracepção às mulheres que não o têm é uma das formas mais eficazes em termos de custo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Desse modo, cada US$ 7 gastos em planejamento familiar básico nas próximas quatro décadas reduziriam as emissões globais de CO2 em mais de uma tonelada métrica.”
“Enquanto isso, a mesma redução das tecnologias de baixo carbono custaria um mínimo de US$ 32 (segundo estudo da London School of Economics, encomendado pelo Optimum Population Trust). E se você comparar a contracepção aos custos potenciais da geoengenharia a economia será ainda mais massiva.”
Objeções morais aos planos de usar contraceptivos
A BBC, ícone do jornalismo mundial, abordou a questão. E levantou sérias objeções morais aos planos de usar contraceptivos para controlar a população.
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“Uma delas é que a causa real da pobreza e dos danos ao meio ambiente é o consumo excessivo de poucos. E que, se as nações ricas deixassem de consumir muito mais do que seu quinhão de recursos, não haveria necessidade de aplicar injustamente o controle populacional para as nações pobres.”
Contudo, ninguém quer forçar alguém a fazer o que quer que seja. Apenas, disponibilizar oscilação contraceptivos às mulher que os desejem.
Desse modo, alcançaríamos a meta de menos CO2 na atmosfera. Mas nossa realidade não é esta.
A era do politicamente correto e seus impedimentos
Segundo a BBC a implementação de qualquer programa de contracepção em massa teria de enfrentar uma série de ameaças. Em outras palavras, o ‘Imperialismo econômico’ seria uma delas. “Políticas de países ricos que financiam programas anticoncepcionais no terceiro mundo. Ou países ricos exigindo a implementação de programas de controle de natalidade em troca de ajuda financeira seriam quase impossíveis de vingarem, segundo a BBC.”
“O ‘Imperialismo cultural’ é, igualmente, problemático. “Levar o controle de natalidade a uma comunidade que a evitou anteriormente mudará inevitavelmente as relações e a dinâmica de poder dentro dessa comunidade. Desse modo, é importante tomar as devidas precauções para minimizar o impacto da contracepção nas culturas em que é introduzida.”
Para a BBC, os defensores dos direitos humanos também tenderiam a não aceitar a ideia: “O controle de natalidade em massa interfere no direito de uma pessoa ter tantos filhos quantos desejar.”
Sim, é possível. Contudo, ninguém disse que seria algo obrigatório, ao contrário, a ideia é oferecer contraceptivos a quem não os consegue.
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Ambos têm razão?
O curioso é que, ao Mar Sem Fim, parece que ambos têm razão, o Guardian, e BBC. Como, então, resolver esta grande charada?
Quem respondeu foi o www.huffpost, com artigo de Jessica Prois,”Controle de natalidade voluntário é uma solução para os problemas da mudança climática que ninguém quer falar.”
Bingo!
A superpopulação e seu impacto sobre o meio ambiente
“Por exemplo, na Etiópia o ativismo ambiental pode parecer um pouco incomum para alguns. Trabalhadores de saúde são vistos de porta em porta entregando panfletos sobre a restauração da floresta do país.”
“E eles podem distribuir preservativos enquanto estão lá. O esforço faz parte da iniciativa do Population Health Environment – Ethiopia Consortium (PHE) para mostrar a ligação intratável entre a superpopulação e seu impacto sobre o meio ambiente. A nação experimentou o crescimento populacional e o esgotamento da terra causados pela seca. Entretanto, agora está focada nos esforços de reflorestamento que também inclui planejamento familiar.”
40% de gravidezes indesejadas por ano
À princípio, o acesso ao controle de natalidade voluntário que normalmente significa pílulas, preservativos e DIUs para reduzir os 40% de gravidezes não intencionais por ano em todo o mundo, reduzirá nossa pegada de carbono. Um número crescente de países está contribuindo com isso para a mudança climática.” Yetnayet Asfaw, vice-presidente de Estratégia e Impacto da EngenderHealth, grupo guarda-chuva da PHE Etiópia declarou ao Huffpost,
Mais pressão populacional está gerando muita carga sobre o meio ambiente – bem como sobre sistemas de saúde, sistemas educacionais e desemprego
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Controle de natalidade e o meio ambiente: de quem é a culpa afinal?
Se você acha fácil responder, esqueça. “A realidade é que, embora a maior parte do crescimento populacional mundial ocorra em toda a África e na Índia, os níveis de consumo de energia dos países industrializados têm impacto maior sobre o meio ambiente.”
“Um estudo de 2009 do Estado do Oregon descobriu que uma criança nos EUA emite mais de 160 vezes as emissões de carbono do que a de uma criança de Bangladesh. E nos USA, a redução de gravidezes indesejadas pode reduzir as emissões com margens muito maiores do que esforços como a reciclagem, tornando as casas mais eficientes energeticamente e reduzindo as viagens.”
“Então, por que ninguém quer falar sobre o pedágio da população sobre o meio ambiente, pergunta o Huffpost ?”
O tema é uma pedreira. Seria dificílimo que um político só, por mais prestígio que tenha, possa abordá-lo sem levar uma chuva de pedras.
O site lembra o que aconteceu com a mulher de Clinton: “Quando políticos e especialistas falam em planejamento familiar voluntário eles são chamados de “eugenistas” e “nazistas”. Em 2009, a então secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que deveríamos estar ligando a mudança climática à superpopulação. Ela foi rapidamente ‘fritada’ na mídia.”
Controle de natalidade e o meio ambiente: comendo pelas bordas
Bem, se não dá pra começar em esquema massivo, que se ‘coma pelas bordas’. “Bradshaw enfatizou o fato de que dar às mulheres escolhas relacionadas à saúde reprodutiva, à educação e à saída da pobreza é fundamental para qualquer solução – a mudança climática ou não.
“Dar às mulheres direitos iguais em termos de salário e tratamento geral nos países em desenvolvimento não é algo que já alcançamos. Contudo, é uma boa maneira de começar.”
E além de dar às mulheres condições de ensino e saída da pobreza, há outras medidas possíveis: “O foco deve estar em várias estratégias em massa, incluindo soluções de longo prazo. Por exemplo, a remoção de combustíveis fósseis das redes de eletricidade e transporte. E soluções de curto prazo, como a redução do desperdício e do consumo diário.”
Conclusão sobre o controle de natalidade e o meio ambiente
Para o www.huffpostbrasil.com, “Com uma população global atual de oito bilhões de pessoas, e projeções do fim do século que atingem até 17 bilhões, dependendo das taxas de fecundidade, nenhuma solução pode ser rotulada de mágica.”
Em outras palavras, este é um dos assuntos que deveriam ser discutidos em fóruns mundiais. Nada além disso é o que este site defende. Falar, discutir, e comentar o tema. Escondê-lo, por seja quais forem os motivos, não é a solução.
Fingimos ser bondosos e amantes de crianças, mas até quando o mundo as suportará? Em 1970 o Brasil cantava: “noventa milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração… Salve a seleção… ” ou seja apenas 49 anos atrás e hoje, caso possamos confiar no censo do IBGE devemos ser algo como 220 milhões ou seja um aumento de apenas 173 milhões no espaço de tempo ou incementamos o país com 3,53 milhões de bebês/ano ou 9,67 bebês/dia. Como o Brasil não aprende com erros passados e portanto é incapaz de projetar um futuro imaginemos estes ídices de natalidades atuando até 2050 ou daqui a 31 anos e teremos uma créscimo de apenas 109 milhões de novos brasileiros e estaremo beirando a 350 milhões, que precisarão de ar, água potável, esgotos e alimentos… Ainda bem que nestes anos futuros e serei peça de uma passado menos tétrico.
São muio mais bebes por dia. Vc não considerou os que morreram e mesmo assim, crescemos até 220 milhões…
excelente. Sempre existe uma desculpa para um Darf novo. Principalmente para os privilegiados homens brancos.
O controle de natalidade poderia ter minimizado os alagamentos em SP e municípios vizinhos. Acho que a região da Capital e municípios devem totalizar algo como 50 milhões de pessoas ou algo próximo 22,5% da população brasileira. Precisam impedir o fato de que nasce uma criança no Brasil e S. Paulo ganha mais um migrante.
Temo polêmico que natureza vai resolver por nós. Da forma mais dolorida infelizmente.
Não há interesse real em preservar nada. Cada geração quer apenas “comer” a maior parte possível dos recursos naturais. Ou alguém vai à peixaria preocupado com a sorte das espécies que lá estão à venda ? Continuamos sendo nômades caçadores e coletores, agora com maior voracidade graças a maquinaria que dispomos. Nossa visão de futuro não vai além da 2a geração de cada um, e, desde tenhamos a certeza de que não faltará comida para nossos filhos e netos, os próximos que virão depois deles não nos interessa. Mais ou menos assim: meu bisavô não tem importância para mim, como eu não tive para ele, que jamais soube da minha existência. Somos, por excelência, o flagelo do planeta.
O melhor controle de natalidade é aumentar o pib per capta.
Só ver a correlacao dos dois indicadores.
Realmente, o problema está em controlar a natalidade dos 80% de miseráveis que não estão nos circuitos da economia ocidental, e não os 20% da população que consome centenas de vezes mais que os pobres. O problema não está na alta concentração de recursos e de dinheiro, mas sim e continuar controlando os pobres que não tem benefícios do sistema, mas levam a culpa de todos os problemas, ou das externalidades, para ficar no economiquês. Falar dos danos socioambientais da produção industrial e do agrobusiness, nem pensar! Até porque, questionar a matriz produtiva pode acarretar na queda do financiamento da ilusão preservacionista.
Malthus prestou um enorme desserviço com a relação ridícula e sem nexo entre a “progressão aritmética” da produção de alimentos e a “progressão geométrica” da sociedade. Pensamento típico de um povo que passou fome durante séculos e só começou a concentrar recursos roubando o resto do mundo (o que seria da “desenvolvida e civilizada” Europa se não fosse a batata!). E essa ideologia continua a nos alienar, já que atualmente produzimos comida suficiente para alimentar uma pessoa com um 1 quilo de grãos todos os dias! Isso porque são cálculos de uma década atrás (e sim, trago fontes: https://www.youtube.com/watch?v=RpaaX96R5u8).
A distribuição de recursos e a mudança social de dimensão cooperativa e, de fato, sustentável deveria ser o mote para uma mudança de visão e de ação frente às mudanças climáticas. Mudar radicalmente a matriz produtiva e agrícola deveria ser um dos centros da discussão. Debater sobre a necessidade de uma governança global dos recursos naturais, promover a aquisição de tecnologias apropriadas para as pessoas em situação de vulnerabilidade, promover a agroecologia para a produção de alimentos, desenvolver tecnologias de mitigação dos danos socioambientais tais como limpeza do ar e dos oceanos (uma ótima alternativa à produção de armas, por exemplo), reflorestar áreas degradadas por meio de técnicas ecológicas e agroecológicas, etc. etc. Lógico, efetivar novas dinâmicas de ação leva a uma mudança radical no sistema capitalista, ou melhor, o seu fim.
O grande problema da questão socioambiental tal como é debatida hoje recai em sua instrumentalização pelo capitalismo. Isso leva a um obscurecimento do potencial revolucionário direcionado uma sociedade da abundância, com menos necessidades materiais e mais acesso à dimensão imaterial da vida (artes, esportes, serviços prestados, intelecto).
Isso até seria válido se não fosse o fato da ex-Uniao Soviética ter poluído muito, mas muito do seu território e ser uma nação de preocupação 0 (zero com o meio ambiente, direitos humanos e proteção animal, sim eles caçam e dizimam tudo ainda pra vender pele) e a China, desesperada, estar replantando a toque de caixa suas florestas porque todos os seus mananciais estão absolutamente pôtridos. Pra mim, quem se opõe veementemente a controle de natalidade apenas com argumentos redistributivos e blablablas sociais nunca deve ter estudado biologia na vida e deve ter, no mínimo, um mar de cristianismo barato flutuando, ainda que inconsciente, no fundo da “alma” (?).
Estão errados e repetindo o erro de Malthus.
Por que os alarmistas do aquecimento e eugenistas em geral não defendem uma guerra mundial? Muito mais eficiente que contraceptivos.
Infelizmente teremos de aguardar o senhor da razão provar que vivemos um delírio coletivo.
Louco varrido!!
Em grande parte a população é acomodada e ignorante, entretanto, os cidadãos cultos desempenham seu papel tendo um controle de natalidade (planejamento familiar). A questão é que somente a população pobre e com pouca informação está se multiplicando indiscriminadamente tendo assim um gigantesco número de pessoas que simplesmente irão ignorar os métodos de controle de natalidade. Não há outra opção! O mundo terá que fazer algo urgente e arbitrário para resolver esse problema. Essa morosidade e esse mimimi sentimental só vão nos levar para o extermínio. É hora de vacinar o gado na marra, ou espalhar alguma droga ou vírus no ar que comprometa ou diminua o poder de fertilidade da população, determinada ou indeterminadamente ou até com antídoto para reversão do efeito caso o cidadão mostre capacidade para sustento da prole e caso o planeta suporte. Vocês leitores, lamento, não estão preparados para essa informação, mas, os chefes de estado sim.
Estamos caminhando para um colapso total da Terra, embora não saibamos se vai ser daqui há 50 anos ou mais de 1 século. A demanda por mais alimentos, água potável, moradia, saúde, transporte, educação sempre irá provocar algum impacto ao nosso combalido planeta.
Infelizmente isso não será resolvido de forma eficiente, pois não será possível conscientizar pessoas e governos. Outros povos antigos já presenciaram colapsos regionais provocados por mudanças climáticas, aliados ao aumento descontrolado da população. Ou seja, com secas por períodos mais longos, a dificuldade de estocar e conservar alimentos por tempo razoável, além da dificuldade de produção de grãos e proteínas animais. Hoje, graças a aumentos de produtividade (e com o conseqüente dano ao meio ambiente via desmatamentos e expansão agrícola) temos uma oferta boa de alimentos.
No entanto, os fenômenos climáticos estão aumentando em magnitude e freqüência (trombas d’água, deslizamentos de terra, furacões, tsunamis).
Alguns desses fenômenos são causados independentemente da ação do homem, outros têm nitidamente o componente humano como causa, ou pelo menos, como acelerador.
De qualquer forma, é urgente que governos, partidos políticos (se é que seus integrantes têm vontade de resolver alguma coisa), tome atitudes sérias para resolver a questão crescimento demográfico. Nosso planeta tem condições de assimilar mais 7 bilhões de habitantes nos próximos 100 anos? Nossa atmosfera será respirável nas megalópoles? Mesmo no campo, haverá água e comida suficiente para toda essa população?
Osvaldo Moreira na Copa de 1970 ou somente 49 anos atrás éramos 90 milhões e até houve a polêmica da música de J. Chaves em que fizeram a adaptação cantando: “Noventa milhões de ladrões, pra frente, Brasil do meu coração….” e hoje decorridos os 49 anos somos algo como 220 milhões então geramos cerca de 2,6 milhões por ano de bebes. Vamos manter as taxas de natalidades de hoje e em mais 50 anos seremos algo como 600 milhões ou 0,6% da população da Índia e metade da China de hoje.
Eu estou no outono de minha vida e com muita sorte posso esperar mais uns 25 anos pela frente e sabe que é uma delicia ser velho, pois vivenciei o que este Brasil podia oferecer de melhor ainda que comparado a países decentes uma merda e fico a pensar nas crianças que estão nascendo onde terão água de qualidade duvidosa, energia elétrica com apagões constantes, ar poluído, alimentos enriquecidos com todos os tóxicos possíveis e imagináveis, educação de faz de conta, insegurança pública onde mortos sendo velados sofrerão mais violências etc, etc e etc.
Abordo esse assunto direto, mas infelizmente não é levado a sério. Segue texto enviado ao Forum do Estadão em 28/12/18 mas não publicado.
“Não passo um dia sem ler ou assistir jornais e me interesso muito por matérias ligadas aos problemas econômicos e sociais que afetam diretamente o nosso dia a dia. Acredito que algumas melhoras virão com o novo governo, mas não vejo como combater a desigualdade social e o desemprego sem se abordar estas questões vitais: a natalidade despreparada e a estabilidade familiar. Não tenho visto pesquisas, debates ou reportagens abordando e discutindo vínculos entre os problemas sociais e as citadas questões. Dispensando ideologias e praticando matemática, é fácil concluir que, enquanto a taxa de natalidade dos pobres for maior que a dos ricos, a desigualdade social só aumentará, pois filhos de pobres repartem pobreza e vice-versa. Na Natureza, os mais capacitados reproduzem-se mais, mas entre os humanos, a seleção natural foi convertida em assistencialismo lucrativo praticado mundo afora por máquinas públicas gigantescas, ricas e corruptas. Para as corporações públicas, o cidadão não-dependente do estado só serve para produzir, arrecadar impostos e ser apontado como culpado pela pobreza dos outros. Sua multiplicação implicaria no emagrecimento da máquina atravessadora. Portanto, é mais interessante que o cidadão se mantenha carente, ignorante e dependente. Afinal, este assistido, iludido e agradecido cidadão, não percebe que consome o que o rico produz e que por isso, acaba pagando a maior parte da carga tributária. Ele precisa entender também que ao gerar um filho que não pode criar, ele estará alimentando durante anos a máquina atravessadora que em nome do necessitado arrecadará 10 para distribuir 1 e colocar 9 no bolso. É por isso que aos governantes, políticos, religiosos, movimentos sociais, ongs, etc, não interessa esclarecer e ajudar a mulher carente a se precaver e aguardar a recomendável estabilidade familiar e econômica. Não há sentido em se fornecer bolsas sem a contrapartida da prevenção. Para contrabalançar e equilibrar uma recomendável taxa de natalidade do país, os mais preparados deveriam ser incentivados a ter mais filhos. No mundo de hoje, existem exigências de cursos, licenças e dificuldades para tudo, menos para a função mais importante da vida: procriar. E porquê? Porque a miséria se tornou um grande negócio”
Muito interessante e importante a matéria e o ponto de vista acima apresentado aborda questões fundamentais ao meu ver. “Não há sentido em se fornecer bolsas sem a contrapartida da prevenção. Para contrabalançar e equilibrar uma recomendável taxa de natalidade do país, os mais preparados deveriam ser incentivados a ter mais filhos. No mundo de hoje, existem exigências de cursos, licenças e dificuldades para tudo, menos para a função mais importante da vida: procriar. E porquê? Porque a miséria se tornou um grande negócio”- Não acredito e sou contra impedirmos seja através de leis ou outro mecanismos das pessoas terem filhos ou o Estado dizer quem ou quantos filhos alguém pode ter ou coisa no gênero, algo realmente muito grave, ate porque ninguém pode prever o futuro de um ser humano seja ele oriundo de famílias ditas bem estruturadas ou não. No entanto precisamos e devemos proporcionar educação e informação para que as pessoas possam ter mais responsabilidades ao gerar filhos. Sei que este raciocínio envolve recursos, o que a matéria fala, mas não há como negar que a liberdade sempre terá custos muito elevados. Mas ao mesmo tempo concordo com o ponto de vista aqui apresentado e muito importante de que a miséria é um grande negócio. Muitos “negócios” e mesmo profissões só existem porque temos misérias em todos os aspectos e ela acaba sendo um “estímulo” a práticas corruptas e realimentadora dos mesmos. Não basta tirarmos os homens da miséria é preciso tirarmos a “miséria” dos homens, e só se faz isto com liberdade, profundo respeito e grande resistência a frustração. Não podemos obrigar ninguém a escolher o céu, a obrigatoriedades desta escolha nos leva ao inferno.
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No dia em que a humanidade entender que ela não controla coisa alguma, talvez o mundo seja bem melhor…
Não precisamos de mais provas para conferir que o aquecimento global tem como causa não somente uma condição, mas muitas, porem, dentre todas, a que mais potencializa o efeito é o homem com suas inúmeras ferramentas. Dizer que não há embasamento cientifico que prove isto é uma prova da ignorância do infeliz, pois, basta ir a qualquer lugar para perceber o efeito da devastação causada pela presença humana. A questão do desmatamento, sabe-se cientificamente que qualquer planta obtêm energia as custas do que recebe o Sol e no final, grande parte dela é transformar as substancias que capta da atmosfera, da terra e da água em celulose, sequestrando então dessa atmosfera alguns gases que provocam o efeito estufa, que por sua vez também é comprovado cientificamente. Claro que conclui-se que ao retirar uma arvore de qualquer ambiente, a energia solar que seria captada por ela, vai incidir no solo e fatalmente se transformar em calor, lembre-se da teoria de Lavoisier. E quem faz isso de forma extensiva? O homem. Não comentei e dispensa mais conversa quando se fala em queima de combustíveis fosseis, tais como o carvão e petróleo. Caso ainda assim persista a ideia de que isto não causa aquecimento, basta questionar-se o seguinte: Para onde vai o carbono que estava no estado solido enterrado no caso do carvão, e o petróleo que estava no estado pastoso também enterrado? Respostas simples, ambos vão para atmosfera na quase totalidade, aumentando drasticamente o índice de carbono na atmosfera, que por sua vez produz o efeito estufa. E se tudo isso não convencer, é não crer na ciência. Não há mais o que fazer a não ser ir para escola.
Parabéns ao articulista. É impressionante como o assunto da necessidade de planejamento familiar é ignorado pela esquerda. As gestações indesejadas ocorrem mais frequentemente entre os mais pobres. Mas a esquerda quer miséria, a fim de explorar a massa ignorante que nasce da falta de planejamento familiar. É risível afirmar que os problemas do mundo serão resolvidos apenas com a redistribuição de renda. Pobreza gera pobreza em proporção geométrica. É preciso parar de glorificar o aborto (que é traumático para mulher e moralmente questionável) e dar a todos acesso a meios efetivos de contracepção.
Morei mais de uma década na Africa, e em vários países africanos, onde o índice de mortalidade infantil é alto, e talvez contribua para a cultura de que se deve ter muitos filhos para garantir a sua velhice. Homens têm 2 ou 3 mulheres e dúzias de filhos que mal recordam dos nomes. Criam-nos como “galinhas caipiras” para quando crescerem garantir-lhes o sustento. Não há a menor preocupação em dar-lhes educação ou com escolaridade, é colocar crianças neste mundo movidos por um sentimento totalmente egoísta.
Será que é diferente nos sertões brasileiro onde o engraçado ministro da educação quer crianças perfiladas e cantando hino nacional, quando sequer tem o que comer, vestir e água potável????
Excelente proposta. Todo progressista deveria se esterilizar para dar o exemplo.
Com certeza um fã do Astrólogo…..kkkkkk
PARABENS MAR SEM FIM—-Artigo de extrema necessidade
Vejo o controle da natalidade não só como eficiente instrumento ambiental mas, principalmente, como o mais importante meio de redução da miséria mundial. Infelizmente, os esquerdismos difundidos pelo mundo político e o fundamentalismo religioso, como apontado pelo leitor acima, impedem qualquer iniciativa nesse caminho. E, assim, caminhamos nós rumo à inviabilização total da vida na Terra e, se Deus quiser e para o bem do planeta, à extinção da espécie humana.
Tem algumas areas não abortadas por esse texto. Um deles é a religião. Quanto mais fundamentalista religiosa é a pessoa, mais crianças ela tem. Isso se vê com muçulmanos, judeus ortodoxos, cristãos, entre outros. Um casal muçulmana tem em média entre 3-5 crianças por familia. Eu já vi reportagens na BBC de familia muçulmana em Manchester, que tinha dez crianças. O pai dizia que ele tem quantos filho Ala quiser que ele tenha e rejeita camisinha, pilula, etc.
O segundo ponto são incentivos financeiros para ter filhos. Muitos países dão apoio financeiro para casais que tenham crianças. Quanto mais crinaças tem, mais apoio financeiro o estado dá. Isso acontece no Reino Unido e acaba que minorias acabam tendo propositamente muitas crianças para receber muitos beneficios do governo– casa, isenção de vários tipos de impostos e uma boa ajuda em dinheiro mensalmente. Isso acaba que muitos desses casais nem precisam trabalhar. Eles ficam apenas em casa com as crianças.
O terceiro ponto não discutido no texto é que quanto mais escolaridade e melhores condições financeiras a sociedade é, menos crianças um casal quer ter. Isso tem se visto pela baixa natalidade nos países europeus nos últimos vinte anos. No Brasil, aonde as condições de poder aquisitivo, maior mobilidade social e de emprego melhoraram nos últimos vinte anos, a taxa de natalidade tb caiu. Irradicação da pobreza, mais acesso ao ensino básico e melhores condições de emprego, favorecem a diminuição da nataidade naturalmente.
O text diz que a população mundial pode chegar a 17 bilhões de pessoas até o fim do século. Pelo o que tenho sempre lido de organizações governamentais é de que a popilação mundial será de 11 bilhões até o fim do século.
Eu vi um video do Financial Times ontem sobre deep sea mining e os possiveis impactos ambientais que isso pode gerar. Vcs poderiam fazer um artigo sobre esse tema.
Discussão atrasada e absolutamente necessária. 17 bilhões ? Sério ? Me lembra “A Ilha” de Huxley…