Congestionamento de navios em portos da China piora com medidas anti-Covid 19
Quem acompanha o noticiário sabe que a falta de componentes causa interrupção em muitas fábricas no Brasil. Mas nem todos sabem que o motivo da falta de peças é o enorme congestionamento de navios em portos da China. Isso também mostra que nossa dependência do país asiático não se resume apenas a insumos para vacinas, vai muito além.
Congestionamento de navios em portos da China
Segundo a agência Reuters, ‘o congestionamento nos portos de transporte de contêineres no sul da China está piorando à medida que as autoridades intensificam as medidas de desinfecção em meio a um surto de casos de COVID-19, causando o maior acúmulo desde pelo menos 2019′.
Mais de 150 casos de coronavírus foram relatados na província de Guangdong, um importante centro de fabricação e exportação no sul da China, desde a última onda de casos ocorrida no final de maio.
Isso levou os governos locais a intensificar os esforços de prevenção e controle que limitaram a capacidade de processamento do porto.
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Para mitigar a situação os portos de Guangdong, incluindo Yantian, Shekou, Chiwan e Nansha, emitiram avisos suspendendo a entrada de navios sem reservas antecipadas.
As principais empresas de navegação alertaram os clientes sobre atrasos de navios, mudanças nos horários das escalas e a possibilidade de excluir alguns portos.
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A Ocean Network Express (ONE) disse em um aviso que o Terminal Internacional de Contêineres de Yantian continua operando abaixo da capacidade por causa das restrições de trabalho relacionadas ao COVID, enquanto o congestionamento nos terminais de contêineres em Shekou e Chiwan aumentou para mais de 90% da capacidade.
16 dias de atraso no mínimo
Segundo a Reuters, ‘a linha de contêineres líder mundial Maersk aumentou a duração dos atrasos esperados em Yantian de 14 dias antes, para 16 dias.
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O congestionamento também aumenta os custos dos produtos. A Reuters ouviu um gerente de vendas de cabos eletrônicos que disse: “Basicamente, tivemos uma experiência semelhante no ano passado, então temos experiência em responder a este desafio. Mas o aumento nos custos de transporte está ficando realmente surpreendente. As taxas de frete se refletem no aumento dos custos de material que já estão em torno de 15% até 30% mais caros.”
Mais de 40 navios foram ancorados em mar aberto
O Terminal Internacional de Contêineres de Yantian (YICT), um dos portos mais movimentados da China com um volume anual de movimentação de mais de 13 milhões de unidades, impôs medidas rigorosas de desinfecção e quarentena desde 21 de maio, quando o vírus foi descoberto no porto.
Mais de 40 navios porta-contêineres foram ancorados em mar aberto fora do terminal, segundo dados de rastreamento de navios.
A Reuters destaca que as taxas globais de transporte de contêineres subiram para níveis recordes nos últimos meses devido a gargalos causados por um aumento na demanda por bens de consumo.
Mesmo antes da interrupção em Yantian, as cadeias de suprimentos globais estavam lutando para limpar os pedidos em atraso, um efeito indireto do bloqueio de uma semana do Canal de Suez em março.
As companhias de navegação e as autoridades chinesas aconselharam os navios a desviarem para portos próximos, incluindo o porto oeste de Shenzen e o porto de Nansha em Guangzhou, que estão operando normalmente, apesar dos casos esporádicos do coronavírus na região.
Imagem de abertura: https://www.joc.com/.
Fontes: https://www.reuters.com/world/china/congestion-south-china-ports-worsens-anti-covid-19-measures-2021-06-11/; https://www.reuters.com/world/asia-pacific/major-shipping-firms-warn-worsening-congestion-chinas-yantian-port-2021-06-03/.
Bons tempos no Brasil onde zíperes eram fabricados pela ASTRO na Vila Gumercindo e anos depois pela japonesa YKK em Sorocaba, partes e peças para as montadoras saiam das inúmeras fábricas localizadas no bairro do Ipiranga/Mooca, auto rádios fabricados pela MOTORÁDIO na Lapa. televisores eram fabricados pela INVICTUS na rua da Consolação, SEMP E STRAUSS fabricados na Liberdade, COLORADO na Vila Gumercindo e até TELEFUNKEN fabricado no bairro do Socorro, a ARNO no Cambuci, WALLITA em Santo Amaro….. Hoje aquelas marcas que sobreviveram já não são INDÚSTRIAS BRASILEIRAS, mas sim partes de conglomerados de empresas estrangeiras e não passamos de simples fornecedores de mão de obra barata. Bons tempos em que o Brasil tinha “capitães das indústrias”. Hoje só temos os vendidos ao capital estrangeiro que até se julgam CHIEF EXECUTIVE OFFICER. Título bonito para puxa-sacos.