BNDES Corais: R$ 60 milhões em prol dos corais do Brasil
Salvo engano, esta é a primeira atitude oficial em prol do litoral do Brasil desde que começou o governo Lula 3. E sai do bojo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e não do ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Marina Silva continua alheia à realidade do que se passa nesta faixa de transição entre mar e terra: até hoje não propôs uma política central para a erosão que está tragando o litoral, levando habitações, comércio, e obras públicas como estradas, pontes, etc; provocando prejuízos bilionários e deixando milhares de cidadãos sem ter onde morar. A ver ainda quanto vai demorar para Marina agir.
Chamada permanente para projetos de preservação de corais
O site do BNDES informa que lançou nesta quarta-feira, 10, a iniciativa BNDES Corais, uma chamada permanente do Fundo Socioambiental do Banco para projetos destinados a contribuir com a recuperação e a conservação de recifes de corais rasos e bancos de corais brasileiros. Os recifes sofrem por fenômenos climáticos como aumento da temperatura da água.
“Precisamos olhar para os oceanos. Os corais são o condomínio da vida marinha, com uma importância decisiva. Estima-se que até uma em cada quatro formas de vida nos oceanos dependa dos corais em algum momento. No entanto, eles estão sendo fortemente agredidos e ameaçados”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante o lançamento da chamada.
“Nós temos feito um grande esforço em iniciativas de proteção das riquezas marítimas e dos oceanos. O primeiro projeto relevante foi realizado em parceria com a Petrobras, no qual lançamos um edital de R$ 50 milhões para a proteção dos manguezais”, lembrou Mercadante.
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Os objetivos do BNDES Corais
O objetivo do BNDES Corais é fortalecer a resiliência e contribuir com a diminuição de perdas e recuperação de recifes. A iniciativa atenderá o litoral do Nordeste e parte do Espírito Santo, cobrindo cerca de 3 mil dos 8,5 mil quilômetros da costa brasileira. A chamada pública aceitará propostas para atuação nas áreas de maior concentração e densidade de recifes no litoral brasileiro. Os projetos são para corais rasos (aqueles mais visíveis, que atraem turistas às praias do Nordeste) entre Bahia e Ceará, e para os dois grandes bancos (conglomerados de recifes) de corais do país, localizados em Parcel Manoel Luís (MA) e Abrolhos (BA/ES).
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A propósito, apesar de estarem prontos os estudos sobre a ampliação da área de proteção de Abrolhos, englobando o Banco Royal Charlote, até hoje, 15 meses depois de assumir, mais uma vez Marina Silva ainda não se pronunciou.
O BNDES está destinando, via Fundo Socioambiental, R$ 30 milhões para a iniciativa. O investimento pode chegar a R$ 60 milhões, com a contrapartida dos parceiros que aderirem aos projetos. O valor mínimo por projeto é de R$ 5 milhões, sendo também 50% do valor aportado pelo Fundo e os outros 50% pelo proponente. Poderão participar da chamada, apresentando propostas, entidades privadas sem fins lucrativos, atuando em rede ou não, que tenham experiência na implantação e operação de projetos similares.
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Atenção biólogos marinhos, o prazo para inscrição das propostas vai até 5 de julho de 2024. A inscrição pode ser feita por meio do link www.bndes.gov.br/fundosocioambiental. O BNDES vai realizar oficinas para tirar dúvidas e facilitar as inscrições, a partir do dia 24 de abril.
Ameaça aos corais no mundo
Os corais, o mais importante berçário marinho, estão ameaçados mundialmente em razão do aquecimento da água do mar. A temperatura do planeta nunca foi tão alta como nos dois últimos anos.
O que está ocorrendo com os corais do País também acontece em todos os locais onde eles existem, em especial, na Grande Barreira da Austrália.
A nova economia, o ESG e as empresas brasileiras
Com este tiro de largada dado pelo BNDES resta agora esperar para ver se as empresas brasileiras estão realmente inseridas nesta ‘nova economia’ que privilegia o meio ambiente.
No papel estão todos de acordo. Segundo texto da FIESP, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, ‘uma grande onda se ergueu no oceano corporativo, o ESG, sigla em inglês que se refere às práticas de governança ambiental, social e corporativa (Environmental, Social and Governance). Muitas empresas já pegaram a onda, e quem não o fez corre o risco de ser engolfado e se afogar. Tem gente que ainda acha que a onda é passageira e vai terminar em marolinha, mas a avaliação geral é de que se trata mesmo de um tsunami: nada mais nada menos que uma reinvenção do capitalismo, que se assenta sobre novas bases’.
Mais que nunca, agora saberemos se as grandes empresas brasileiras ‘pegaram de fato esta onda’ ou se estão fazendo apenas ‘marolinhas’.
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Você é um cara muito inteligente, crítico e ávido para denunciar corruptos. Te peço para você acompanhar estes “projetos” e sua implementação… talvez você também ache algum peixe-gato miando… Forte Abraço!!!
Caro André: lógico que vou acompanhar até porque é uma primeira ação e nossos corais estão de fato passando por um severo estresse. Abs