Feliz Natal e próspero ano novo; conheça a ‘pegada’ das festas
Este post pode parecer matéria de jornal na época da Páscoa: ‘Conheça os melhores ovos de chocolate’; ou ‘Faça você mesma os ovos de chocolate’. A inspiração foi a mesma, porém o tema condiz com as preocupações do site e, quem sabe, possa ajudar os leitores a se darem conta de seus atos. Assim, resolvi pesquisar na net sobre a pegada embutida no ‘Feliz Natal e próspero ano novo’. Fiquei impressionado com a quantidade de matérias e muitos dos temas tratados. Um deles, o thehighisl.com diz que ‘o Natal é o maior desastre ambiental anual do mundo. A época festiva parece celebrar o consumismo mais do que qualquer outra coisa, o que apenas contribui para a montanha de questões ambientais’.
O consumo de energia, e outros, no Natal
O site thehighisl.com afirma que não apenas a comida, mas também o uso de energia aumentam muito no Natal. O consumo é 30% maior do que no resto do ano. Luzes excessivas de Natal, nas ruas, lojas e casas, impulsionam esse aumento.
Além disso, a mesma fonte cita uma pesquisa do The Independent. Ela revela que, no Reino Unido, as pessoas jogam fora cerca de quatro milhões de quilos de comida de Natal a cada ano. Isso equivale a 263.000 perus, 7,5 milhões de tortas e 11,3 milhões de batatas assadas.
A pesquisa também mostra que 25% dos americanos descartam o jantar de véspera de Natal. Revela ainda que 70% compram comida extra para possíveis visitas inesperadas. Muitos acham que isso não causa grande impacto, mas o desperdício alimentar contribui com 6-10% do aquecimento global.
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Contudo, o site hehighisl.com quer oferecer soluções, e não apenas más notícias. Por isso, sugere práticas sustentáveis como plantar sua própria árvore, usar sacos de presentes reutilizáveis anualmente ou embalagens recicláveis. Além disso, recomenda o aproveitamento total das sobras após o Natal.
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‘Como o Natal está arruinando o planeta’
Veja bem, cerca de 365 mil quilômetros de papel de embrulho não reciclável só no Reino Unido! Esta quantidade é suficiente para embrulhar o planeta Terra e ainda sobra! Imagine no mundo qual seria a quantidade. Nem tente, é algo impossível. Entretanto, a mesma fonte lembrou outra pegada comum na época.
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Conheça o novo navio de carga híbridoBrasil pega fogo, espanta o mundo, e Lula confessa: ‘não estamos preparados’Como anda a discussão sobre geoengenharia na mídia do exterior?Mais de 250 milhões de europeus viajam pelo continente durante as férias para visitar familiares e amigos, conforme uma pesquisa da Mastercard. O europeu médio percorre cerca de 516 quilômetros, equivalente à distância entre Paris e Amsterdã, e quase um quarto dessas pessoas opta por viagens aéreas. Estas viagens aumentam as emissões de gases de efeito estufa e o congestionamento na Europa. O Politico menciona que, se a aviação fosse um país, seria o sexto maior poluidor de carbono do mundo, superando até a Alemanha.
A ligação entre as alterações climáticas e os produtos que compramos
O The Conversation aborda a conexão entre as mudanças climáticas e os produtos que consumimos. Uma pesquisa recente revela que, ao longo do ciclo de vida de um produto — da extração da matéria-prima até à fabricação, distribuição, uso e descarte —, a quantidade total de emissões de carbono gerada é 6,3 vezes o peso do próprio produto. Interessantemente, é na cadeia de abastecimento, muitas vezes invisível ao consumidor, onde se concentra a intensidade de carbono.
O artigo destaca a sedução contínua do consumo em nosso dia a dia. Hoje, os estímulos ao consumo são quase incontáveis, integrados continuamente em nossas vidas repletas de telas. Estes apelos chegam através de mensagens de texto, anúncios pop-up personalizados e postagens em redes sociais que glorificam o consumo, incluindo vídeos de influenciadores. O Conversation ressalta como essas práticas de consumo contínuo e intensivo têm um impacto significativo no meio ambiente.
Esforço para comprar menos
Fazendo as contas, os 2,6 bilhões de cartões canadenses resultam em aproximadamente 9,1 bilhões de kg de dióxido de carbono. Isso equivale a percorrer cerca de 6,3 bilhões de quilômetros com um carro a gasolina.
Esses números mostram o impacto ambiental surpreendentemente alto de algo tão comum quanto cartões postais, enfatizando a importância de considerar alternativas mais sustentáveis.
New York Times aborda o tema em ‘Sonhando com menos desperdício no Natal’
A matéria do New York Times, escrita por Manuela Andreoni, aborda o consumo de energia durante as festas nos Estados Unidos, revelando um fato surpreendente: as luzes festivas nos EUA, com dados de 2008, consumiram mais eletricidade do que todo o consumo anual de El Salvador. Esse dado chama a atenção para o alto consumo energético associado às celebrações natalinas, especialmente relevante no contexto das discussões globais sobre mudanças climáticas, como a COP28.
Andreoni também sugere presentes mais ecológicos e menciona um exemplo inspirador da Coreia do Sul. Após a implementação de um sistema de coleta de lixo na década de 1990, que cobra das pessoas com base na quantidade de resíduos que descartam, a produção total de resíduos domésticos no país foi reduzida pela metade. Esse caso ilustra como políticas eficazes de gestão de resíduos podem levar a mudanças significativas no comportamento do consumidor e na redução do impacto ambiental.
Medindo a ‘pegada’ do Natal
- Nos Estados Unidos, uma pesquisa estima que cada cidadão gastará em média US$ 920 apenas em presentes, totalizando cerca de US$ 1 trilhão de gastos durante o período de Natal.
- No Reino Unido, o Banco da Inglaterra calcula que a família média gasta um extra de 800 libras esterlinas em dezembro, com um aumento de 20% nas compras de alimentos, 30% em álcool e 85% em livros, em comparação com um mês médio.
- A pesquisa anual da Deloitte sobre os gastos de Natal no Reino Unido estima que o consumidor médio gastará 567 libras esterlinas em 2019.
- O consumidor europeu médio gastará cerca de 409 libras esterlinas.
- Na Austrália, espera-se que a família média gaste AUD 969 no Natal.
Esses números refletem o alto nível de consumo associado ao período natalino em diferentes partes do mundo e implicam em um impacto econômico e ambiental considerável.
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Afinal, qual é o impacto ambiental da temporada de Natal?
O Environment Focus aborda o impacto ambiental da temporada de Natal, um tópico que vai além das preocupações com o consumo excessivo e a perda econômica. A tarefa de calcular a pegada ambiental total do Natal, considerando a análise do ciclo de vida, é complexa e pouco abordada.
Um infográfico irônico, por exemplo, estima a pegada de carbono das operações do Papai Noel, incluindo a produção e distribuição de brinquedos por um trenó puxado por renas, em cerca de 70 milhões de toneladas de CO2. Embora seja uma abordagem humorística, ela chama a atenção para o conceito de impacto ambiental associado às tradições natalinas.
Por outro lado, um relatório mais sério de 2007 feito por pesquisadores do Instituto Ambiental de Estocolmo, vinculado à Universidade de York, apresenta uma análise mais concreta. Eles calcularam que as festividades de Natal de três dias no Reino Unido podem resultar em até 650 kg de emissões de CO2 por pessoa. Esta estimativa reflete não apenas o consumo direto, como energia para iluminação e aquecimento, mas também os impactos indiretos, como os associados à produção e ao descarte de alimentos, presentes e decorações.
Essas análises destacam a importância de considerar os impactos ambientais do Natal um período tradicionalmente marcado por um aumento significativo no consumo e, consequentemente, nas emissões de gases de efeito estufa e outros impactos ambientais
E assim encerramos. Feliz Natal e próspero ano novo!