História do plástico, o vilão dos oceanos: conheça
História do plástico: a produção
Prós e contra o meio ambiente
O setor do mercado que utiliza a maior quantidade de produtos plásticos é o de embalagens, ou seja, aquele que fabrica produtos de descarte imediato. Este é o grande problema. Um relatório apresentado no World Economic Forum, 2016, em Davos, Suiça, da Ellen MacArthur Foundation, informa o tamanho do desperdício apenas em plástico usado em embalagens:
Após um curto ciclo de utilização inicial, 95% das embalagens plásticas, equivalendo entre U$ 80, a U$ 120 bilhões de dólares anualmente, é perdido para a economia.
Depois que você adquire o produto, a embalagem perde seu valor. Não é imbecil? E a economia mundial perde entre U$ 80, a U$ 120 bilhões de dólares ao ano! Quer desperdício maior? Onde vão parar estas embalagens? Aterros, rios, e oceanos…
Mas, por incrível que pareça, o plástico trouxe uma certa economia ao meio ambiente. Como exemplo pode-se tomar a indústria automobilística. Os carros antigos contavam com muitos equipamentos metálicos, pesadíssimos. Com o alastramento dos materiais plásticos, eles chegaram ao mercado de autopeças para compor os novos automóveis. Resultado: os carros ficaram mais leves e o uso de combustível diminuiu sensivelmente.
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Por mais de 50 anos, a produção global de plástico aumenta sem parar. Cerca de 299 milhões de toneladas de plásticos foram produzidos em 2013 o que representa um aumento de 4% em relação a 2012. A recuperação e a reciclagem, no entanto, permanecem insuficientes. Milhões de toneladas acabam em aterros e oceanos a cada ano, escreve Gaelle Gourmelon, gerente do Worldwatch Institute, no mais recente artigo Vital Signs Online.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
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entre 22% e 43% do plástico usado no mundo inteiro é descartado em aterros, onde seus recursos são desperdiçados, o material ocupa um espaço valioso e prejudica as comunidades. Recuperar o plástico do fluxo de resíduos para reciclagem ou para combustão para geração de energia tem o potencial de minimizar estes problemas. No entanto, grande parte do plástico coletado para reciclagem é enviado para países com menor regulamentação ambiental. E a queima de plástico para energia requer controles de emissões atmosféricas e produz cinzas perigosas, tudo isso sendo relativamente ineficiente.
A produção de plástico por países e regiões
O consumo de plástico per capita
Plástico, o vilão dos oceanos: o setor no Brasil
Não há dúvida que é um setor importante da economia, produzindo empregos, gerando renda, mas poluindo tremendamente o meio ambiente. No Brasil a indústria de transformação de plásticos compreende 11.690 empresas que empregaram 348 mil trabalhadores diretos. Em 2012 essas empresas foram responsáveis por vendas que totalizaram R$ 56 bilhões, correspondentes a um consumo aparente de 7,1 milhões de toneladas de transformados plásticos e 6,6 milhões de toneladas de resinas plásticas em 2012 no país.
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O site O Mundo do Plástico informa que,
no último balanço do setor encomendado pela Plastivida à Maxiquim, verificou-se que a indústria nacional recicla 21% do total de plásticos pós-consumo
E prossegue:
O Brasil, assim, está à frente de países como Reino Unido (20%), França (19%), Finlândia (18%), e Grécia (17,6%)
Mesmo assim o Mar Sem Fim considera que é muito pouco reciclar apenas 21% do total consumido no Brasil. Basta uma rápida olhada aos aterros, rios, praias, e mar brasileiros. Temos que nos esforçar, cada um de nós, para usar o mínimo possível.
Reciclagem de plástico no mundo
De acordo com o estudo da Ellen MacArthur Foundation, página 7,
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no mundo apenas 14% das embalagens plásticas é recolhida para reciclagem
Em 2014, diz o mesmo estudo (pag. 10),
foram produzidos no mundo 311 milhões de toneladas de plástico o equivalente a 900 Empire State Buildings. Em 20 a produção mundial deve dobrar, e quadruplicar até 2050
2050: haverá nos oceanos o mesmo peso de plásticos para o de peixes!
Mas o mais dramático é o quadro a seguir mostrando que, em 2050, a persistir a situação atual da produção, haverá nos mares mais plástico que peixes, em peso.
O plástico nos oceanos: todos os anos 8 milhões toneladas de plástico vazam para os mares do planeta
Pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico- equivalentes a um caminhão de lixo por minuto- vazam para os oceanos por ano, de acordo a pesquisa apresentada no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suiça, em janeiro de 2016 (pag. 14)
A luta mundial contra o plástico
Por estas razões, o grande tema mundial em relação ao meio ambiente, é o plástico. Só no Brasil o assunto ainda não domina a pauta. Não é à toa. Temos um dos piores níveis de educação do planeta, a grande imprensa atravessa séria crise, e os eunucos morais tomaram de assalto os Três Poderes em Brasília…onde só discutem como afundar ainda mais o país, criando novas despesas a cada dia que passa, ou dividindo o butim entre eles. Enquanto isso, São Francisco, Califórnia, New York, Mumbai, e outras grandes cidades discutem como banir certos tipos de plástico. A ONU também entrou na luta, e a Comissão Europeia se prepara para banir todos os plásticos de uso único.
Oceanos, a grande vítima do plástico
Até no mais ermo local do planeta, o Ponto Nemo, foram encontrados microplásticos. Este material, inventado e usado pelos seres humanos, já faz parte de nossa cadeia alimentar. E, se nada for feito, em breve acabará por sufocar o planeta Terra. Pense sobre isso, evite tanto quando possível usar o material mas, ao fazê-lo, recicle.
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Um caminhão de lixo por minuto…
A cada minuto um caminhão de lixo vaza para os oceanos…Se você leu até aqui, foram cerca de cinco minutos (fizemos o teste). Durante este curto período, mais 40 toneladas de plástico vazaram para os oceanos. Recicle,e faça o possível para diminuir o uso do material.
Assista trailer do filme ‘A Plastic Ocean’.
(Foto de abertura: UOL Vestibular)
Fontes: bnedes@gov.br; pt.wikipedia.gov;ecycle.com.br;https://www.weforum.org; ellenmacarthurfoundation.orgAbiplast;plasticobrasil.com.br; www3.weforum.org/.