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Marco regulatório do saneamento: falha de ambientalistas

Novo marco regulatório do saneamento e a omissão de ‘ambientalistas’, ONGs e que tais

Este site não poderia deixar de condenar mais uma omissão dos que se dizem ‘ambientalistas’. Não é a primeira vez que criticamos ambientalistas,  provavelmente não será a última. Mas agora, com o desleixo escancarado, nos decidimos por mais um post de opinião: Novo marco regulatório do saneamento e a omissão de ‘ambientalistas’.

imagem da falta de saneamento básico
É esta situação que alguns ‘ambientalistas’ preferem perpetuar. Imagem, O Globo.

Novo marco regulatório do saneamento e a omissão de ambientalistas

Já escrevemos sobre o novo marco regulatório do saneamento em votação no Senado na última semana de junho. Se aprovado, tende a diminuir a indecorosa  segregação social existente no Brasil. Especialistas acreditam que será possível universalizar os serviços em 15 anos, ou menos.

Quase 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto apesar do direito estar assegurado pela Constituição. O caso ganha contornos  dramáticos se considerarmos a pandemia que infecta milhões, e mata milhares, especialmente os mais pobres. Como se sabe, uma das formas de evitar a doença é a higiene pessoal. Como consegui-la sem acesso à água tratada?

É uma realidade conhecida por todos, incluso ‘ambientalistas’, que humilha qualquer pessoa de princípios.

Mas, apesar da eloquência dos números, um segmento da sociedade não tomou conhecimento da votação do Senado. Este segmento é formado pelos ‘ambientalistas’, entre aspas para não acusar todos, somente os omissos que formam a vasta maioria dos que conhecemos.

Por que os ‘ambientalistas’ não se manifestaram na votação do novo marco regulatório do saneamento

Alguns, alienados, preocupam-se com seus salários pouco se lixando para o meio ambiente; enquanto as ONGs do setor omissas, com patrocínios. Outros,  porque se alinham ao que se chama de ‘esquerda’, algo ultrapassado desde a queda do Muro de Berlim em 1989 mas ainda em uso.

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Mas o quê isso tem a ver com o novo marco regulatório?

Bem, segundo estudos jamais contestados, o custo para universalizar os serviços são proibitivos para um país que não fez o suficiente e legou esta situação aos seus descendentes: entre R$ 400 e R$ 600 bilhões de reais.

O novo marco prevê a privatização, impede que  municípios e companhias de saneamento realizem novos contratos fechados, sem concorrência. O novo marco abre espaço para a entrada forte da iniciativa privada.

Estimativas indicam que, se aprovado,  deve gerar cerca de 1 milhão de empregos nos próximos cinco anos.

Mesmo assim os alienados se calaram.

Marina Silva e seus aliados alienados

Ela é um ícone, sabemos. Mas consideramos sua gestão na pasta do Meio Ambiente uma sucessão de equívocos. Marina criou o ICMBio ao desmembrar o Ibama e homenagear seu objeto de devoção, o seringalista Chico Mendes. Mas esqueceu-se de dar estrutura aos órgãos que já eram precários, ficaram ainda mais na miséria e, em consequência, semi inoperantes.

Marina deu força às famigeradas RESEX que podem ser tudo, menos espaços de conservação. Ela é de ‘esquerda’, seja lá o que isso possa representar nos dias de hoje. E seguida por pencas de alienados que se dizem baluartes do meio ambiente.

Estas pessoas e entidades conhecidas se calaram frente à discussão do novo marco regulatório. Sua decisão contribuiu para que o publico leigo não atinasse para a importância do que está em final de votação, ou como a ausência deste serviço básico destrói a vida, e o meio ambiente que dizem proteger.

Crianças morrem por diarreia, rios agonizam entupidos de lixo, ambos por falta de saneamento básico

Segundo o Trata Brasil referência do Brasil na área, ‘a diarreia mata 2.195 crianças por dia e faz mais vítimas do que a Aids, a malária e o sarampo juntos. É a segunda causa de morte entre meninos e meninas entre 1 mês e 5 anos no mundo’.

Enquanto a vergonha persiste, nossos rios agonizam. E aqueles que ainda conseguem chegar ao mar, despejam lixo em vez de água contaminando o litoral. Ainda assim, ‘ambientalistas’ escolhem o silêncio.

Na hora ‘H’

Para pressionar, e esclarecer nossos leitores, dias antes da votação publicamos o post Saneamento básico, novo marco será votado no Senado que explica os custos envolvidos, dados oficiais, e novidades propostas. No dia da votação, depois da publicação do post, escrevemos no Facebook:

Não é pra encher o saco, mas não vi um ‘ambientalista’, ‘ativista ambiental’ ou ONG do setor, comentar a votação do novo marco regulatório do saneamento básico. A abissal desigualdade social, leia-se pobreza, deixou de ser problema ambiental ou é cegueira mesmo?

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A frase solta teve ampla repercussão. Poderíamos ter parado por aí. Mas lembramos que estas frases somem com o tempo. E não queremos que as pessoas um dia pensem que fomos tão desatentos quanto parte significativa dos ‘ambientalistas’.

O momento de alienação generalizada neste meio escandaliza; municia, reforça o discurso de um ministro do Meio Ambiente que sugere ‘passar a boiada enquanto  a mídia se ocupa da Covid-19’.

Apesar ‘deles’, o projeto foi aprovado na noite de 24 de junho. Segue para sanção do presidente. Entre os que votaram contra estão Randolfe Rodrigues (Rede – AP), partido de Marina Silva, e…

Imagem de abertura: O Globo

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