Imundice nas praias no feriadão de 7 de setembro
Depois de meses de reclusão social o feriado de 7 de setembro coincidiu com o início do declínio da pandemia que, entretanto, ainda mata cerca de 700 brasileiros por dia. E milhares de pessoas tomaram as praias do país como atestam as fotos publicadas pela imprensa. A massa de gente simplesmente esqueceu-se que vivemos a maior pandemia do século, e não respeitou limites. As pessoas formaram imensas aglomerações, com a vasta maioria sequer usando máscaras. Mas nosso assunto não é este, e sim a Imundice nas praias no feriadão de 7 de setembro.
Imundice nas praias no feriadão de 7 de setembro
Que as pessoas queriam aproveitar um feriado de sol depois de muita reclusão social dá pra entender. Mas que elas deixem um rastro de imundice por onde passaram, não. As questões ambientais estão nas manchetes da mídia desde o advento Bolsonaro. Milhares de pessoas se manifestam a cada novo foco de incêndio na Amazônia ou no Pantanal.
Mas, de repente, há um feriado, e por um instante parece que a mesma população que se manifesta nas redes sociais ganha o direito de imundar o mais importante ecossistema do planeta que também ganhou as manchetes em razão dos imensos problemas provocados pelo ser humano: acidificação de suas águas, poluição, morte maciça de corais, etc.
360 quilos de lixo da Praia Grande em Ubatuba (SP)
E isto em apenas uma praia, a Praia Grande, Ubatuba, um dos municípios costeiros mais lindos do litoral de São Paulo, ainda relativamente preservado. De acordo com o G1, “Sete voluntários da ONG Esmeralda recolheram lixo deixado por turistas na praia, que é uma das mais movimentadas do litoral norte paulista. A quantidade impressionou o grupo.”
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8 de setembro nas redes sociais
Na terça-feira pós feriado nas redes sociais, onde os paladinos do meio ambiente choram pela Amazônia, havia dezenas de fotos e filmes macabros mostrando o rastro deixado pela turba. Assisti um destes filmes que mostrava a praça principal de Ilhabela e fiquei de queixo caído. Parecia um filme de terror. A quantidade de plásticos, sacos, garrafas, copos, e outros, era assustadora.
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Praia de maresias
Assim aconteceu em todo o litoral. O Tamoio News publicou matéria onde dizia que “Em São Sebastião, o responsável pela Regional de Maresias, Teo Ferreira, montou uma força tarefa de trabalhos de varrição e de limpeza em toda orla da praia e nos principais pontos turísticos. “Foram 80 toneladas de lixo que saíram apenas ontem (6) de Maresias.”
Maresias é uma praia frequentada por gente rica, de classe média alta para cima, ou seja, gente estudada, gente com acesso à informação, e mesmo assim…é desesperador!
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Em Baraqueçaba (litoral norte de SP) não foi diferente. Segundo o Tamoio News, “A empresária Márcia Melhado, moradora de Baraqueçaba, se diz assustada com tantos turistas e aglomerações na praia.
“A prefeitura tem que fiscalizar o uso de máscaras, o distanciamento social e o descarte de lixo na praia.” A prefeitura tem que fazer sua parte, mas e quanto aos turistas (porcos) que a frequentam e deixam seu rastro?
Baixada Santista
Bertioga foi outro exemplo. Os porcalhões não deram trégua.
Um passeio pelas redes sociais em 8 de setembro
Ilhabela, foto retirada do Facebook em 8 de setembro.
Um feriado que vai entrar para a história
Este sete de setembro de 2020 vai entrar para a (triste) história do litoral brasileiro. Nos fez lembrar da imundice deixada pelos brasileiros que foram ‘comemorar’ a virada de 2019 para 2020 no litoral do País.
Que povo é este? Tanto na virada do ano, como no feriadão, senti vergonha de ser brasileiro.
Imagem de abertura: G1
Fontes: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2020/09/08/apos-feriado-voluntarios-retiram-360-kg-de-lixo-da-praia-grande-em-ubatuba.ghtml?fbclid=IwAR0Gd-AM9P5tKALkpLqIzvGI1Qsk6R3jM9H0pD8N8curYv7sHTERIVCJDms; https://www.tamoiosnews.com.br/geral/lixo-invade-praias-e-bairros-do-litoral-norte/; https://www.atribuna.com.br/cidades/multid%C3%A3o-que-invadiu-praias-na-baixada-santista-deixou-quatro-vezes-mais-lixo-do-que-o-normal-1.116779#:~:text=Cidades-,Multid%C3%A3o%20que%20’invadiu’%20praias%20na%20Baixada%20Santista%20deixou%20quatro%20vezes,lixo%20do%20que%20o%20normal&text=A%20intensa%20aglomera%C3%A7%C3%A3o%20de%20pessoas,de%20lixo%20recolhido%20pelas%20autoridades.
Seria bom relatar em uma próxima matéria, o destino do lixo coletado nas praias. Sim, não temos noção de convívio social e o lixo mesmo qdo coletado, não tem destino adequado. Basta ver que até hj, não temos um sistema de separação e reciclagem de lixo
Na atual situação já estamos produzindo muito lixo mais do normal,principalmente descartável
Descartável deveria ser proibido, pois assim tb obrigaria a porcaria a gerar menos lixo.
Onde se lê porcaria leia-se porcada
Quem viajou p qqr lugar neste feriado tem sua parcela de culpa no descontrole total que vIvemos
Me dói o coração qualquer ida na praia… Como sempre chego cedo (dizem que “abro a água” da praia…), é sempre lixo a perder de vista! O que custa, por exemplo, cada um levar seu saquinho de supermercado e nele colocar o lixo que produzir? Depois deposite numa lixeira ou, caso não exista uma ou as disponíveis estejam cheias, levar para casa (como eu faço!) e dar o destino adequado! Bando de nojentos!!! E é assim em todo lugar, nas praias, no interior e nas cidades. Resido próximo a uma rodovia onde há uma passarela, já vi a deixarem limpa, perfeita mesmo, e nem uma hora depois as pessoas jogarem lixo, pois a passarela têm um shopping do outro lado, com várias lojas e quiosques de fast-food.
Infelizmente, a maioria dos brasileiros não têm educação. Nem ambiental! Sempre que ouço um caiçara culpar os turistas por tudo de ruim que acontece no litoral, respondo que 1) não se pode generalizar, tratando todos que não são nativos da mesma maneira e 2) o povo local, também em sua maioria, não tem senso de conservação ambiental.
A maioria dos turistas bem educados e conscientes não estão indo à praia; quem vai são os turistas ocasionais – aqueles que deixam um rastro de lixo por onde passam. Sem generalização, claro, pois existe uma parcela de gente civilizada.
Quanto aos locais, cansei de ver caiçaras despejando entulho, descartando redes de pesca rasgadas ou jogando sacos plásticos no mar de São Sebastião, onde tenho casa há mais de 40 anos. Também sem generalizar, pois existem muitos nativos do litoral com excelente senso de educação ambiental.
Mas, como disse, infelizmente, a maioria…..
BRAZILIANS, WHAT ELSE???
Tem de reeducar as pessoas novamente, vamos recordar: nas décadas de 70 e 80 muito se fez pelas pessoas que frequentavam ou eram proprietários de casas nas praias paulistas do Litoral Norte, começou então a existir nesses lugares um movimento pela preservação da natureza, isso fez com que prefeitos dessas cidades aderissem a esse movimento colocando nas praias tambores para coleta de lixo, esse movimento precisa voltar pelo menos aqui nas praias paulistas, no Rio por exemplo a prefeitura limpa no dia seguinte, então os banhistas podem sujar a vontade que depois alguém vem limpar. Povo brasileiro ainda precisa aprender muita coisa, alguém precisa dar o exemplo, não adianta só criticar é necessário que hajam novamente esses movimentos, que começaram com voluntários que faziam por amor as praias.
uma tristeza ! pensar que as pessoas que jogam esta lixo vivem aqui .
Não me surpreende que as pessoas que simplesmente ignoraram a pandemia sejam as mesmas responsáveis pela imundície. Ignorância, falta de educação, desprezo pelo coletivo, normalmente andam de mãos dadas.
Foi absurdo isso.
Povo sem a menor educação
É só o que habita esse país: pessoas mal educadas.
É fácil “meter o pau” nos outros o difícil e cada um fazer a sua parte.