Branqueamento de corais no Nordeste provoca mortandade

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Branqueamento de corais no Nordeste provoca mortandade

É duro ter que começar o ano com uma má notícia para a biodiversidade, entretanto, ela já era esperada. Depois dos seguidos recordes de calor em 2024, a conta chega agora para a vida marinha. Segundo o balanço anual 2024 do Projeto Coral Vivo, o branqueamento de corais no Nordeste provoca grande mortandade. O trabalho destaca que ‘a parte norte da região Nordeste foi a mais afetada, sendo perceptíveis os impactos no litoral de cidades como Maragogi (AL), Natal e Salvador’. Segundo o balanço, a onda de calor foi menos intensa e duradoura no Sudeste e no sul da Bahia. Felizmente, isso gerou uma baixa mortalidade nesses locais, justamente onde estão os maiores e mais diversos recifes de coral do Brasil, e cujo banco de Abrolhos é a joia da coroa.

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Imagem, UFPE.

Os corais no Brasil

Antes de mais nada, saiba que uma pesquisa do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), da Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), revelou um fato importante sobre os recifes brasileiros. Os estudos mostraram que eles formam um único e grande ecossistema marinho. Este sistema se estende ao longo da costa sul-americana, da Guiana Francesa até o sudeste do Brasil, com quase 4 mil quilômetros de extensão, tamanho comparável ao da Grande Barreira de Corais da Austrália e da Barreira Mesoamericana no Mar do Caribe.

A Agência Brasil revelou que os pesquisadores alertaram que a morte de corais tem consequências devastadoras para a biodiversidade e a economia, já que eles não apenas protegem as praias da erosão como também fornecem abrigo, alimento e áreas de reprodução para milhares de espécies. Consequentemente, sustentam a pesca e o turismo, gerando renda para diversas comunidades costeiras.

Resta saber o total do estrago, e quanto tempo levará a recuperação, uma vez que desde abril de 2024 os sinais de branqueamento já eram evidentes.

O relatório sugere que ‘o aprofundamento das investigações reforça nosso esforço por políticas públicas e áreas de conservação, tornando mais efetiva a proteção de todo o ecossistema coralíneo brasileiro, sobretudo no litoral sul da Bahia’.

Estão certos os autores do texto, porém, já estamos na metade do atual governo e até agora a agenda ambiental marinha segue parada.

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