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Berçário de corais pode ajudar a salvar o mar do Caribe

Berçário de corais pode ajudar a salvar o mar do Caribe

Berçário de corais pode ajudar a salvar o mar do Caribe: desenvolvido por biólogo na Jamaica, berçário  pode ajudar a salvar o mar do Caribe. A técnica é semelhante ao reflorestamento.

Só resta 1/6 da cobertura de corais do mar do Caribe

O Mar Sem fim já alertou sobre essa triste constatação: só resta 1/6 da cobertura original de corais do mar caribenho. A conclusão foi comprovada pelos cientistas do Global Coral Reef Monitoring Network. Em 90 locais diferentes do Caribe, os pesquisadores examinaram corais, algas, ouriços, moluscos e peixes.

Berçário de corais pode ajudar a salvar o mar do Caribe

Diante desse caótico cenário, o biólogo marinho Andrew Ross resolveu arregaçar as mangas. Ele desenvolveu um projeto de recuperação de corais na Jamaica, exatamente como se estivesse reflorestando o solo marinho. Ross explica que o processo é freqüentemente chamado de jardinagem de corais. E é parecido com a silvicultura, a restauração de habitats florestais.

A empresa de Ross, a Seascape Caribbean, trabalha com berçários de corais, colhendo pequenas quantidades de material vivo dos recifes selvagens e levando até viveiros onde podem crescer e se propagar, gerando novos corais.

Corais encontram um ambiente mais seguro

Nos berçários, os corais encontram um ambiente mais seguro e rápido para se propagar, já que estão longe de alguns de seus principais inimigos naturais: algas, sedimentos, lesmas e vermes predadores.

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Após este processo, que leva em média de 10 a 12 meses, os corais são replantados no solo do oceano, onde conseguem restaurar o ecossistema. Geralmente os viveiros são montados próximos aos locais onde será feito o replantio dos novos corais.

Mar  do Caribe vem sofrendo durante décadas com a ação humana

O mar de águas cristalinas e mornas do Caribe vem sofrendo durante décadas com a ação humana. Foram anos de pesca predatória sem nenhum tipo de regulamentação, esgoto sendo jogado no oceano, além de dejetos e lixo despejados no mar.

Para além disso, temos o aquecimento global provocando a acidificação das aguas dos oceanos, o que prejudica toda a vida marinha mas especialmente, os corais, o mais importante ecossistema marinho.

 Passagem do Furacão Allen

Outro grande golpe sofrido pela Jamaica foi a passagem do Furacão Allen, em 1980, o pior a atingir a região nos últimos 100 anos. O fenômeno acabou com os recifes de corais da região.

Com a diminuição dos corais, muitos peixes típicos do local, que dependem deles para se alimentar e se proteger, também sumiram das praias jamaicanas.

É o caso do colorido peixe papagaio (foto). Sem ele, há um crescimento desordenado de algas, que sufocam e matam os corais. É um ciclo de desequilíbrio que acaba com a vida marinha do Caribe.

Mercado turístico da Jamaica

O mercado turístico da Jamaica já está percebendo que se não contribuir com a divulgação de um turismo sustentável poderá perder milhões de dólares em um futuro bem próximo.

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Pensando assim, o Goldeneye Hotel e Resort, na praia de St. Mary, investiu em um berçário, em parceria com a Seascape Caribbean.

Os visitantes podem participar do projeto, plantar um pedaço de coral e depois acompanhar através de fotos, enviadas por e-mail, o crescimento da nova vida.

É uma iniciativa em que todos ganham: turistas, hotéis e a biodiversidade das águas caribenhas!

Confira abaixo o vídeo da Seascape Caribbean mostrando o trabalho realizado com os berçários na Jamaica.

Maus tratos ao litoral de Capão da Canoa, RS

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