Lua cheia, maré cheia. A Lua e os Oceanos, um caso de atração
A Lua e os Oceanos: pela primeira vez desde agosto de 2012, uma lua cheia especial aparece em nossos céus. Ela é chamada de lua azul. O fenômeno relativamente raro ocorre, em média, uma vez a cada dois anos e meio. E só deve se repetir em janeiro de 2018.
Once in a blue moon
Ao contrário do que o nome sugere, é pouco provável que a lua fique, de fato, azulada. O termo teria se originado da expressão em inglês once in a blue moon, usada para designar um acontecimento raro.
Sexta feira, 31 de julho de 2015, último dia do mês e dia de Lua Cheia. A segunda Lua Cheia do mês, a tão falada Lua Azul.
A expressão “Lua Azul” tem sido usada há pelo menos 400 anos
A expressão “Lua Azul” tem sido usada há pelo menos 400 anos, mas não como sendo a segunda Lua Cheia do mês. Este significado nasceu de um erro ocorrido em 1946 e se tornou popular nos últimos 20 anos.
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No século XVI dizer que a Lua era azul significava exprimir algum tipo de exagero
No século XVI dizer que a Lua era azul significava exprimir algum tipo de exagero. Dizia-se: “fulano é tão desligado que poderia falar que a Lua é azul!” Esse conceito levou a outra expressão que indicava uma probabilidade bem remota de algo acontecer. Por exemplo, no século XVIII, dizia-se: “eu pagarei minha dívida com você quando a Lua estiver azul!”
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Já houve vezes em que a Lua se tornou azul de fato
Apesar de parecer estranho, isso já aconteceu. Em 1883, quando o vulcão Krakatoa explodiu na Indonésia, a atmosfera ficou tão carregada por partículas de poeira, e cinzas vulcânicas, que fizeram o pôr do sol ficar esverdeado; e deixaram a Lua azul, no mundo todo, por quase dois anos!
Em tempos mais modernos a expressão lua azul se tornou um sinônimo de coisa rara.
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Tundra do Ártico emite mais carbono do que absorveVanuatu leva falha global em emissões à HaiaO plâncton ‘não sobreviverá às mudanças do clima’Normalmente, os meses têm uma única lua cheia, já que o ciclo lunar dura em torno de 29,5 dias. Só que se dividirmos este número pelos 365,2 dias do ano, teremos em torno de 12,3 luas cheias anuais. De tempos em tempos, devido ao acúmulo destes “0,3” e à variação do número de dias nos meses (28 a 31), um ano como 2015 acaba tendo 13 luas cheias.
A lua e os oceanos: lua cheia, maré cheia
As marés alta e baixa estão ligadas à força gravitacional da lua e da Terra.
A lua atrai os corpos em sua direção – todos os corpos, mas como as águas dos oceanos fluem mais livremente, a mudança é mais visível. Quando lua e a Terra estão alinhadas, a lua exerce atração sobre a água do mar.
O puxão gravitacional de nosso satélite tem pouco efeito sobre os continentes
O puxão gravitacional de nosso satélite tem pouco efeito sobre os continentes, que são sólidos, mas afeta consideravelmente a superfície dos oceanos devido à fluidez, com grande liberdade de movimento, da água. A cada dia, a influência lunar provoca correntes marítimas que geram duas marés altas (quando o oceano está de frente para a Lua e em oposição a ela) e duas baixas (nos intervalos entre as altas).
Osmar Möller Júnior professor de Oceanografia Física da Fundação Universidade de Rio Grande explica:
Em um determinado momento, quando a Terra estiver “embaixo” da Lua, haverá maré alta. Cerca de seis horas mais tarde, a rotação da Terra terá levado esse ponto a 90° da lua, então haverá maré baixa. Dali a mais seis horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da lua; haverá maré alta novamente. “Como a Terra segue girando, a rotação faz com que um mesmo ponto passe pela maré alta e pela baixa, em ciclos de 12 horas e 25 minutos, aproximadamente”, explica o professor .
Também a força gravitacional do Sol interfere nas marés, mas com menor intensidade. Quando a Lua está cheia ou nova, essa força está na mesma direção da atração lunar – isso torna as marés mais altas.