Peixe-voador, um peixe fora d’água
Se quisermos ser técnicos — ou, para alguns, chatos — o peixe-voador (Exocoetus volitans) deveria se chamar peixe-planador. Ele dá saltos potentes que o lançam para fora da água. No ar, usa as longas nadadeiras peitorais como uma asa-delta, o que permite voos curtos, quase sempre rentes à superfície.
Não chega a voar como um pássaro, mas mesmo assim, o feito impressiona — seja voo ou apenas planagem.
O peixe-voador (Exocoetus volitans) voa sobre as águas perfeitamente calmas do Golfo do México. Foto: Niklas-B
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O Exocoetus volitans pertence à família Exocoetidae, que reúne 64 espécies diferentes de peixes-voadores. Elas estão distribuídas em 9 gêneros: Cheilopogon, Cypselurus, Exocoetus, Fodiator, Hirundichthys, Parexocoetus e Prognichthys.
Esses peixes vivem em todos os oceanos, mas são mais comuns em águas quentes, tropicais e subtropicais.
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Peixe-voador: conhecido por muitos nomes curiosos
O Exocoetus volitans é conhecido por muitos nomes: coió, cajaleó, cajaléu, holandês, pirabebe, santo-antônio, voador-cascudo, voador-de-pedra e voador-de-fundo.
Pode chegar a 25 cm de comprimento. Tem corpo alongado, dorso azul-acinzentado, flancos prateados e ventre claro.
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Predadores no encalço? Ele voa para escapar
A habilidade de “voar” serve como defesa natural. Ao saltar da água, o peixe-voador escapa de predadores como golfinhos, atuns, espadartes, lulas e até aves marinhas.
Para se alimentar, ele consome principalmente plâncton.
Peixe-voador move a cauda até 70 vezes por segundo
Antes de sair da água, o peixe-voador move a cauda com velocidade impressionante — até 70 vezes por segundo. Esse impulso o lança para o ar.
Já no ar, ele abre as nadadeiras peitorais e as inclina ligeiramente para cima, o que lhe dá altitude. Ao perder altura, dobra as nadadeiras e mergulha de volta no mar.
Se quiser continuar planando, bate a cauda na superfície da água e ganha novo impulso, muitas vezes mudando de direção.
Condições de voo
O peixe-voador pode aproveitar correntes de ar ascendentes para prolongar o voo. Em condições ideais, percorre até 400 metros a mais de 70 km/h.
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O voo é sempre rente à água, raramente ultrapassando 6 metros de altura.
Apesar da façanha, a espécie ainda não foi avaliada pela Lista Vermelha da IUCN. Consta como Not Evaluated.
O filme é belíssimo. Como este o Mar Sem Fim recomenda o ‘‘ballet aéreo’ das raias mantas’, outro vídeo de cair o queixo!
Assista ao vídeo do peixe- voador. É fantástico!
Fonte: O Eco.http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27904-entenda-a-classificacao-da-lista-vermelha-da-iucn;http://en.wikipedia.org/wiki/Flying_fish.