Tubarões- brancos podem viver até os 70 anos. Presença de radioatividade em animais ajudou a comprovar teoria
Do G1
Os grandes tubarões-brancos (Carcharodon carcharias) podem viver até os 70 anos, mais de três vezes o que se pensava anteriormente. Este é o resultado de nova análise feita na medula do predador marinho e publicada na revista “PLOS One”.
Tubarão branco salta para capturar foca de brinquedo em False Bay, na África do Sul, em julho de 2010 (Foto: Carl de Souza/AFP)
Mais lidos
Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemDocumentários Mar Sem Fim estão de volta à TVOs estuários, berçários marinhos, estão desaparecendoPraias brasileiras repletas de microplásticos, diz estudoOs grandes tubarões-brancos (Carcharodon carcharias) podem viver até os 70 anos, mais de três vezes o que se pensava anteriormente. Uma nova análise, feita na medula do predador marinho, foi determinante. O Estudo foi publicado na revista “PLOS One”.
Datação de carbono e os tubarões- brancos
A partir da tecnologia de datação por radiocarbono, os cientistas examinaram as vértebras de quatro machos e quatro fêmeas da espécie que vive no noroeste do Oceano Atlântico.
PUBLICIDADE
O maior macho tinha 73 anos de idade, e a maior fêmea, 40. O relatório foi realizado por cientistas da Instituição Oceanográfica Woods Hole (WHOI) em Cape Cod, Massachusetts. Li Ling Hamady, principal autor do estudo, declarou:
Nossos resultados estendem dramaticamente a idade máxima e a longevidade dos tubarões-brancos, em comparação com estudos anteriores
Em busca de resíduos nucleares para determinar idade dos tubarões- brancos
Pesquisas anteriores, feitas com base em bandas de crescimento nos ossos dos tubarões, presumiam que cada uma delas seria igual a um ano de vida. As bandas são similares aos anéis nas árvores que representam a idade e o crescimento.
Segundo estas medições, os tubarões-brancos mais velhos já encontrados foram um exemplar de 22 anos, achado no sudoeste do Oceano Pacífico, e outro de 23, encontrado no oeste do Oceano Índico.
No novo estudo os cientistas buscaram resíduos relacionados aos testes nucleares realizados pelos Estados Unidos e a União Soviética entre os anos 1950 e 1960. Os ossos analisados eram de tubarões capturados no noroeste do Atlântico entre 1967 e 2010.
Os tubarões-brancos são considerados uma espécie ameaçada de extinção no mundo. Conhecer melhor seu desenvolvimento e sua longevidade pode ajudar a melhorar sua conservação, destacaram os cientistas.
Os tubarões estão em perigo. Por ano mais de cem milhões são mortos.