Porto de Pecém e o futuro do hidrogênio verde no Brasil
A mídia alternativa, isto é, os pequenos jornais e boletins empresariais, tem anunciado com frequência a preparação pela qual está passando o porto de Pecém, CE, o segundo maior do Nordeste, para se tornar um hub de hidrogênio. Antes de mais nada, hubs são espaços – físicos e/ou virtuais – nos quais empresas e startups podem trabalhar e ter acesso a contatos, investidores, mentores e fornecedores. Por outro lado, está claro hoje que o combustível do futuro muito provavelmente será o hidrogênio verde. Neste sentido, o Brasil está bem preparado. Além da matriz energética mais limpa do mundo, Pecém largou na frente.
As vantagens do Ceará
Segundo o governo do Estado, O Ceará situa-se numa região privilegiada em potencial eólico e solar. Estas são condições atrativas para implantar uma cadeia de produção, armazenamento e transporte do hidrogênio verde.
A ideia é buscar reduzir a emissão de poluentes com novos investimentos e ampliar as oportunidades de negócios e geração de empregos. O hidrogênio verde (H2V) é produzido através de fontes renováveis e é atualmente considerado o pilar da transformação energética mundial por ser obtido através da eletrólise da água, uma fonte livre de carbono.
Vale destacar, diz o governo do Estado, o grande potencial produtor de energias renováveis do Ceará, além da localização geográfica estratégica, assim como a capacidade logística e consumidora de Hidrogênio Verde do Complexo do Pecém. A infraestrutura e as parcerias internacionais, especialmente aquela com o Porto de Roterdã, facilitarão também a exportação, contribuindo, assim, para que o Ceará desponte como o primeiro HUB de Hidrogênio Verde do Brasil e da América Latina.
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Este site já mostrou as vantagens do hidrogênio verde. Na publicação mostramos que a aposta do mundo para limitar o aquecimento global até 2050 está num método criado há quase 200 anos pelo químico e físico britânico Michael Faraday.
Trata-se da eletrólise da água. O processo que separa o hidrogênio do oxigênio por meio de uma corrente elétrica. Para ser considerado verde, a energia elétrica tem de ser de uma fonte totalmente renovável, como a eólica e a solar’.
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Ou seja, simples e funcional. Especialmente se a energia usada para produzi-lo for de fato renovável. E isto é o que não falta ao Nordeste. Além da energia solar, sobra a eólica. Já a posição geográfica de Pecém, por exemplo, o coloca mais uma vez em posição invejável para a comercialização do novo combustível.
Para os especialistas ‘Não é exagero dizer que o H2 verde é uma maneira de capturar e transportar a energia do sol ou dos ventos.’
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Segundo o www.epbr.com.br (22/9/2022), em matéria de Nayara Machado, ‘em 2021 o porto de Pecém anunciou sua ambição de ser um hub do novo energético e, de lá para cá, acumula dois pré-contratos e duas dezenas de memorandos de entendimentos com o governo do estado e empresas como AES Brasil, Fortescue Future Industries, Linde, Qair, TransHydrogen Aliance, Eren do Brasil, Casa dos Ventos, Engie, EDP Renováveis e White Martins.’
‘Esses projetos somam 8 GW em capacidade de eletrólise para produzir 1,3 milhão de toneladas de hidrogênio verde por ano.’
Segundo Duna Uribe, diretora do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na mesma matéria, ‘o Ceará está na fase final de um estudo sobre políticas necessárias para estimular o desenvolvimento desta nova indústria. E cita como exemplo incentivos fiscais para geração de energia dedicada aos projetos de hidrogênio.’
O www.projetocolabora.com.br vai na mesma linha, ‘Os passos iniciais foram dados, especialmente no Ceará que, em fevereiro lançou o projeto do HUB do Hidrogênio Verde. Trata-se de uma parceria que envolve governo estadual e Federação das Indústrias do Ceará, Universidade Federal do Ceará (UFC), e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que vai abrigar o HUB, no município de São Gonçalo do Amarante.’
O primeiro contrato assinado
Em 15 de junho de 2021, foi assinado o primeiro pré-contrato para o Hub do Hidrogênio Verde no Ceará. Ele ficará localizado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O documento assinado pela empresa australiana Fortescue prevê a instalação de uma usina produtora de hidrogênio verde no setor 2 da ZPE Ceará, informou o Diário do Nordeste.
Já o segundo contrato foi entre empresas brasileiras. Quem informa é o www.epbr.com.br (22/9/2022), novamente pela jornalista especializada, Nayara Machado. “A geradora de energia renovável AES Brasil assinou hoje (22/9) um pré-contrato com o Complexo Industrial Portuário de Pecém (CIPP) para iniciar os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio a partir da eletrólise e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano.”
Nayara mostra como a Guerra na Ucrânia acabou por contribuir com este movimento. “A companhia está de olho na exportação da produção, principalmente para países da Europa. A União Europeia lançou no início do ano o REPowerEU, um “plano de independência do gás russo” que prevê o consumo de 20 milhões de toneladas de hidrogênio no consumo de energia até 2030. Metade desse volume será importado.”
O exemplo do Ceará é muito bem-vindo. Grande parte dos Estados brasileiros ainda não perceberam as vantagens competitivas que podemos explorar com a energia limpa. Quando abrirem o olho, descobrirão que um dos mais promissores está alçando voo.
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