Banco Mundial pede redução de emissões.Relatório sugere metas de diminuição de metano e carbono negro.
Banco Mundial pede redução de emissões. Medidas também salvariam milhares de vidas, segundo relatório.
A redução dos gases metano e carbono negro nas próximos duas décadas pode desacelerar o derretimento do gelo permanente que existe no planeta (criosfera). Foi o que disse um relatório do Banco Mundial.
Banco Mundial estabelece 14 metas que ajudariam a atingir benefícios
Segundo o documento, se até 2030 forem adotadas estratégias de mitigação dos chamados poluentes climáticos de vida curta (SLCPs na sigla em inglês), também haveria benefícios para a saúde humana. Além da colheita de alimentos e preservação de ecossistemas. O Banco Mundial estabelece 14 metas para atingir os benefícios.
Redução de três tipos de fontes de emissão: fogão a lenha, desmatamento, e diesel
As metas e a redução de três tipos de fontes de emissão: o uso de fogões a lenha, desmatamento e a queima de diesel. A substituição de fogões que queimam madeira ou carvão, pelos abastecidos a gás, ajudaria a conservar as regiões analisadas e poderia salvar cerca de 230 mil vidas por ano.
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Quanto ao desmatamento e queima de florestas, uma redução de 50% poderia evitar a morte de 190 mil pessoas por doenças relacionadas à poluição. Em algumas regiões seria possível redução de mais de 90%.
Banco Mundial pede redução de emissões: uso de diesel
Em relação ao uso de diesel as metas poderiam resultar em mais de 16 mil toneladas de produção de alimentos básicos. Entre eles arroz, soja e trigo, principalmente no sudeste asiático.
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Criosfera e o clima global também seriam beneficiados
A criosfera e o clima global seriam beneficiados. No Ártico, as metas poderiam ajudar a reduzir o aquecimento em mais de 1ºC até 2050. Isso significaria a redução de mais de 40% na perda de gelo marinho durante o verão. E de 25% da perda de neve na primavera.
Nas regiões polares…
A diminuição de temperatura também aconteceria no Himalaia. E nas regiões de solo do tipo permafrost da Sibéria, América do Norte e Tibet. Nas regiões polares a redução de temperatura diminuiria o risco de perda de cobertura de gelo no oeste da Antártica e Groenlândia. Além disso, a taxa de aumento do nível do mar seria estagnada antes do final deste século.
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A diminuição de metano e carbono negro ainda diminuiriam as interrupções nos ciclos de água, como as previstas no rio Amazonas. E o risco de rompimento nos padrões de precipitação no sul da Ásia, na região do Sahel (África Central) e em áreas onde ocorrem tempestades de invernos, como no Mediterrâneo.
África Oriental
Na África Oriental, a redução dos poluentes de vida curta dificilmente preservariam as geleiras da região devido à sua pequena dimensão. Mas a redução do carbono negro traria benefícios para a saúde da população. E para manter os níveis históricos de precipitação.
O aquecimento da criosfera causa derretimento de gelo do mar e libera o estoque de carbono do solo permafrost. Segundo o relatório, se o aquecimento não for freado até o final do século, esta liberação poeria contribuir com acréscimo de 5 a 30% de carbono na atmosfera o que exigiria metas mais ambiciosas de redução das emissões de dióxido de carbono do que é recomendado atualmente.
Do G1, em São Paulo.