“Os combustíveis continuam muito disponíveis para queimar, já que o sul da Califórnia ainda não viu a chegada das chuvas de inverno, deixando a vegetação ressecada após um dos verões mais quentes já registrados.Se a região tivesse tido perto da chuva normal neste outono e inverno, não estaríamos lidando com esses incêndios.”

Localize-se.

O New York Times  confirmou o que diz seu concorrente: As tempestades de fogo que assolam a segunda maior cidade do país são apenas o mais recente espasmo de clima extremo que está ficando mais furioso e mais imprevisível. Os incêndios florestais são altamente incomuns no sul da Califórnia em janeiro, que deve ser a estação chuvosa.

“Estamos em uma nova era agora”, disse o ex-vice-presidente Al Gore, que alertou sobre as ameaças de aquecimento global por décadas. “Esses eventos extremos relacionados ao clima estão aumentando, tanto em frequência quanto em intensidade, muito rapidamente”.

O mapa do fogo.

O custo da ‘nova era’

Os incêndios na Califórnia podem se tornar os mais caros da história dos EUA. Eles mataram pelo menos 24 pessoas e deslocaram milhares de habitantes. O fogo destruiu mais de 12.000 estruturas e empurrou 100 mil pessoas sob ordens de evacuação. A AccuWeather, uma empresa que fornece dados sobre o clima e seu impacto, coloca os danos e perdas econômicas em US$ 250 bilhões a US$ 275 bilhões.

A AP News, ouviu Jonathan Porter, meteorologista-chefe da empresa privada AccuWeather. “Este será o incêndio florestal mais caro da história moderna da Califórnia e também muito provavelmente o incêndio florestal mais caro da história dos EUA. Isso acontece porque os incêndios que ocorrem em áreas densamente povoadas ao redor de Los Angeles, com alguns dos imóveis de maior valor no país.”

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Para nós dois fatores são os mais extraordinários. O primeiro é que mesmo com estas provas os membros do clube da ONU não agem, falam pelos cotovelos, mas não fazem nada de prático. O segundo, é que um dos países que mais sofrem com o aquecimento global elegeu como presidente alguém que não acredita no fenômeno, promete mais uso de petróleo, e ameaça de novo sair do Acordo de Paris.

Isso, sim, é extraordinário, o resto era o esperado.

Assista ao vídeo gravado em 15 de janeiro e saiba mais

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