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Substância de coral destrói superbactéria hospitalar em testes

Substância de coral destrói superbactéria hospitalar em testes

Uma das superbactérias mais resistentes a antibióticos, a KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) acaba de ganhar um novo adversário: o coral orelha-de-elefante (Phyllogorgia dilatara). O Brasil tem 46 espécies de coral, sendo que 21 (46%) são endêmicos.

Espécie existe apenas na costa brasileira

A espécie, que existe apenas na costa brasileira, é a primeira nas águas da América do Sul a apresentar capacidade de controle desse microrganismo encontrado em ambiente hospitalar. Outros organismos marinhos têm a mesma capacidade.

Coral orelha de elefante. (Foto: uol)

Há relatos de moléculas extraídas de animais marinhos, corais e esponjas que combatem outros tipos de bactérias, mas não a KPC.

Causadora de infecção pulmonar, a KPC matou 106 pessoas no país em 2010 e 2011

Causadora de infecção pulmonar, a KPC matou ao menos 106 pessoas no país em 2010 e 2011. Isso segundo o último levantamento do Ministério da Saúde. A maioria dos casos foi registrada na região sudeste (64) e sul (12).

Seis espécies de corais para testes

Responsáveis pelo estudo, pesquisadores da pós-graduação de Ciências Genômicas e Biotecnologia da UCB  e do Projeto Coral Vivo selecionaram seis espécies de corais para testes.

A escolha foi feita pelas características desses animais. Eles sobrevivem à alta competitividade nos ambientes marinhos, possivelmente por possuírem barreiras químicas.  O biólogo Clovis Castro, coautor da pesquisa e coordenador do Projeto Coral Vivo declarou:

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ainda não sabemos se a substância que combate a KPC é do coral ou de uma bactéria que vive associada a ele

Loiane Alves de Lima, que apresentou o estudo no mestrado na UCB disse que “nos testes percebemos que o orelha-de-elefante tinha mais potencial [no combate à superbactéria] do que os demais”.

Descoberta foi publicada na revista “Protein & Peptide Letters

A descoberta foi publicada na revista “Protein & Peptide Letters”, voltada para estudos de bioquímica. O levantamento começou em 2009 com material recolhido em Porto Seguro (BA).

Pedaços de diferentes colônias da espécie foram triturados e passaram por processo de purificação até a separação da substância de combate à superbactéria.

Testes in vitro indicaram que após 12 horas, toda a população de KPC fora exterminada pela proteína do coral. Os corais têm tamanha importância que o México protege os seus com seguros.

DIANA BRITO
DO RIO

Dez fatos misteriosos do fundo do mar

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