Podcast Desenvolvimento sustentável da Amazônia
Até pouco antes do novo coranavírus tomar conta do noticiário, havia outro protagonista na mídia. A Amazônia. Por sua extensão e propriedades, a Amazônia influencia o regime de chuvas em toda a América do Sul, e parte importante do mundo ocidental, contribuindo para estabilizar o clima. É a floresta com maior biodiversidade do mundo e está sendo depredada. São por motivos como estes que inauguramos mais um serviço, agora no formato podcast. Nosso tema: Podcast Desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Rinaldo Segundo e o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
O entrevistado é Rinaldo Segundo, Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, graduado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso, e Promotor de Justiça. Ele é autor do livro Amazônia e Desenvolvimento Sustentável, editora Juruá (2015).
Mais lidos
Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemCOP29, no Azerbaijão, ‘cheira à gasolina’Município de Ubatuba acusado pelo MP-SP por omissãoVerticalização em Ilha Comprida sofre revés do MP-SPFala-se muito mundo afora, dos problemas do aumento das emissões dos gases de efeito estufa. Mas pouco a respeito dos cerca de 23 milhões de brasileiros que habitam o que se convencionou chamar de Amazônia Legal; ou da economia da região, cuja principal atividade é o extrativismo mineral e vegetal. Destacam-se, no primeiro caso, o manganês e o ferro. No segundo, madeira em toras, castanha do Pará, látex (seringueira), babaçu, açaí, cupuaçu. E ainda há a agricultura, a pecuária, e o turismo.
PUBLICIDADE
Fala-se menos ainda na falta de um plano governamental que consiga a desejável permanência da floresta em pé, por seus muitos serviços ecossistêmicos; ao mesmo tempo em que promova o desenvolvimento sustentável da população que a habita, a maioria em condições miseráveis. É aqui que entram os estudos da academia, entre eles, o de Rinaldo Segundo.
‘Um modelo de Desenvolvimento Sustentável’
Como o próprio livro diz, ‘o modelo não pretende a unanimidade e, obviamente, não está imune a críticas. Mas é corajoso, desafiando os caminhos do aplauso previsível, do idealismo irrealista, da realidade insensível e do senso comum.’
Leia também
Restauração de áreas degradadas: Brasil usa espécies invasorasArquipélago do Bailique, AP, erosão e salinização prejudicam ribeirinhosEstiagem na Amazônia revela petróglifos de 2 mil anosRinaldo, como muitos outros expoentes da academia, mostra que a vasta maioria das atividades econômicas da região são carentes de tecnologia: “Sem industrialização, tecnologia e pesquisa, há pouco espaço para inovar e diferenciar produtos inclusive na Amazônia…Com industrialização e tecnologia, há o aumento geométrico da produtividade e, com pesquisa (inovação), há a diferenciação dos produtos…”
Existem mais de 400 produtos (naturais) da Amazônia com algum uso, mas em muito pequena escala. E todos vendidos sem serem beneficiados. O que aconteceria caso recebessem doses maciças de ciência e tecnologia?
É o que procura responder Rinaldo Segundo.
Imagem de abertura: https://img.socioambiental.org/