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Degelo do Ártico e antigas doenças

Degelo  do Ártico e antigas doenças

O que aconteceria se nós, de repente, ficássemos expostos a bactérias e vírus mortais que ficaram ausentes por milhares de anos – ou então que nunca vimos antes? Não é ficção científica. Com o degelo do Ártico antigas doenças podem ser liberadas de uma hora para outra. Pior: é possível que estejamos muito perto de descobrir. As mudanças climáticas estão derretendo o solo da região do ártico que existiram  por milhares de anos e, conforme o solo derrete, ele libera antigos vírus e bactérias que, depois de ficarem tanto tempo dormentes, voltam à vida.

Degelo do Ártico e antigas doenças

Garoto de 12 anos morreu e  20 pessoas foram hospitalizadas infectadas por antraz

 A teoria mais plausível é que uma rena infectada com o vírus morreu há 75 anos. Sua carcaça ficou congelada presa sob camada de terra também congelada. Até que a onda de calor de 2016 chegou. O degelo expôs a carcaça e liberou o vírus adormecido para a água e o solo.

Degelo do Ártico e antigas doenças: mais de duas mil renas nasceram infectadas

A cada ano 50 cm de solo são derretidos. Com o derretimento novos e adormecidos vírus são liberados. Eles podem ficar até vivos, enterrados no permafrost congelado por até um milhão de anos. Isto pode abrir uma caixa de Pandora das doenças. O  biólogo evolucionista Jean-Michel Claverie da Universidade Aix-Marseille, na França, declarou:

Vírus patogênicos que podem infectar humanos ou animais podem ser preservados em camadas antigas de permafrost, inclusive alguns que podem ter causado epidemias globais no passado.

Mais de um milhão de renas morreram por causa de infecção por antraz

Com a continuação do degelo outros agentes patogênicos e doenças infecciosas podem ser desencadeados. Na tundra do Alasca cientistas descobriram fragmentos de RNA da gripe espanhola de 1918 em corpos enterrados em valas comuns. A varíola e a peste bubônica também podem estar enterradas na Sibéria.

Não é a primeira vez que uma bactéria congelada voltou à vida

Num estudo de 2005, cientistas da Nasa ressuscitaram com sucesso bactérias que haviam ficado “guardadas” em um lago congelado no Alasca por 32 mil anos. Dois anos depois, cientistas conseguiram ressuscitar bactérias de 8 milhões de anos que haviam ficado adormecidas no gelo, sob a superfície glacial nos vales Beacon e Mullins na Antártica.

Fonte: BBC.

Aquecimento global 2016, terceiro recorde

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