❯❯ Acessar versão original

Corais de Raja Ampat: show da natureza

Corais de Raja Ampat: show da natureza

Corais de Raja Ampat: show da natureza:

Corais de Raja Ampat: show da natureza, mapa de Raja Ampat, Indonesia
Mapa: uwphotography.guide.com

Corais de Raja Ampat – um tesouro a ser protegido

Raja Ampat, arquipélago localizado no triângulo dos Corais, faz parte das mais de 17 mil ilhas que formam a Indonésia. Os recifes de coral deste conjunto de ilhas ‘não são apenas ricos- estudos mostram que trata-se da maior biodiversidade coralínea, para seu tamanho, do mundo. Para efeito de comparação, saiba que em todo o Caribe há 70 espécies de corais enquanto, em Raja Ampat, ‘uma rápida viagem’ constatou a existência de 450 espécies, nove delas recentemente descobertas. Com tantos corais destruídos, e outros sofrendo os impactos das mudanças climáticas, é urgente proteger  os corais de Raja Ampat, considerados “um tesouro”.

A descoberta dos corais de Raja Ampat

A matéria da National Geographic explica que o primeiro a mergulhar neste tesouro não era um cientista, mas um aventureiro holandês, Max Ammer, que veio até a região escassamente povoada à procura de Jeeps abandonados, e para mergulhar junto a aviões afundados durante a Segunda Guerra mundial.

Impressionado com a biodiversidade dos corais, Max Ammer foi o guia do renomado especialista australiano, Gerry Allen, em alguns mergulhos na área.

Cada mergulho foi uma mini-exploração, então veio uma luz:este é O LUGAR!

Corais de Raja Ampat: show da natureza. Foto:followjohnpaul.com

Num único mergulho 283 tipos diferentes de corais

Gerry fez lobby para que a a Conservation International (CI) capitaneasse uma exploração aos corais de Raja Ampat nos arredores da ilha de Kri. A despeito das dificuldades em pesquisar um lugar tão remoto, a pesquisa foi feita. Em apenas um mergulho Gerry Allen bate recorde: contou 283 tipos diferentes de corais. Pesquisas posteriores, coordenadas pela CI e Nature Conservancy, confirmaram que esta ‘fronteira biológica era um El Dorado para os corais.

PUBLICIDADE

Enriquecida com plâncton, chave para a fecundidade dos recifes, as águas, agitadas por correntes tão poderosas que você sente que está mergulhando em uma máquina de lavar, e tão deslumbrantes com a vida marinha que a cena poderia ter sido pintada por Jackson Pollock.

O que faz destas águas um caldeirão de vida?

Habitat,habitat, habitat

Assim reagiu o biólogo Mark Erdmann, responsável da CI pelo programa marinho da Indonésia.

Recifes extensivosdeclives acentuados provocados pelas ondas, baías profundas e calmas canalizando afloramento de nutrientes, manguezais,  tudo em uma área que está isolada cuja maior parte está intacta.

Corais de Raja Ampat: show da natureza. Foto:rajaamapat.com

Mais uma área marinha protegida

Para incentivar a proteção desses sites, bem como Raja Ampat, CI, a Nature Conservancy, e o Fundo Mundial para a NaturezaIndonésia, com o apoio do governo indonésio, criou a Bird’s Head Seascape, com 183.000 quilômetros quadrados. A maior parte da área  ainda não está legalmente protegida, mas o governo criou este ano sete novas marinhas protegidas cobrindo cerca de 9.100 quilômetros quadrados em Raja Ampat.

Conheça a riqueza da Bird’s Head Seascape

 Cerca de 1.300 espécies de peixes, 2.500 ilhas com  600 espécies de corais, 700 moluscos (incluindo sete espécies de moluscos gigantes), viveiros de tartarugas marinhas e muito mais.

Corais de Raja Ampat: show da natureza. Parte das ilhas Raja Ampat (foto:goindonesiatours.com

Ameaças à biodiversidade da Bird’s Head Seascape

O que não foi poupado: tubarões, abatidos pelos pescadores comerciais para abastecer o mercado de sopa de barbatana de tubarão. A pesca comercial continua sendo uma ameaça, assim como a exploração madeireira e mineração de níquel. A pesca com explosivos, praticada por pescadores de subsistência, danificou alguns recifes, embora a prática esteja desaparecendo à medida que moradores tornam-se parceiros econômicos em programas de conservação.
Raja Ampat é a joia da coroa. Apropriadamente, o nome significa “quatro reis”. 

Oceanos precisam de mil anos para se recuperarem

O buraco é abissal. Pesquisadores da UCLA estudaram fósseis da Bacia de Santa Bárbara, Califórnia, entre 16,1 mil a 3,4 mil anos atrás. Liderados pela oceanógrafa Sarah E.Moffit, eles queriam saber quais os efeitos das mudanças climáticas desde a última era glacial. A conclusão é dramática. Mil anos para a recuperação do mais importante ecossistema da Terra, sem o qual não haveria vida no planeta!

Pense sobre isso e faça sua parte! Somos todos responsáveis. Engaje amigos e parentes nessa luta. O governo brasileiro não fez nada, apesar dos alertas. Ou nós fazemos, ou nós fazemos. Não há outro meio.

Grande Barreira de Corais, morta?

Sair da versão mobile