Colapso dos rios brasileiros: poluídos e maltratados
Colapso dos rios brasileiros: falaremos de rios e corpos d’água que deságuam no litoral. Não se trata de todos, mas os mais importantes na visão do autor deste texto. Na maioria são rios que poderiam ser demandados por embarcações se não tivessem suas barras assoreadas. E isso é fruto do mau uso, corte de mata ciliar, maus tratos às nascentes, etc.
Água, assunto importante no Brasil
“O Brasil tem mais água doce que qualquer outro país – 12% do volume total do Planeta. Isso cria uma falsa premissa de que o suprimento de água de boa qualidade estará sempre disponível. Embora haja abundância de água, em comparação com outros países, existe grande variedade de riscos relacionados a água, o que representa grande incerteza na disponibilidade de água para a população. Os desafios relacionados a água causam múltiplos efeitos sobre o meio ambiente e a economia.”
Os dados da vergonha que justificam a poluição
Segundo os dados apresentados pela ANA, Agência Nacional de Águas, 45% da população brasileira não dispõe de soluções de esgoto, 70% das cidades não têm estação de tratamento. E, mesmo onde o tratamento existe, em média, só 39% da carga total de poluição é removida. Somos hoje 210 milhões de brasileiros. Isso quer dizer que quase 100 milhões não dispõem de recolha e tratamento de esgoto. Como manter rios limpos com uma situação que nos envergonha como esta?
Agora, com a aprovação pelo Congresso do novo marco regulatório do saneamento, quem sabe, se o Senado também o aprovar, esta vergonha nacional possa mudar mais celeremente.
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Ainda segundo a ANA, “A poluição dos rios é o problema ambiental de que o brasileiro mais se ressente”. Foi o que disse o diretor do órgão, Oscar Cordeiro, no seminário A despoluição dos rios, que aconteceu em São Paulo em novembro de 2019. De acordo com o diretor, em matéria do Estadão, “esses trechos de rio, não por acaso, estão nas cidades. Existe uma relação fortíssima entre a poluição e as ocupações urbanas, por causa da falta de coleta de esgoto e tratamento inadequado.”
A falta dos serviços públicos
Ainda segundo os dados apresentados pela ANA, 45% da população brasileira não dispõe de soluções de esgoto. 70% das cidades não têm estação de tratamento e mesmo onde o tratamento existe, em média, só 39% da carga total de poluição é removida. Estadão: ” O ex-secretário nacional de Saneamento, Paulo Bezerril Junior destacou que os investimentos têm caído no País. Segundo ele aponta, entre 1971 e 1986, o Brasil investiu em saneamento R$ 74,20 per capita. Já no período de 2008 a 2017, o índice foi de R$ 14,40.
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Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul não tem grandes rios, apenas arroios.
O grande corpo d’água do estado é o lago Guaíba. E o Guaíba deságua na Laguna dos Patos que, por sua vez, despeja suas águas no mar, portanto, entra na lista. Com bons e maus exemplos.
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Ele é formado pelo Jacuí (o maior dos formadores), além dos rios Sinos, Caí e Gravataí. De onde começa e até onde termina, ao se encontrar com a Laguna dos Patos, não tem mais que 25 milhas. E sofre o “efeito seiche” que, segundo o professor Luiz Fernando Cybis, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, “poucos corpos d’água no planeta apresentam”.
Maus exemplos do Guaíba
Mais uma vez o problema foi poluição. Especialmente a urbana, mas não somente. Estima-se que haja no entorno da bacia do Guaíba 1.445.889 mil habitantes. Deste total apenas 1,2% são de populações rurais. Só Porto Alegre gera todos os dias 955 toneladas de resíduo sólido (lixo). Viamão entra com 123 t, e Canoas com 100 t/dia, para citar os mais importantes. E além disso, tem a contaminação…
Alguns estudos mostram que o mexilhão-dourado foi introduzido no Brasil em 1998 (Mansur et all 1999), no Lago Guaíba, através da água de lastro de navios mercantes vindos da Ásia.
Segundo a bióloga Maria Cristina Mansur, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),
em pouco mais de dois anos o mexilhão alterou a paisagem no lago Guaíba diminuindo a flora ripária (plantas das margens), sufocando a fauna bentônica (organismos dos corpos aquáticos) e transformando nossas praias arenosas e as margens vegetadas por juncos, em amontoados de conchas enegrecidas…
Ao longo da bacia calcula-se que cerca de duas mil empresas se instalaram, 350 com potencial poluidor, e 15 apontadas pelo Comitê do Lago Guaíba como responsáveis por 23% de todos os poluentes lançados. Mesmo sendo minoria a agricultura é a principal atividade econômica para vários municípios do entorno. É o caso do cultivo de fumo em inúmeros deles, reflorestamentos para a celulose em outros e, finalmente, o cultivo de arroz nos municípios da margem direita. E eles usam herbicidas…
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O bom exemplo do Guaíba
A “demanda da população fez o Estado tomar a iniciativa”, disse a Secretária de Meio Ambiente, Vera Callegari (entrevista ao site em 2007). O movimento Pró-Guaíba (criado oficialmente em 1995), e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba nasceram daí (Decreto Estadual 38.989, de outubro de 1998). O governo fez um acordo com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e 220 milhões de dólares- 60% da instituição e 40% do governo- foram investidos. US 120 milhões foram gastos na criação de duas novas estações de tratamento de água, primeira parte de um ambicioso programa de despoluição previsto para quatro módulos e uns bons pares de anos pela frente. Antes do investimento, apenas 5% dos esgotos dos vários municípios eram tratados. Agora (2007) a porcentagem aumentou para 9%, sendo que Porto Alegre tem 25% das residências com o benefício.
Santa Catarina
A poluição do Araranguá: colapso dos rios brasileiros
Um dos maiores, se não o maior rio do estado, é o Araranguá. Pesquisando sobre ações do Comitê de Bacias, encontram-se platitudes como esta…
Vamos desenvolver capacitações, recuperação de vegetação, buscar técnicas de solução para as fontes de poluição existentes, a identificação de contaminantes nos rios...
O rio Tubarão
Além do Araranguá, há outro rio importante no estado, o Tubarão. A seguir, relato que fiz na primeira viagem do Mar Sem Fim:
No passado ele era estreito e sinuoso (o rio Tubarão) depois, no final dos anos 70, seu curso foi alterado (em razão de enchentes). Então ficou largo e reto, quase um canal. E foi dragado diversas vezes… Toda a bacia do Tubarão está comprometida, degradada pelos rejeitos da extração e beneficiamento do carvão, atividade comum no sul de Santa Catarina, e também pela poluição industrial. A cor da água é de um marrom leitoso e, em suas margens, quase não há mata ciliar substituída por pastos e fazendas de camarão.
Paraná
A baía de Paranaguá é o acidente geográfico mais notável da costa deste estado. E, como todos os outros corpos d’água que deságuam no mar, está comprometida
Fabian Sá, doutorando em Geoquímica Ambiental, da UFPR, nos falou da contaminação da baía de Paranaguá por metais pesados, arsênico e níquel. As duas substâncias, ele constatou, apresentaram níveis acima dos da Resolução do Conama, que trata a questão.
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O segundo ponto notável da costa do estado é a baía de Guaratuba, também contaminada…
A baía de Guaratuba é pequena, se comparada a Paranaguá. São “apenas” 52 km de estuário e, de acordo com Rangel Angelotti, da Universidade Federal do Paraná, o maior conflito, e pressão, diz respeito ao crescimento populacional das cidades do entorno. Como sempre o saneamento básico é pífio, o crescimento desordenado das cidades, uma constante, e o Estado, que nunca tem tempo de planejar, segue atrás, correndo contra o prejuízo, assim definiu o professor Rangel.
São Paulo e o Ribeira de Iguape
O Lagamar é um gigantesco estuário cercado pelo maior trecho contínuo de mata atlântica do Brasil. Ligando os dois extremos, Paraná e São Paulo, há uma série de canais que começam em Iguape, sul de São Paulo, e seguem até Paranaguá, no norte do Paraná recebendo a água do mar por várias “aberturas”, ou barras. O interior dos canais e baías são cercados dos dois lados por imensos manguezais, um dos mais importantes ecossistemas marinhos: várias espécies de peixes, crustáceos e moluscos, além de uma infinidade de aves marinhas que usam suas copas como habitat, dependem dele para seu ciclo de vida.
Biodiversidade do Lagamar e o vilão: Canal do Valo Grande
O grande vilão é o Canal do Valo Grande, espécie de “atalho” feito pelo homem no rio Ribeira de Iguape em 1852.
Consequências da abertura do Valo Grande
Desde então a cidade de Iguape literalmente naufragou. O canal, que deveria ter no máximo 40 metros, sofreu os efeitos da erosão provocada pela vazão do rio. Hoje tem mais de 300 metros de largura. Grande parte da cidade foi tragada. Junto com a enorme vazão vieram toneladas de sedimentos e muita água doce. Os sedimentos assorearam o Mar Pequeno e a barra de Icapara, inviabilizando o porto. E a água doce, que continua a fluir livremente até hoje, está matando o manguezal e provocando o fechamento de bocas de rios com capim.
Saiba mais sobre o canal do Valo Grande e o mal que ele faz aos mangues de Iguape.
Rio de Janeiro, baía de Guanabara
Passamos pelo vão da ponte Rio-Niterói e navegamos para a Ilha do Fundão, podendo ver no fundo da baía uma cena sinistra: uma espécie de cemitério de navios. São imensos cascos, alguns ainda com o convés de pé, antigos, abandonados, adernando enferrujados à espera da morte. Como é caro desmontá-los, eles ficam ali aguardando não sei qual desastre para se desintegrarem de vez, provocando mais um problema ecológico na maltratada Baía de Guanabara. Na ilha do Fundão novas cenas de terror. A poluição nesta parte (lado Oeste) é tamanha que flagramos pescadores passando a rede na praia e recolhendo dela três camarões, um siri, um pé de tênis, vários copos e muitos sacos de plástico. Degradante.
Problemas da baía de Guanabara
Nove milhões de pessoas vivem no entorno da baía, e há duas refinarias dentro dela: a Duque de Caxias, da Petrobrás, e outra privada. Três portos, diversos estaleiros, milhares de oficinas clandestinas; 15.000 litros por segundo de esgoto doméstico jogado in natura (Eliane Canedo de Freitas Pinheiro, livro “Baía de Guanabara)…
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A foz do Paraíba do Sul
Em nossa primeira viagem pela costa brasileira, 2005 -2007, a situação do Paraíba do Sul já era catastrófica. Eis o registro de nosso diário de bordo:
Às três da tarde chegamos no município de Atafona, onde fica a foz do Paraíba do Sul, uma beleza de lugar. Este rio nasce em São Paulo, é um dos afluentes do Paraíbuna. Ele cruza o sudoeste de Minas Gerais e entra pelo Rio de Janeiro. Na região metropolitana carioca, abastece dez milhões de pessoas. Ao longo de seus 1.150 quilômetros recebe UM Bilhão de litros de esgoto doméstico(fonte: SEIVAP, Comitê de Integração do Paraíba do Sul) todos os dias, por causa da falta de saneamento básico das cidades ribeirinhas. Do total de sua mata ciliar, restam apenas onze por cento.
Além da brutal poluição, as alterações no curso do rio fizeram com que a cidade que fica em sua foz, no litoral norte fluminenses, Atafona seja tragada pelo mar.
Espírito Santo: colapso dos rios brasileiros
Havia o Rio Doce. Havia. A Samarco, a Vale e a BHP deram cabo dele. O rio está morto, o cenário é o pior possível, disse Luciano Magalhães, diretor do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), de Baixo Guandu (ES). Morte anunciada em razão de uma legislação frouxa e inexistência de fiscalização, portanto, mais uma vez, co-autoria do poder público. Além da Samarco, propriedade da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, o governo federal também deveria ser punido.
BAHIA
A maioria dos rios é de pequeno porte, exceção ao Jequitinhonha, cuja extensão é de cerca de mil quilômetros. O rio nasce em Minas Gerais, no Pico do Itambé, na Serra do Espinhaço. Como quase todos os grandes rios que deságuam na costa, o Jequitinhonha recebeu duas barragens para a geração de energia. A primeira, em 1944, e a segunda, em 2006, ambas em Grão Mogol, MG.
A geração de energia hídrica tem dois lados que devem ser analisados. Um, positivo, é a geração de energia limpa; outro, negativo, é o que isso significa para o meio ambiente. As barragens acabam com várias espécies de peixes, que não podem mais cumprir seu ciclo de vida fazendo a piracema. Elas também afetam a flora, e a fauna.
O vale do Jequitinhonha
O vale do Jequitinhonha tem 79 mil Km2, abriga 900 mil pessoas, e é extremamente pobre. Os 75 municípios não contam com serviço de coleta e tratamento de lixo, muito menos esgotos tratados, que são despejados in natura no leito do rio. Outra ameaça são os garimpos ilegais, altamente poluentes. A corrida do ouro começou ainda no século XVII, e não parou até hoje.
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O Diagnóstico Ambiental da Bacio do rio Jequitinhonha, de autoria do IBGE, diz que
pelas características físicas regulares de clima e relevo associadas às condições sócio-econômicas, sobretudo de saneamento básico, a bacia do Jequitinhonha configura-se um desafio às políticas governamentais.
Mais uma vez o poder público reconhece o fracasso de suas políticas. E mudamos de estado.
SERGIPE: colapso dos rios brasileiros
Há dois rios importantes no estado, o Vaza Barris, e o rio Sergipe. O primeiro nasce na Bahia e tem 450 quilômetros de extensão. O rio não tem barragens para gerar energia, mas tem uma para a construção do açude Cocorobó, perto da foz. O rio é histórico. A construção deste açude afogou Canudos que, na descrição de Euclides da Cunha,
era uma tapera dentro de uma furna
O Vaza Barris
A água do Vaza Barris é quase uma exceção entre os rios que deságuam na costa. Ela foi considerada “regular” em análise feita pela SOS Mata Atlântica. O rio Sergipe é menor em extensão, apenas 210 quilômetros mas, assim como o Vaza Barris, nasce na Bahia e atravessa Sergipe no sentido oeste/leste até desaguar no Atlântico, entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros.
SERGIPE/ALAGOAS
A foz do São Francisco é a divisa dos dois estados. Infelizmente, o “rio da integração nacional”, tão importante na história do Brasil, é um eloquente exemplo do que não se deve fazer em rios.
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212 expedições ao longo e no entorno do São Francisco
Entre 2008 e 2012 uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor José Alves Siqueira, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, promoveu 212 expedições ao longo e no entorno do São Francisco. Era o tempo da divulgação da transposição do rio… Em seguida o estudo foi reunido no livro “Flora das caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação” (Andrea Jakobsson Estúdio). O trabalho é considerado o mais profundo estudo sobre a Caatinga, único bioma exclusivo do Brasil. O título do primeiro capítulo é emblemático:
A extinção inexorável do rio São Francisco
A lista de problema do São Francisco
Os problemas são inúmeros mas, talvez, os mais graves sejam as cinco grandes barragens para a produção de energia (Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó) que geram 15% da energia produzida no País e, agora, a megalômana obra de transposição de suas águas orçada inicialmente em 4,5 bilhões de reais, número que já supera os 8 bilhões!
Há muitos outros problemas, entre eles a quantidade imensa de esgotos não tratados jogados no leito, ao longo de seus quase três mil quilômetros da nascente até a foz. As barragens impedem a piracema. Como os peixes não podem mais subir o rio para se reproduzirem, o declínio das espécies e cardumes é evidente.
O livro mostra que restou apenas 4% da vegetação original das margens do São Francisco. Sem mata ciliar a erosão toma conta das margens contribuindo para o assoreamento do leito. Mas, talvez o pior seja a última novidade descoberta no Velho Chico: o rio está infestado pelo mexilhão- dourado.
PERNAMBUCO
Diante dessa realidade, em 2003 a CPRH constatou que nenhuma das 56 lavanderias vistoriadas possuía alvará de funcionamento. Em 2004, foram firmados Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) entre as lavanderias, Órgão Ambiental e o Ministério Público, com o objetivo de enquadramento às normas ambientais vigentes.
Apenas 42% do volume de água consumido são tratados, segundo dados do estudo. Os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista, que representam 1,3 milhão de habitantes, apresentaram uma piora em todos os três índices entre 2000 e 2010. Nas cidades litorâneas da RMR, 549 mil residências não contam com cobertura de esgoto. A única cidade da região a apresentar melhora nos índices foi Recife, mas ainda assim apresenta um déficit de quase 60% na coleta de esgoto.
O rio Jaguaribe não foge à sina dos outros
É bastante notório o alto grau de desmatamento da bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe, podendo-se afirmar que 80% desta, pelo menos, já não conta com qualquer tipo de vegetação… o que faz aumentar as taxas de evaporação e rebaixamento do lençol freático, gerando erosões nas camadas superficiais do solo…Os materiais oriundos destas erosões são levados para a calha do rio, causando o seu assoreamento.
As comunidades que se situam nas margens do Rio Jaguaribe, foram implantadas sem planejamento, de uma forma desordenada e sem um mínimo de infra-estrutura…
PARAÍBA
As águas do Rio Paraíba, na área correspondente à sede urbana do município de Caraúbas, PB, estão recebendo uma elevada carga orgânica, devido principalmente aos efluentes domésticos, que não são tratados adequadamente, contaminando as águas superficiais e também as reservas hídricas subterrâneas…Os impactos ambientais nesse ecossistema também foram identificados pela ocorrência de processos erosivos e construções de empreendimentos nas margens do rio…
Rio Mamanguape
Buscando a atender as necessidades de uma sociedade que cada vez mais faz uso indiscriminado dos seus recursos naturais e aceitando um modelo de desenvolvimento devastador que prioriza a produção em escala industrial, sem se preocupar com os impactos ambientais ocasionados pelo rejeite inadequado de poluentes no meio ambiente
RIO GRANDE DO NORTE
Especialistas temem pela morte do rio.
e registrou uma quantidade de 20 mil coliformes fecais para 100 mililitros de amostra, valor muito superior ao permitido pelo CONAMA. O jornal explica que a mesma análise foi feita nas ostras, maior filtradora existente nas água, quando foram encontrados 2 mil coliformes para a mesma quantidade de água
Diante de todos os problemas característicos do rio Potengi, o poder público troca acusações e tenta se desviar da responsabilidade que lhe é devida
CEARÁ
Jaguaribe: detonado em sua foz pela famigerada carcinicultura
PIAUÍ
MARANHÃO
Rio Gurupi
PARÁ
Poluição na foz do Amazonas
Todo o esgoto doméstico de Macapá vai direto para o rio
O presidente da Companhia de Água e Esgoto da Amapá, Caesa, Ruy Smith Neves, afirmou ao G1 que apenas 3% da população é servida por rede de coleta de esgoto em Macapá. O resto vai direto pro rio. Macapá tem cerca de 370 mil habitantes. Portanto, é enorme a quantidade de esgotos jogados na foz do grande rio. De acordo com Ruy
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A poluição é tamanha que a ONG Instituto Amigos em Ação considera ter sido de uma irresponsabilidade imensurável deixar o rio chegar nessas condições. A prefeitura de Macapá [deve responder] em relação ao lixo, e à Caesa, quanto ao esgoto despejado no rio. Lixo e esgoto são os dois maiores poluidores
AMAPÁ
O estado tem 4 rios que deságuam no mar: o Oiapoque, o Caciporé, o Calçoene, e o rio Araguari. Todos, sem exceção, estão poluídos com metais pesados, especialmente o mercúrio usado no garimpo. A maioria ainda conserva parte significativa de sua mata ciliar, mas o desmatamento continua a avançar; e a poluição dos rios é tida como um dos maiores problemas do estado.
Na internet é possível encontrar matérias alarmantes como “rio Amazonas vira depósito de lixo a céu aberto”. Outras dizem que a poluição do rio Cassiporé é tão intensa que as tartarugas-da-amazônia podem desaparecer.
Resultado: colapso dos rios brasileiros
De todos os rios que deságuam na costa só o Amazonas é navegável para qualquer tipo de embarcação. Todos os outros sofreram tamanho assoreamento que alguns só são navegáveis por canoas.
Colapso dos rios brasileiros: quer prova maior das pegadas que estamos deixando?
Até 50, 60 anos atrás, todos os rios citados na matéria eram limpos e navegáveis. Em menos de meio século, detonamos todos eles deixando uma dura pegada para as gerações futuras. Elas encontrarão dificuldade em reconhecer a beleza, e biodiversidade brasileira; e terão como desafio conseguir água para abastecer as grandes cidades e a população.
Colapso dos rios brasileiros: nada se compara ao rio Salgadinho, Maceió, que desaguava no mar
Por que deixei este por último, e por que usei o verbo no passado, “desaguava”? Porque, como disse, nada se compara a ele. E se não abrirmos os olhos, se não pressionarmos o poder público, todos os outros são candidatos a serem os próximos Salgadinhos. Isso não é rio, é um filme de horror.
Rios do Nordeste agora com carga de piche
Desde o terrível acidente com derramamento de petróleo no Nordeste, em 2019, todos os rios e estuários desta região agora estão acrescidos de camadas de piche. Infelizmente, não existe protocolo de limpeza de manguezais quando acontecem derrames de petróleo. Ainda não se pode avaliar com precisão a quantidade que vazou em cada um. Mas a vasta maioria dos rios nordestinos foi atingido.
Fontes: ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursos_naturais/diagnosticos/jequitinhonha.pdf; ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursos_naturais/diagnosticos/jequitinhonha.pdf; http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2011/10/estudo-da-fgv-mostra-retrocesso-do-saneamento-basico-no-grande-recife.html; http://www.prac.ufpb.br/anais/Icbeu_anais/anais/meioambiente/riojaguaribe.pdf; http://www.scielo.br/pdf/abb/v20n4/13.pdf; http://www.webartigos.com/artigos/a-revitalizacao-do-alto-curso-do-rio-mamanguape-pb-uma-analise-socioambiental-a-partir-da-recuperacao-da-mata-ciliar/77216/; http://tribunadonorte.com.br/noticia/potengi-ameaca-de-todos-os-lados/125782; http://www.piaui.com.br/internas.asp?ID=207; http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/05/nivel-de-poluicao-e-assoreamento-do-rio-parnaiba-e-critico-e-preocupante.html; https://institutoamigosemacao.wordpress.com/ ; http://www.suapesquisa.com/geografia/amapa.htm; https://emanoelreis.wordpress.com/2012/07/23/poluicao-do-rio-amazonas-mcp/; http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2014/03/12/103450-tartaruga-da-amazonia-corre-risco-de-desaparecer-em-rio-do-amapa.html; https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/03/20/um-bilhao-de-litros-de-chorume-sao-despejados-na-baia-de-guanabara.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_content=geral&utm_campaign=noticias; https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-mais-de-83-mil-km-de-rios-poluidos-aponta-agencia-nacional,70003042816?utm_source=estadao%3Afacebook&utm_medium=link&fbclid=IwAR1sswY-pziMeGm_7-SgbHZpP-Zo6qZFbnvZB-ty5Z8u-PRuM6cYVnfI_Mw.