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Extinção em massa, começou a sexta

Extinção em massa: esta é a sexta, e desta vez a causa não é a queda de nenhum astro, mas a nossa queda

Não é a primeira vez que este site alerta sobre a sexta extinção em massa. Agora o jornal The Washington Post publica a matéria “What the sixth extintion will look like in the Ocean’s: The largest Species die off first”. Em tradução livre, A sexta extinção nos Oceanos: as maiores espécies desaparecem primeiro.

Extinção em massa: desta vez a perturbação somos nós

No parágrafo de abertura diz o jornal: “nós não podemos vê-la ao nosso redor”. E poucos parecem se importar. No entanto os cientistas estão cada vez mais convencidos que o mundo está indo de roldão para o que tem sido chamado de um evento da sexta extinção em massa. Simplificando: as espécies estão se extinguindo a uma taxa que excede em muito o que se poderia esperar naturalmente. Isso é o resultado de uma perturbação no sistema. E neste caso a perturbação somos nós.

Um estudo da revista Science confirma os dados. A revista afirma que para os oceanos as ameaças de extinção não são distribuídas igualmente entre todas as espécies. As maiores espécies estão em perigo neste momento.

De tubarões, a baleias e moluscos gigantes, tartarugas e atuns. A ameaça desproporcionada para os organismos marinhos maiores reflete a propensão humana única para abater os maiores membros de uma população

Cientistas dizem que a “natureza intocada” pelos humanos já se foi

Jonathan Payne, da Universidade de Stanfordo principal autor do estudo, disse que…

O que nos surpreendeu foi  não vermos um tipo semelhante de padrão em qualquer dos eventos de extinção em massa anteriores que estudamos

Cerca de 2.500 animais marinhos foram estudados

Os pesquisadores realizaram o trabalho por meio de uma análise estatística. Foram examinados cerca de 2.497 grupos de animais marinhos diferentes em um nível taxonômico mais elevado do que o nível de espécies. Descobriram que os aumentos no tamanho do corpo de um organismo foram fortemente associados a um risco aumentado de extinção. Este não era o caso no passado distante da Terra. 
Anthony Barnosky, diretor executivo da Stanford Jasper de Ridge Biological Preserve, explicou que
Estas perdas no oceano estão em paralelo com o que os humanos fizeram para os animais da terra cerca de 50.000 a 10.000 anos atrás. 

A sexta extinção em massa já começou

Barnosky foi o co-autor de um estudo publicado no ano passado que encontrou uma

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excepcionalmente rápida perda de biodiversidade ao longo dos últimos séculos, indicando que uma sexta extinção em massa já está em andamento.

Um problema particular, diz Payne, é que se você tirar todos os predadores de topo da cadeia, as espécies que costumavam ser suas presas podem explodir sua população. Trazendo efeitos reverberantemente grandes em todo o ecossistema.
Ilustração: nemumpoucoepico com

Consequências da pesca excessiva, e da preferência por grandes animais marinhos

A remoção preferencial dos maiores animais dos oceanos modernos, sem precedentes na história da vida animal, pode perturbar os ecossistemas por milhões de anos. 

Elizabeth Kolbert afirma em seu livro que geração atual pode causar nova extinção em massa

Elizabeth Kolbert é geóloga e paleontóloga. Escreve regularmente para várias publicações de prestígio, entre elas a National Geographic, e a revista New Yorker. Ela  publicou o livro “A sexta extinção, uma história não natural”. Pelo título é possível deduzir o conteúdo da obra que  fez barulho mundo afora.

A cientista diz que…

…dada a nossa tendência para sistemas globais de transporte, uso indiscriminado de hidrocarbonetos, e ocupação e destruição de áreas naturais, nossa geração pode causar a sexta extinção das espécies ao longo dos 4,5 bilhões de anos desde a formação do planeta(de acordo com cientistas, desde sua formação a Terra passou por cinco eventos de extinção).

THE GUARDIAN

Com a palavra theguardian.com: “cientistas alertam, o sexto evento de extinção em massa está em curso”. E no corpo do texto está escrito que…”os pesquisadores falam de aniquilação biológica, já que o estudo revela que bilhões de populações de animais perderam-se nas últimas décadas”

Biological annihilation via the ongoing sixth mass extinction signaled by vertebrate population losses and declines, publicado pelo jornal Proceedings of The National Academy of Sciences.

Conclusão do estudo: humanidade pagará caro

“A aniquilação biológica resultante, obviamente, terá sérias conseqüências ecológicas, econômicas e sociais. A humanidade acabará por pagar um preço muito alto pela diminuição da única assembléia de vida que conhecemos no universo “.

Um pouco mais sobre o livro de Elizabeth Kolbert.

(Ilustração de abertura: thoth3126 com br)

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