Reservas marinhas promovem resiliência ecológica e ajudam peixes a se proteger de invasores da mudança do clima
Reservas marinhas promovem resiliência ecológica : os habitats de reservas podem promover a resiliência ecológica à variabilidade do clima ao apoiar redes tróficas (de nutrição) intactas e indivíduos de grande porte. A proteção também pode alterar a resposta de comunidades marinhas à mudança do clima, oferecendo habitats para espécies que mudam suas áreas de sobrevivência. É o que diz estudo publicado em dezembro de 2013 na Nature Climate Change.
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Trabalho feito no sudeste da Austrália
O trabalho foi feito no sudeste da Austrália. Um “hotpspot” do aquecimento oceânico – região onde o aumento de temperaturas de superfície ocorre mais rapidamente que em qualquer outro lugar. Isto significa que esta parte do país é como um laboratório aberto para entender a resposta da natureza às alterações climáticas.
As reservas marinhas deste “hotspot” regional são importantes para a redução dos efeitos da mudança do clima em diferentes espécies.
Aquecimento do oceano
Com o aquecimento do oceano, espécies subtropicais migram para regiões temperadas. Isto cria novas comunidades, onde grupos de espécies podem se encontrar pela primeira vez.
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Uma das espécies que já estenderam seu alcance é o ouriço do mar. Ele pasta nos mantos de algas grudados a recifes rochosos quando se muda para o sul, deixando em seu caminho uma carreira de pontos estéreis.
As reservas de habitats protegidos da pesca parecem deter o ouriço. Nelas, lagostas predatórias crescem a um tamanho que podem se alimentar daqueles que chegam.
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Oportunidade de se desenvolverem
As reservas marinhas também podem dar a diversos tipos de peixes predatórios a oportunidade de se desenvolverem. Estes peixes podem se alimentar de outros migrantes de águas quentes, tornando mais difícil a colonização da área
Mas, diz o estudo, a menos que haja dados de longo prazo, é virtualmente impossível entender como comunidades biológicas respondem a aumentos constantes de temperaturas em relação à variabilidade ano a ano, relata The Conversation.
José Eduardo Mendonça.