Recife de coral de 500 metros de altura encontrado na Grande Barreira de Corais da Austrália
Não passa semana sem uma nova descoberta nos mares. Algumas vezes elas são alarmantes, noutras, a notícia é auspiciosa. Isso prova o quanto ainda temos que aprender e estudar sobre os ecossistemas marinhos. Repetindo um bordão, até hoje o homem estudou menos de 10% do espaço marítimo. E outro: conhecemos mais sobre o espaço sideral que sobre o ecossistema que propiciou vida ao planeta. Recife de coral de 500 metros encontrado na Grande Barreira da Austrália.
Recife de coral de 500 metros, maior que o Empire State, encontrado na Grande Barreira da Austrália
A notícia ganhou o mundo em minutos. A Grande Barreira de Corais, a maior estrutura viva do planeta, está agonizando em razão do aquecimento global, poluição, e outros problemas.
Ele foi encontrado na ponta norte da Grande Barreira de Corais. É a primeira descoberta deste porte em 120 anos, diz a BBC. “Com 500 m de altura, o recife é mais alto que o Empire State Building de Nova York e as Petronas Twin Towers em Kuala Lumpur, Malásia.”
Os cientistas estavam mapeando em 3D a Grande Barreira, a bordo de um navio do Schmidt Ocean Institute (SOI), quando se deram conta da enormidade. Eles usavam um robô para fazer o trabalho.
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Grande Barreira de Corais, Patrimônio da Humanidade desde 1981
A BBC diz que “o maior recife de coral do mundo é o lar de mais de 1.500 espécies de peixes, 411 espécies de corais duros e dezenas de outras espécies. Estendendo-se por 2.300 km, o recife foi declarado Patrimônio da Humanidade em 1981 por sua “enorme importância científica e intrínseca”.
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Mas, apesar disso, desde 1995 a Grande Barreira perdeu ‘mais da metade’ de seus corais pelos motivos já expostos.
Recife gigante não faz parte da Grande Barreira
“Embora o recife esteja apoiado no fundo do oceano, ao largo de North Queensland, ele é separado. Isso significa que não faz parte do corpo principal da Grande Barreira de Corais”, explica BBC.
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Expedição de um ano ao largo da Austrália
Segundo o site do Schmidt Ocean “Este recife separado recém-descoberto adiciona-se aos outros sete recifes altos separados na área, mapeados desde o final de 1800, incluindo o recife na Ilha Raine – a área de nidificação de tartarugas verdes mais importante do mundo.”
E não foi a única descoberta sensacional da expedição. “Em abril (2020), os cientistas descobriram a criatura marinha mais longa registrada – um sifonóforo (animais marinhos do filo dos cnidários, o mesmo das anêmonas e águas-vivas) de 45 metros no Canyon Ningaloo, além de até 30 novas espécies.”
“Em agosto, os cientistas descobriram cinco espécies não descritas de corais negros e esponjas e registraram a primeira observação da Austrália de peixes-escorpião raros nos Parques Marinhos do Mar de Coral e da Grande Barreira de Coral.”
Outras descobertas da mesma expedição
” E o ano começou com a descoberta, em fevereiro, de jardins de corais e cemitérios em águas profundas no Bremer Canyon Marine Park.”
“Esta poderosa combinação de dados de mapeamento e imagens subaquáticas será útil para entender este novo recife e seu papel dentro da incrível Área de Patrimônio Mundial da Grande Barreira de Corais’, disse a diretora Jyotika Virmani.
O site da instituição explica que a expedição faz parte de um programa australiano de mapeamento do fundo do mar, e que também vai contribuir para o Projeto Seabed 2030, da Fundação Nippon.
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A expedição deve prosseguir até novembro. Oxalá novas e boas descobertas sejam feitas, especialmente se elas contribuírem para a saúde deste que é o mais importante ecossistema marinho do planeta.
Assista ao vídeo que mostra a descoberta
Ilustração de abertura: Schmidt Ocean
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