Parte 3 – APA de Cairuçu
Nesse último programa (Parte 3 – APA de Cairuçu) você conhece o Saco do Mamanguá e o Saco da Cotia. Dois lugares lindos, mas cheios de problemas…
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No primeiro programa apresentamos praias lindas como Caxadaço. E o crescimento desordenado da vila de Trindade.
No segundo programa contamos a luta dos nativos para sobreviver e a falta de equipamentos para a equipe responsável pela unidade de conservação fazer a fiscalização.
Parte 3 – APA de Cairuçu e a especulação imobiliária
A especulação imobiliária faz a festa na APA de Cairuçu.
Ela não poupa nem mesmo a lâmina de mar defronte às casas dos forasteiros.
Além de privatizar praias (”bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado o livre acesso a elas e ao mar”, Lei nº 7.761/81) os donos de casas de veraneio da APA de Cairuçu cercam o mar defronte às suas mansões com cabos e boias impedindo a aproximação, ou uso, por parte de público.
Flagramos dezenas de casos. Eles começam na altura do Saco do Mamanguá, e seguem até às praias ao lado da cidade de Paraty.
As multas aplicadas pelas chefias da APA geram bombas
E a briga é pesada. Antes da equipe atual assumir a APA ( junho de 2014), a antiga chefia decidiu agir com mais rigor contra a situação estabelecida há anos por pura omissão.
Construções já concluídas, em ilhas e costões, foram embargadas, e multas, disparadas. Tarde demais. Depois de 15 anos de inação o que era raro e proibido tornou-se comum e aceitável. A reação não tardou. E foi violenta: atentados contra as chefias da UC que tiveram carros queimados, e bombas atiradas em suas casas.
A intimidação deu resultados, os chefes pediram transferência e foram substituídos.
O caso das ilhas ocupadas, na mão de poderosos do Rio e São Paulo, saiu da gestão direta da UC e “subiu para esfera superior”, conforme contou Eliel Pereira de Souza, o atual chefe. E a retaliação não parou por aí.