Guia do Mergulho da ONU pode ajudar a proteger os recifes de corais
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, lançou um guia do mergulho sobre a prática de “scuba diving”. A ideia é proteger os recifes de corais. O nome da iniciativa é “Green Fins” ou nadadeiras verdes. Foi criada para ajudar pequenas e médias empresas do setor na proteção ambiental.
O projeto mostra como o mergulho recreativo pode proteger os recifes de corais ameaçados pelo crescimento do turismo nos litorais. E também a apoiar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O potencial do ecoturismo marinho, se observadas as regras, é imenso.
O Green Fins foi desenvolvido por uma parceria público-privada que contou com a contribuição da indústria do setor, comunidades e governos asiáticos.
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Mais de um milhão de novos praticantes de mergulho
A crescente popularidade e acesso ao mergulho estão levando cada vez mais pessoas aos recifes de corais. A indústria registra mais de 1 milhão de novos praticantes da modalidade todos os anos, o que coloca uma pressão a mais sobre a delicada biodiversidade local. Os corais do Havaí, por exemplo, estão ameaçados pelo excesso de turistas, entre outros fatores.
Guia do mergulho: turismo desordenado pode prejudicar
Segundo o Pnuma, apesar de impulsionar a economia, a prática intensa do mergulho pode causar danos diretos aos recifes de corais.
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O guia será implementado primeiro na região asiática. A diretora do escritório da agência da ONU na Ásia, Isabelle Louis, disse que o guia vai ajudar as pequenas e médias empresas do setor a mostrarem liderança no processo de conservação.
Além disso, Louis afirmou que essa é uma chance de “transformar um risco ambiental em oportunidade, assegurando a sustentabilidade da indústria que protege os ecossistemas marinhos, cria meios de subsistência de longo prazo e contribui com a implementação da Agenda 2030.”
A iniciativa Green Fins, estabelecida inicialmente na Tailândia, em 2004, está em andamento em seis países da Ásia. Depois será levada a outras regiões.