Navio polar Ary Rongel sofre pane no estreito de Drake
Durante os verões, dois navios da Marinha do Brasil levam, e apoiam, pesquisadores brasileiros para a base Comandante Ferraz, na ilha Rei George, onde o Brasil tem sua base. A pesquisa brasileira na Antártica depende de apoio da Marinha desde as primeiras viagens à Antártica, ainda no tempo do primeiro navio polar, o Barão de Teffé. Enquanto um deles passa quase todo o verão na Antártica, normalmente o Almirante Maximiano, o outro leva e traz pesquisadores várias vezes, é o caso do navio polar Ary Rongel que teve uma pane no Drake, um dos piores lugares para a navegação do globo.
Pedido de socorro em 19 de fevereiro
Na madrugada de 19 de fevereiro, o navio polar Ary Rongel fazia mais uma travessia de Punta Arenas, no Chile, para a Base Comandante Ferraz, na ilha Rei George, ilhas Shetland do Sul, quando emitiu um sinal de socorro que foi recebido pelo Centro de Coordenação de Resgate Argentino.
Chile e Argentina se revezam durante os verões patrulhando e prestando apoio aos navios que atravessam o estreito no período. São dezenas deles, indo e vindo, dos 35 países que têm bases na Antártica, além de navios de passageiros, e barcos privados.
Nós também precisamos deste apoio na primeira viagem do Mar Sem Fim à Antártica, quando uma pane nos deixou sem máquinas, a pouco menos de 100 milhas da Antártica. Na ocasião, fomos socorridos pelo navio chileno Lautaro.
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Chile e Argentina enviam socorro ao Ary Rongel
O site www.infodefensa.com, informou que o navio Marinero Fuentealba da Armada do Chile que estava operando nas ilhas Diego Ramírez, cerca de 100 km ao sudoeste do cabo de Horn, seguiu para o local onde estava o Ary Rongel para apoiá-lo; enquanto a Argentina enviou o navio ARA Estrecho de San Carlo.
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Já o site aviacionargentina.net informou que, ‘Os navios civis Ocean Victory e Le Loreal que estavam na área também aderiram, enquanto o navio científico Almirante Maximiano da Marinha do Brasil foi para a área, mas apresentou falhas no caminho e não pôde participar do resgate’.
O problema na casa de máquinas foi temporariamente resolvido pelos marinheiros a bordo do Ary Rongel com apoio de chilenos e argentinos mas, por precaução, o navio seguiu escoltado até Punta Arenas onde chegou em 22 de fevereiro para uma revisão.
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Ary Rongel, conheça
O Ary Rongel foi construído pelo estaleiro norueguês Georg Eide’s Sønner, em Høylandsbygd, lançado em 22 de janeiro de 1981 e batizado com o nome de Polar Queen. Em 1994 foi adquirido pela MB para operações na Antártica. Embora se esperasse que o Almirante Maximiano o substituísse depois de ser incorporado em 2009, ambos continuam na ativa.
Nesta temporada a comissão antártica do Ary Rongel começou em 13 de outubro quando o navio deixou o Rio de Janeiro em direção à Punta Arenas. Em 25 de outubro, o Ary Rongel partiu para a Antártica pela primeira vez neste verão.
Em breve o navio será aposentado. Em 2016, a Marinha do Brasil encomendou ao estaleiro Jurong Aracruz um novo navio polar para substituí-lo.
Assista um vídeo do Ary Rongel na Antártica
Imagem de abertura: Acervo MSF.
Fontes: https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/incidente-com-o-napoc-ary-rongel-durante-a-passagem-de-drake; https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/3458831/buques-armada-chile-rescatan-ary-rongel-brasil-averia-paso-drake; https://www.aviacionargentina.net/topic/34/noticias-de-la-armada-de-la-rep%C3%BAblica-argentina/1441.