Dois mil peixes-boi morrem de fome na Flórida em dois anos
Depois de quase 2.000 mortes de peixes-boi nas águas costeiras e interiores da Flórida nos últimos dois anos, uma coalizão de organizações ambientais pediu que a espécie seja reclassificada com urgência como ameaçada de extinção. Segundo o floridainsider.com, o US Fish and Wildlife Service (FWS) cometeu um grave erro em 2017 quando rebaixou o status destes mamíferos. Os ativistas são liderados pelo Centro sem fins lucrativos para a Diversidade Biológica. Mas, pior é o motivo das mortes: fome. Acontece que o crescimento das cidades, e consequente poluição, se dá no habitat do animal. Na verdade, o que aconteceu na Flórida está acontecendo em todo o mundo.
Conheça o manatee ou peixe-boi
Seu habitat preferido são rios rasos e lentos, estuários, baías de água salgada, canais e áreas costeiras. Particularmente onde florescem leitos de gramas marinhas ou vegetação de água doce.
Nos Estados Unidos, eles se concentram na Flórida, no inverno. Nos meses de verão, podem ser vistos no oeste do Texas e no norte de Massachusetts. Contudo, avistamentos de verão no Alabama, Geórgia e Carolina do Sul são mais comuns.
“Com os peixes-boi da Flórida morrendo às centenas, é dolorosamente claro que a decisão federal de 2017 de reduzir a lista das espécies ameaçadas foi cientificamente infundada”, disse Ragan Whitlock, advogado do Centro de Diversidade Biológica da Flórida.
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Particularmente afetada é a Indian River Lagoon, diz o Guardian, onde a aliança diz que mais da metade dos peixes-boi da Flórida amostrados estão cronicamente expostos ao glifosato, um herbicida potente aplicado à cana-de-açúcar além de ervas daninhas aquáticas.
Dando de comer aos peixes-boi
Segundo o Guardian, A escassez de vegetação é tão crítica que as autoridades estão relançando um programa de alimentação introduzido em 2021 que fornece alface em áreas onde os peixes-boi se reúnem. Quando o programa terminou em abril, mais de 91 mil quilos de alface, financiados principalmente por doações públicas, foram distribuídos, com os funcionários da agência dizendo que “funcionou muito bem”.
Com isso pode-se ver a dificuldade da conservação marinha num mundo cuja população não para de crescer. Não por outro motivo, o site da ONU diz que, ‘Há cerca de um milhão de espécies em risco de extinção em todo o mundo e esta crise de extinção tem implicações críticas para a humanidade.’
A boa notícia é que 196 países se comprometeram na COP 15 a proteger 30% de todos os ambientes do planeta até 2030.
Assista ao vídeo e conheça mais sobre este simpático e dócil animal