Conheça alguns dos navios mais incomuns já construídos
Eles existem desde tempos imemoriais. No inicio, foram construídos para o comércio no berço da civilização ocidental, em outras palavras, a bacia do Mediterrâneo. Depois de provarem sua utilidade, acabaram adaptados também para as guerras. Sabe-se que havia navios desde o início da civilização, navegando pelos rios Tigre e Eufrates, ao tempo da Mesopotâmia. De acordo com o www.thoughtco.com, Os barcos de junco da Mesopotâmia constituem a primeira evidência conhecida de navios à vela, datados do início da cultura Neolítica Ubaid da Mesopotâmia, cerca de 5.500 a.C. Mas, saltando no tempo, hoje vamos conhecer alguns dos navios mais incomuns já construídos. Acompanhe a seleção do Mar Sem Fim.
Alguns dos mais bizarros navios já construídos
O Plongeur, tipo de submarino francês, ocupa um lugar especial. Foi o primeiro capaz de se impulsionar por meio de energia mecânica. Lançado em 1863, provocou espanto e medo dos marinheiros em confiar numa máquina capaz de levá-los para baixo d’água, e mantê-los vivos.
Até a sua construção, os submarinos anteriores tinham como propulsão a energia humana, com as tripulações pedalando ou girando manivelas para mantê-los navegando.
Segundo o www.toptenz.net, Com cerca de 46 m de comprimento, o navio também continha 23 tanques de ar comprimido.
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Ilhabela em último lugar no ranking de turismo 2025Garopaba destrói vegetação de restinga na cara duraCores do Lagamar, um espectro de esperançaMesmo assim, o Plongeur fez várias viagens bem-sucedidas antes de o desativarem. Havia temores, principalmente por seu design instável, suprimento de ar limitado e o fato da tecnologia ter melhorado o suficiente para fabricar embarcações mais eficientes.
O estranho Havfarm 1
Oficialmente nomeado de Jostein Albert, esta monstruosidade de 385 metros é o “lar” de 2 milhões de salmões. A polêmica fazenda de peixes offshore teve construção chinesa para a gigante norueguesa do salmão Nordlaks, que gostou tanto do conceito que agora quer um segundo.
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Fato curioso: a transferência da maior fazenda oceânica da China para a Noruega exigiu os serviços do maior navio de carga pesada do mundo, o BOKA Vanguard.
Então, vamos a ele…
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BOKA Vanguard é um navio semissubmersível de carga pesada de propriedade e operado pela Dockwise BV. É o maior navio de seu tipo já construído e tem capacidade de transportar cargas de até 110.000 toneladas, nos informa a wikipedia.
O navio foi classificado com uma notação de navio de carga pesada e categorizado como ‘Tipo 0’.
O semissubmersível de carga pesada pode ser equilibrado para permitir que a carga flutue a bordo. Os tanques de lastro são então esvaziados para elevar o convés acima da superfície e assim içar sua carga.
Navio prisão de Nova Iorque
Também conhecido como ‘The Boat’ (O Barco), esta barcaça construída pode acomodar até 800 criminosos condenados em segurança média a máxima. As comodidades a bordo incluem um centro esportivo com academias e quadra de basquete, três capelas, centro médico e biblioteca.
Segundo o New York Times, o navio prisão deveria ser temporário. Contudo, passados 27 anos, ainda está em uso, atracado no East River. Ele foi inaugurado quando a população carcerária da cidade estava aumentando. Mas com o esvaziamento das prisões, cresce a pressão para fechá-lo.
O navio, com cerca de 208 metros, tem cinco andares quase sem janelas, lembrando peças de Lego empilhadas umas às outras, diz o Times.
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Um trimarã futurista de 24 metros de comprimento
O mundo náutico continua a surpreender com navios e designs que vão cada vez um pouco mais além da imaginação, como no caso deste trimarã que mais parece uma aranha.
O Ady Gil, nos informa o site www.inautia.fr, é um barco ecológico. Foi construído para apresentar tecnologias amigas do ambiente e funciona com biocombustível e biodiesel, mas isso não o torna menos rápido. É por isso que, em 2008, conseguiu circunavegar o mundo em 60 dias, 23 horas e 49 minutos, quebrando o recorde de velocidade alcançado para um barco.
A embarcação de 24 metros foi construída em 2005 com fibra de carbono e Kevlar. Tem igualmente outras propriedades interessantes como a pintura ecologicamente correta. Seu design aerodinâmico permite atingir a velocidade de 40 nós, navegar sem reabastecer por 3.700 quilômetros e seu sistema hidráulico permite furar ondas. Além disso, pode submergir até 7 metros em caso de mau tempo. Porém, em 2010, foi abalroado por um navio baleeiro japonês e ali deixou sua proa, desde esse dia nunca mais voltou ao mar.
O Bottsand Y 1643
A mesmo fonte nos apresenta outra curiosidade. Um navio cuja finalidade é recuperar derramamentos de óleo no mar. Ele é mais conhecido como barco articulado devido ao formato que assume em serviço. Pode limpar e remover até 140 metros cúbicos de água poluída com estes dois cascos abertos.
Com 43 metros e pesando 650 toneladas sua construção data de 1987. Quando os dois cascos se juntam, ele atinge a velocidade de 10 nós e, quando está em área poluída, abre do meio a 65º para coletar resíduos. Cada um de seus cascos pode ser gerenciado por apenas seis técnicos.
Novgorod (Новгород) um estranho navio de guerra da Marinha Imperial Russa
O Novgorod é um dos navios mais incomuns já construídos. Na memória dos marinheiros russos continua a ser um mito, muitas vezes descrito “como o pior navio de guerra já construído”.
O casco de formato circular pretendia fornecer estabilidade aos canhões, mas revelou-se difícil de manobrar. Devido ao peso, lentidão e falta de manobrabilidade, o Novgorod era muito vulnerável.
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O navio, melhor seria ‘coisa’, era imprestável. Durante tempestades a ponte ficava submersa. Ele tinha seis motores a vapor movidos por oito caldeiras. Cada máquina com sua própria hélice. Um único homem o comandava e podia atingir 6,7 nós (12 km/h).
De acordo com o wikipedia, o Novgorod destinava-se à defesa costeira. Navegou principalmente na foz do Dnieper e do Mar Negro. No entanto, durante a Guerra Russo-Turca de 1877-1878, serviu na Flotilha do Danúbio. Em 1892, obsoleto, tornou-se navio de defesa costeira (?!).
Para encerrar, conheça o FLIP
A Plataforma de Instrumentos Flutuantes, ou FLIP, é o que acontece quando se quer ter um barco e uma boia ao mesmo tempo. É um navio de pesquisa no qual cientistas passam semanas fazendo estudos. Enquanto em movimento, é um navio com mais de 115 m de comprimento. Contudo, quando está pronto para trabalhar os tanques de lastro se enchem de água ao longo de seus 115 m, fazendo-o virar para frente em um ângulo reto até que apenas a extremidade habitável esteja para fora da água.
O FLIP, nos informa o www.toptenz.net, é capaz de resistir a quase qualquer tipo de mar sem risco de virar ou afundar. A maior parte da embarcação fica bem abaixo da água.
Quando a pesquisa acaba, o ar comprimido é forçado para dentro do lastro, a água é drenada e ele retorna à posição para navegar novamente para casa.
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