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Colônia de corais de Bali pode ser a maior do mundo

Colônia de corais de Bali pode ser a maior do mundo

Em novembro de 2024 noticiamos a descoberta do possível maior coral do mundo, nas Ilhas Salomão. Com uma circunferência de 183 metros, o gigantesco organismo multicolorido é uma intrincada rede de pólipos de coral individuais que cresceram durante 300 a 500 anos. Ao contrário de um recife de coral, que é uma rede de muitas colônias de corais, este é um coral isolado que cresceu ininterruptamente. Menos de um mês depois, nova descoberta pode desbancar a anterior. Agora, no início de dezembro de 2024, uma equipe de jovens biólogos marinhos indonésios localizou e mediu o que poderia ser a maior colônia de corais do mundo em Nusa Penida, ao largo de Bali, na Indonésia. Uma bela notícia para fechar o ano.

medindo uma colônia de corais
Imagem, Ocean Gardener.

O coral ao largo de Bali

Segundo informa o Oceanographic Magazine, o mais novo candidato ao título de maior coral do mundo é uma colônia do tipo Galaxea astreata. Ela está sendo medida na costa norte de Nusa Penida, ao largo de Bali, em um local popular para mergulho. A colônia mede 58 metros de largura, 71 metros de comprimento, 10 metros de altura e cobre uma área de mais de 4.000 metros quadrados.

A notícia é duplamente bem-vinda. Primeiro porque este ano as notícias ambientais quase sempre revelaram catástrofes, ou iminências de catástrofes na biodiversidade terrestre; e a segunda, porque os corais são o mais importante berçário. Um, em cada quatro espécies de peixes depende deles para a sobrevivência.

Para Manikmayang, coordenador de pesquisa e ciência da Ocean Gardener,

Essa descoberta tem o potencial de estabelecer um novo recorde mundial. No entanto, são necessários mais testes para confirmar seu status entre as colônias de corais gigantes do mundo

Onze mergulhadores para medir o coral

Vincent Chalias, fundador da Ocean Gardener, disse em uma entrevista à Oceanographic Magazine: “Conhecíamos essa colônia de corais há muitos anos, mas só recentemente ela se tornou popular. Fizemos uma parceria com o programa Map the Giants há cerca de dois meses para medir a colônia e determinar que ela era, de fato, um único organismo. Queremos registrar a colônia para colocá-la no banco de dados do Map the Giants e, por fim, protegê-la.”

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Imagem, Ocean Gardener.

O Ocean Gardener, informa ainda que o maior coral do mundo” é uma colônia de Galaxea astreata encontrada na costa norte de Nusa Penida, ao largo da Vila Sental, um ponto de mergulho muito popular em Bali.

“Esta descoberta tem o potencial de estabelecer um novo recorde mundial. No entanto, mais testes são necessários para confirmar seu status entre as colônias de corais gigantes do mundo”, explicou Manikmayang, coordenador de pesquisa e ciência da Ocean Gardener.

Local do coral é ‘uma grande encruzilhada submarina’

Nusa Penida, está localizada no Estreito de Lombok e no meio da corrente de fluxo indonésia, onde o Oceano Pacífico deságua no Indico. Portanto, é uma grande encruzilhada no mundo dos corais, uma localização central onde os corais podem crescer até tamanhos gigantescos e produzir bilhões de larvas que semeiam recifes em todo o Oceano Indico. Por estas razões, Nusa Penida é um local criticamente importante no centro do mapa de coral Indo-Pacífico.

Felizmente, diz o Ocean Gardener, o coral gigante de Nusa Penida já está localizado dentro de uma área marinha protegida. A equipe da Ocean Gardener espera que este coral seja um novo ponto focal dentro desta região, tão interessante quanto as populações de raias manta  e do peixe-lua  que atraem a curiosidade e o apoio dos esforços de conservação dos mergulhadores.

Em vermelho o local da colônia de corais.

O primeiro passo para descobrir mais sobre a colônia é verificar seu DNA para saber se é, de fato, o mesmo coral. Para isso, a Ocean Gardener está atualmente buscando financiamento. “Gostaríamos que todo o sequenciamento fosse feito na Indonésia para dar aos indonésios o controle sobre suas maravilhas naturais”, explicou Chalias. “Nusa Penida é o lar de muitos outros gigantes que também gostaríamos de testar e queremos entender a importância desses corais para as regiões do  Índico. Como eles estão conectados? É necessário muito trabalho genético para descobrir. Depois, a segunda etapa é fazer com que o governo local compreenda o imenso potencial desses ativos, não apenas para o turismo e o retorno financeiro direto, mas também para fins ecológicos de longo prazo.”

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