Celacanto, com 400 milhões de anos, ainda existe nos oceanos
A morfologia do celacanto não mudou significativamente desde o período Devoniano. Esses animais são considerados fósseis vivos, capazes de se adaptar ao ambiente com o passar dos tempos. Uma espécie de 400 milhões de anos que ainda existe nos oceanos.
Conheça o celacanto, espécie de 400 milhões de anos
Segundo a National Geographic, “acreditava-se que o celacanto de aparência primitiva teria se extinguido com os dinossauros há 65 milhões de anos. Mas sua redescoberta em 1938 por um curador do museu sul-africano em uma traineira de pesca fascinou o mundo. E iniciou um debate sobre como esse bizarro peixe se encaixa na evolução dos animais terrestres.”
Outra matéria da mesma National Geographic informa que o peixe pode viver até 100 anos, cinco vezes mais do que se pensava até então. Segundo Kelig Mahe, do IFREMER, instituto francês de pesquisa oceânica e autor do novo estudo, ‘a duração da gestação das fêmeas dura cinco anos, e elas não atingem a idade adulta antes dos 55 anos’.
Mais lidos
Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemVírus da gripe aviária mata milhões de aves mundo aforaArquipélago de Mayotte, no Índico, arrasado por cicloneAcidente com dois petroleiros russos ameaça o Mar NegroPor seu lento ciclo de vida, com baixas taxas de reprodução, os celacantos estão criticamente ameaçados de extinção. Se um celacanto morre antes de acasalar, esse animal não pode contribuir para as populações já em declínio da espécie, diz Mahe.
Os celacantos africanos provavelmente produzem uma ninhada de três a 30 filhotes a cada cinco anos. Isso significa que os celacantos africanos são “particularmente sensíveis a qualquer perturbação”, diz Mahe, que está interessado em estudar a seguir se o aquecimento dos mares devido à mudança climática pode impactar os celacantos.
PUBLICIDADE
Celacantos escaparam de muitas extinções
De acordo com Kathrin Lampert do departamento de biodiversidade, evolução e ecologia animal da Universidade Ruhr, Bochum, Alemanha, os celacantos escaparam de muitas extinções nos últimos 400 milhões de anos. Infelizmente, podem ser extintos no futuro próximo se não forem tomadas medidas para protegê-los.
Para entender melhor essa espécie, uma equipe de pesquisa genética analisou 71 indivíduos da costa leste da África (classe de peixes sarcopterígios cujas duas únicas espécies vivas são Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis, ambas encontradas no Oceano Índico.). Os pesquisadores analisaram marcadores genéticos do núcleo celular e mitocôndrias, as “usinas de energia” das células.
Leia também
Apreendidos 230 kg de barbatanas de tubarões no CearáContaminação de tubarões por cocaína, RJ, choca a mídia estrangeiraSegredo da longevidade do tubarão da Groenlândia é descobertoOs dados revelaram baixa diversidade genética. No entanto, certos padrões genéticos foram encontrados apenas em determinadas regiões geográficas.
Populações de celacanto
Existem apenas duas espécies conhecidas de celacantos: uma que vive perto das Ilhas Comores, na costa leste da África, e outra encontrada nas águas de Sulawesi, na Indonésia.
Muitos cientistas acreditam que as características únicas do celacanto representam um passo inicial na evolução dos peixes para animais terrestres de quatro patas, como os anfíbios.
Os celacantos são criaturas indescritíveis das profundezas do mar, que vivem em profundidades de até 700 metros abaixo da superfície. Eles podem ser enormes, atingindo 2 metros ou mais e pesando 80 quilos.
O Celacanto, espécie de 400 milhões de anos, vai continuar a se adaptar
Foram descobertas duas populações independentes nas águas da África do Sul, e Tanzânia. Os animais em torno das Ilhas Comores pertencem a dois grupos geneticamente distintos. Isso indica que embora o ritmo de evolução seja lento, os celacantos vão continuar a evoluir e a se adaptar a novas condições ambientais.
Tubarões sobreviveram a duas extinções
Outro animal marinho com a mesma idade, e igualmente em risco de extinção é o tubarão, predador do topo da cadeia alimentar. Ele também escapou de duas extinções naturais.
Assista ao vídeo
Fonte: https://www.nationalgeographic.com/animals/article/primitive-coelacanth-fish-lives-to-a-hundred; https://www.nationalgeographic.com/animals/fish/facts/coelacanths.