Baleia narval e o mito do Unicórnio, saiba mais sobre cetáceo
Baleia narval e o mito do Unicórnio, saiba mais sobre cetáceo
A baleia narval, ou melhor, o cetáceo narval, inspirou o mito do Unicórnio. Especialistas citados pela BBC mencionam que enciclopédias medievais do século 13 já ilustravam unicórnios. A lenda, porém, é mais antiga e remonta aos gregos.
Em 1576, o marinheiro inglês Martin Frobisher, explorando o Atlântico Norte, encontrou um objeto estranho na praia. Era branco, longo e espiralado. Ele acreditou ser um chifre de unicórnio.
O narval, parente da baleia beluga, trouxe a lenda do unicórnio de volta. Ambos vivem no Ártico. A BBC explica que o suposto “chifre de unicórnio” no Museu de Cluny é, na verdade, a presa de um narval, ou seja, um dente. Essas presas eram muito valorizadas por príncipes e papas.
O narval macho tem uma presa reta e espiralada, saindo de sua cabeça como uma lança. Mas o unicórnio não é o único mito baseado em animais marinhos. As sereias, temidas pelos gregos, foram inspiradas pelos peixes-boi. Na zoologia, eles são chamados de sirênios, uma ordem de mamíferos marinhos que inclui os peixes-boi da família Trichechida.
O narval é um eficiente predador, capaz de atingir até duas toneladas de peso, e mergulhar a profundidades de mais de mil metros atrás de suas presas. Seu habitat são as águas geladas do Ártico, próximas ao Canadá, Rússia, e Groenlândia. Raramente descem abaixo dos 65º de latitude Norte. Por mais de mil anos foram caçados pelos nativos da região, os Inuit, em razão da carne e do marfim.
Cientistas descobrem a função da presa
Um artigo do The Daily Catch revelou que a presa do narval é um órgão sensorial, não um rompedor de gelo ou arma, como se acreditava antes. A presa é, na verdade, o canino esquerdo que cresce além da mandíbula do mamífero marinho. Sem esmalte e poroso, funciona como uma antena, enviando informações ao cérebro. Com ela, os narvais detectam variações químicas na água e localizam comida.
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Características da baleia Narval
O narval, uma baleia única do Ártico, pode chegar a seis metros de comprimento, sem contar a presa de até cinco metros. Eles vivem até 50 anos e mergulham até mil metros de profundidade. Um em cada 500 machos pode ter duas presas. Seus predadores naturais são ursos polares e orcas, além do homem. Estima-se que existam cerca de 75.000 narvais no mundo. Especialistas alertam que eles são vulneráveis ao aquecimento global.
A caça e a proteção da baleia narval
Populações tradicionais ainda caçam narvais com caiaques e arpões. Eles usam quase todas as partes do animal, incluindo gordura, pele e carne. Para reduzir as perdas, a Comunidade Europeia proibiu a importação de presas de narval.
Espetáculo raro: 20 orcas caçam um grupo de narvais.