Baleia azul, ou Leviathan, boa notícia. Saiba porquê
Baleia azul, e a boa notícia: estudo publicado pela Australian Geographic traz alento para a reduzida população. Elas foram quase aniquiladas durante o período de caça ao cetáceo no início do século 20, com os navios-fábrica. Para se ter uma ideia do morticínio, o www.treehugger.com informa que ‘em 1931, durante o auge da caça às baleias, 29.000 baleias azuis foram mortas em uma única temporada’. Felizmente, a caça foi abolida da mundo civilizado, excluindo Japão, Noruega, e Islândia, nos anos 80. De acordo com pesquisadores brasileiros, restaram cerca de 3.000 mil indivíduos no mundo.
A baleia azul e seu trágico destino
Especialistas da USP que entrevistamos, antes e depois das viagens para a Antártica, dizem que a baleia azul caminhava célere para o desaparecimento. Com uma população extremamente reduzida, e um ciclo de reprodução bastante demorado, o mais provável seria a extinção.
Se isto de fato acontecer será uma imensa perda, literalmente. O maior animal da Terra mede entre 24 a 30 metros. Contudo, a mais longa já medida , e com precisão, é uma fêmea que registrou 23,5 metros. Elas se alimentam de krill; seus estômagos podem conter 1.000 quilos dos minúsculos crustáceos de cada vez.
Segundo o www.treehugger.com, coração da baleia azul é enorme. É o maior coração do reino animal, pesando cerca de 180 quilos – quase o mesmo peso de um gorila. A mesma fonte informa que a língua de uma baleia azul sozinha pode pesar tanto quanto um elefante.
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Entretanto, um novo estudo de pesquisadores australianos pode contribuir para salvar a espécie. Depois de analisarem o DNA de baleias azuis, ficou claro que existem três grupos distintos. Eles se juntam para se alimentarem na Antártica durante os verões. Mas são geneticamente distintos, isso significa que se reproduzem em locais diferentes. Possivelmente até em oceanos diferentes.
Se pudermos descobrir para onde vão, e os riscos que enfrentam no caminho, estaremos um passo mais perto de ajudá-las a recuperar-se de sua quase aniquilação por baleeiros durante o século 20.
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Tarefa difícil entender a ecologia das baleias azuis
Compreender a ecologia das baleias-azuis antárticas não é tarefa fácil. Apesar de seus 30 metros de comprimento e mais de 180 toneladas, achá-las nos mares, para realizar mais exames de DNA, é como procurar uma agulha no palheiro. Ainda assim depois de encontrá-las é preciso atirar um dardo que retira um pequeno pedaço do animal para ser analisado.
Antes dos estudos australianos, contudo, a Comissão Baleeira Internacional patrocinou pesquisas com o DNA dos cetáceos. Essa é a base dos estudos australianos que descobriram os três grupos distintos. Suspeita-se que elas sigam caminhos distintos no inverno quando sobem em direção aos trópicos para se reproduzirem.
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Baleia azul: população atual
Os números do morticínio durante o período de caça, sugeridos pelos australianos, são ainda mais trágicos que os dos pesquisadores brasileiros. A prática da caça teria reduzido sua população de 239.000 mil indivíduos para apenas 360.
Como se estivessem montando um quebra-cabeças os australianos dizem que é preciso conhecer as rotas de migração da baleia-azul com o objetivo de minimizar os riscos. E eles são muitos. Vão do tráfego de navios, até pesquisas sísmicas de petróleo e gás que produzem ruídos que se espalham por centenas de quilômetros. E as baleias azuis se comunicam através do som, de modo que a poluição sonora pode prejudicar sua comunicação e, em casos extremos, tornar algumas áreas inabitáveis.
Nossas últimas descobertas, juntamente com o nosso trabalho anterior sobre a hibridação, conectividade e história da população de baleias-azuis, fornecem peças importantes do quebra-cabeça da espécie. Mas ainda estamos na ponta do iceberg em nossa compreensão do maior animal do mundo para, posteriormente, contribuir com a sua recuperação.
Ouça aqui o canto da baleia azul
Últimas notícias
Antes dessa, a última notícia sobre baleias-azuis a que este site teve acesso dava conta da descoberta de um novo grupo, no Sri Lanka.
Fantástico, e raro, vídeo de uma baleia-azul com seu filhote.
Fonte: http://www.australiangeographic.com.au/news/2016/03/antarctic-blue-whales-split-into-three-populations?adbsc=social_20160309_59118266&adbid=10153447734098339&adbpl=fb&adbpr=100614418338.