Antônio Colucci, prefeito de Ilhabela: um delinquente a menos no litoral
Este ano de 2023 tem se revelado uma verdadeira lição para o litoral. Em maio, finalmente, vimos a cassação da prefeita de Ubatuba, Flávia Pascoal (PL), após uma longa lista de casos de corrupção, nepotismo e danos ambientais, como a extirpação de manguezais, para citar apenas alguns exemplos. Há tempos lutávamos por essa justiça, celebramos com o post: ‘Cassação de Flávia Pascoal e um recado aos corruptos’. Apenas cinco meses depois, parece ser mais do que coincidência que Antônio Colucci (PL), o prefeito de Ilhabela e um notório colecionador de processos – o JusBrasil indexou 232 deles! – tenha perdido seus direitos políticos para sempre. Para nós, esta é a notícia mais positiva do ano. Nada pode superar a perda dos direitos políticos do ex-prefeito e causador de inúmeras dificuldades em Ilhabela.
Temos o que comemorar
Falta apenas publicar a decisão e transitar em julgado
Mar Sem Fim processado
Este escriba teve o privilégio de ser processado tanto por Flávia quanto por Colucci. No segundo caso, saímos vitoriosos. O processo iniciado por Flávia ainda não chegou ao fim, mas estamos confiantes de que o resultado será o mesmo.”
Ilhabela é riquíssima, mas o povo, não
Ilhabela é líder na arrecadação de royalties do petróleo no Estado de São Paulo. Apenas em 2022, o município recebeu incríveis R$ 336 milhões. Mas espere, isso não é tudo. Com as ‘participações especiais’, esse valor se duplica, chegando a impressionantes R$ 700 milhões!
No entanto, apesar dessa receita substancial, os moradores, incluindo os caiçaras e a classe baixa, continuam a viver em condições precárias. As escolas deixam muito a desejar, o saneamento é deficiente, e a infraestrutura é lamentável em todos os aspectos.
Mais lidos
Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemVírus da gripe aviária mata milhões de aves mundo aforaArquipélago de Mayotte, no Índico, arrasado por cicloneAcidente com dois petroleiros russos ameaça o Mar NegroSegundo o Radar Litoral, o orçamento previsto para Ilhabela em 2024 será de R$ 1,210 bilhão. Agora, imagine, prezado leitor, o que poderia ser feito com essa quantia nas mãos de um administrador responsável, ao invés de um habitual infrator.
Colucci terá que devolver R$ 2 milhões por danos morais coletivos
Além de ser afastado da política, a ação judicial também determina que Colucci devolva R$ 2 milhões por danos morais coletivos. Embora pareça uma quantia modesta em comparação com o que ele provavelmente acumulou com o superfaturamento de obras, contratos sem licitação e desvio de recursos públicos, este é o fim da linha para ele.
PUBLICIDADE
Não tenho dúvidas de que Colucci se tornou um milionário após três mandatos repletos de irregularidades. No entanto, a decisão do relator do processo, Cristiano Zanin, apoiada pelo voto dos quatro ministros da Primeira Turma, encerrou a farra.
Aqueles que acompanham nosso site estão cientes da extensa lista de processos enfrentados por Colucci. E é relevante mencionar o mais recente: por ordem do Tribunal de Justiça, ele está sob investigação por incitar a população de Ilhabela a cometer crimes ambientais, como a remoção de jundu das praias do município em maio de 2023.
Leia também
Vila do Cabeço, SE, tragada pela Usina Xingó: vitória na JustiçaEuclides da Cunha e os caiçaras da ilha Vitória, S. SebastiãoInvestimentos no litoral oeste do Ceará causam surto especulativoDe maneira semelhante, Colucci demonstrou sua incapacidade e ignorância para administrar um município costeiro em um momento em que o “portão do inferno” está se abrindo, conforme afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU, referindo-se ao descontrole do aquecimento global.
Eleições municipais no litoral em 2024: é hora da reação
A condenação definitiva de Antônio Colucci é um alerta claro para todos nós, amantes do litoral. Não podemos deixar escapar a oportunidade que está diante de nós. Em um momento em que enfrentamos a crise do aquecimento global, não podemos permitir que líderes inexperientes e ignorantes continuem a administrar os municípios costeiros.
À medida que as eleições municipais de 2024 se aproximam, é hora de agir com determinação. A convocação deste site, que foi feita em uma postagem publicada em 27 de setembro, está surpreendendo pela resposta que tem recebido.
A questão é: permitiremos que essas pessoas e seus aliados continuem a estuprar os municípios coletivamente? Ou é hora de finalmente agir? Devemos conhecer os vereadores, ouvir suas promessas, exigir compromissos e apoiar aqueles que consideramos honestos e dignos para liderar.
Fui (comemorar).
Praia do Viral, Aracaju, erosão crônica fará com que desapareça