Animal marinho mais antigo tem mais de 4 mil anos
Nós já comentamos uma pesquisa publicada na Science que demonstrou, através de datação por radiocarbono de proteínas oculares, que um tubarão da Groenlândia nascido no século 17 está vivo até hoje. O animal não é uma espécie agressiva ao ser humano. E, além do mais, é um tipo extremamente tímido. Demorou mais de 18 anos para que alguém conseguisse um vídeo que mostrasse o tubarão em seu ambiente natural. Por isso, a espécie acabou sendo mais conhecida por leigos a partir desta descoberta fantástica: um tubarão ainda vivo com cerca de 400 anos! Contudo, o animal mais antigo dos oceanos tem cerca de 10 vezes mais idade. Em 2009 a Live Science publicou uma matéria sobre os corais de águas profundas, os animais vivos mais antigos com esqueleto nos mares, segundo pesquisa que encontrou uma espécie de coral com 4.265 anos de idade na costa do Havaí.
Corais de águas profundas
O Instituto Schmidt informa que, embora importantes, os recifes rasos são menos diversos que os corais de águas frias e profundas. Estes corais se adaptaram para viver tanto em ambientes rasos quanto profundos.
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O coral com 4.265 anos de idade na costa do Havaí
Roark e sua equipe de pesquisa ressaltaram que as baixas taxas de crescimento dos corais tornam sua conservação ainda mais importante porque as colônias demoram muito para se recuperar. Eles sugerem que qualquer futura colheita de corais seja considerada como a extração de um recurso não renovável.
Crescimento lento do coral de águas profundas
A Live Science relatou que as idades dos corais indicam um crescimento muito mais lento do que o previamente estimado, ocorrendo a uma taxa de apenas alguns micrômetros por ano. Para referência, um micrômetro é aproximadamente o diâmetro de uma célula sanguínea humana.
Os autores observaram que os corais de águas profundas do Havai, que sustentam diversas comunidades de peixes e invertebrados, estão sob ameaças da pesca de arrasto de fundo, que danifica os leitos de coral, da colheita para joias e de outras atividades associadas à pesca comercial.
Roark e seus colegas investigadores dizem que as lentas taxas de crescimento implícitas no seu estudo tornam a conservação dos corais ainda mais crítica, uma vez que as colônias demoram a substituir o que se perde.
“Sugerimos que qualquer colheita futura seja considerada no contexto de uma estrutura de recursos não renováveis”, escreveram.
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