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Conferência do Clima de Varsóvia, veja os principais pontos do acordo

Conferência do Clima de Varsóvia: governos querem costurar novo tratado até o primeiro trimestre de 2015

Veja abaixo os principais pontos dos acordos adotados neste sábado (23) na Conferência do Clima de Varsóvia:

– RUMO AO ACORDO DE 2015 EM PARIS:
O texto “convida todas as partes a lançar, ou intensificar, seus preparativos sobre as ‘contribuições’ que devem submeter, sem prejuízo de sua natureza legal” no acordo de 2015, e a “comunicá-los antecipadamente” à conferência de Paris (até o primeiro trimestre de 2015 para as partes).

– AJUDA FINANCEIRA AOS PAÍSES DO SUL:
Pede-se aos países centrais que “continuem a mobilizar dinheiro público, em níveis superiores” aos da ajuda de urgência decidida para 2010-2012, de US$ 10 bilhões por ano. Além disso, a primeira capitalização do Fundo para o Clima “deve atingir um nível muito significativo, que reflita as necessidades e os desafios que devem superar para enfrentar a mudança climática”.

– PERDAS E DANOS:
Criação de um “mecanismo internacional de Varsóvia sobre perdas e danos”, submetido pelos países do Sul por causa do aquecimento global, quaisquer que sejam as medidas de adaptação ou de mitigação tomadas.

Pode-se tratar ainda de eventos extremos, como furacões, ou a lenta evolução do nível dos mares.

Deverá permitir melhorar os “conhecimentos” e “aumentar o apoio, incluindo financeiro, tecnológico (…) para tratar da questão das perdas e dos danos associados aos efeitos desfavoráveis da mudança climática”.

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Em um primeiro momento, dependerá de um mecanismo já existente que trata das questões de adaptação, mas, a pedido dos países em desenvolvimento que querem uma estrutura totalmente dedicada a esse tema, o ponto será “revisto” em três anos.

– PROTEÇÃO DAS FLORESTAS:
O mecanismo REDD+ (Redução das Emissões causadas pelo Desflorestamento e pela Degradação das Florestas), adotado em Cancún em 2010, foi completado.

Ele consiste em levar os países com preciosas florestas tropicais a evitar que sejam derrubadas, ou a administrá-las de maneira sustentável, oferecendo-lhes compensações financeiras.

Um dos grandes avanços de Varsóvia é a “santuarização” das “cláusulas de salvaguardas”, sobre a proteção das populações autóctones, ou ainda a da biodiversidade, que possam ser ameaçadas por projetos REDD+ (ex.: proibição da caça nas zonas protegidas).

O texto prevê que os países em desenvolvimento deverão “respeitá-las antes de receber” o dinheiro, mas a questão central do financiamento desse sistema não foi acertada.

Da AFP.

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