Parna de Jericoacoara: uma rara beleza cênica
Parna de Jericoacoara, última Unidade de Conservação visitada do Ceará.
O Parque Nacional de Jericoacoara tem rara beleza cênica, aproximadamente 27 km de costa e um turismo que cresce a cada ano. Mas o PARNA enfrenta graves problemas de administração. Assista!
Bioma: Marinho Costeiro
Área: 8.862,89 hectares
Criação: 04 de fevereiro de 2002
Localização: Cruz, Jijoca e Jericoacoara, Ceará
Tipo: Proteção Integral
Parna de Jericoacoara
O Parna de Jericoacoara conseguiu o impossível: não se beneficiar dos cerca de 700 a 750 mil turistas que o procuram a cada ano. O que todos os parques do mundo querem, turistas para visita-los, vão às carradas para Jeri.
Esta é a função precípua de qualquer área pública aberta à visitação. Mas o Parque Nacional de Jericoacoara, por uma visão deturpada, mesquinha, totalmente equivocada do ICMBio, e de políticos ligados ao estado do Ceará, não se aproveita de nenhum deles.
A vila de Jericoacoara, incrustrada no meio do Parque, vive abarrotada de turistas a ponto de ter o ‘trânsito infernal de automóveis’ apontado como um dos principais problemas. Para chegar até ela é preciso atravessar o Parque Nacional.
Só que, apesar de ter mais de dez anos desde o decreto de criação, o Parna ainda não conseguiu colocar vigilantes nas guaritas das entradas, construídas em 2008 e semi-abandonadas, e cobrar ingressos. É o suprassumo do absurdo!
Turismo em parques no mundo
Os Estados Unidos são o país de referência. Por ano cerca de 300 milhões de pessoas visitam seus parques nacionais norte-americanos gerando renda que é reaplicada nos mesmos locais.
Esta entrada de recursos muitas vezes é suficiente para pagar, ou diminuir barbaramente, seus custos. Os “recursos naturais”, a cada dia mais escassos, se tornaram hit. Pessoas atravessam o planeta para observar aves ou mamíferos marinhos.
O Brasil tem fartura a oferecer. O país figura em primeiro lugar no quesito ‘recursos naturais’ mas, num ranking mundial de competitividade no turismo, a atividade ocupa a 51a posição entre 140 países (fonte: Unidades de Conservação no Brasil: A contribuição do uso público para o desenvolvimento socioeconômico).