Os últimos 10 anos foram a década mais quente dos oceanos
De acordo com a NASA, noventa por cento do aquecimento global acontece nos oceanos, aumentando a temperatura interna da água desde 1955. Isso acontece porque os oceanos absorvem mais de 90% de energia térmica retida pelo CO2. Além disso, o calor no oceano faz sua água se expandir, o que contribui para o aumento do nível do mar. A maior parte dessa energia se acumula na superfície, até uma profundidade de 700 metros. Os últimos 10 anos foram a década mais quente do oceano desde 1800. Em 2023, os oceanos do mundo absorveram mais calor do que em qualquer outro ano desde o início dos registros. Um artigo divulgado em 11 de janeiro de 2024 confirma isso. O estudo anual, liderado pelo Instituto de Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências em Pequim, traz essa nova atualização
Os autores da pesquisa
Em 2023, os 2.000 metros superiores dos oceanos absorveram mais calor do que em 2022, o ano mais quente anterior. Cheng Lijing, autor principal do estudo do Instituto de Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências, comparou isso a 2,3 bilhões de piscinas olímpicas fervendo.
A pesquisa mostrou um aumento notável de 0,23 graus Celsius na temperatura média global da superfície do mar em 2023, em comparação com 2022. O estudo também analisou a salinidade do oceano. Encontrou um aumento de salinidade em áreas já salgadas e uma diminuição em áreas menos salgadas.
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Fenômeno irreversível
Segundo os cientistas, o aquecimento dos oceanos é um fenômeno irreversível que persistirá ao longo deste século, mesmo que as emissões de gases de efeito estufa possam ser interrompidas.
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Pedimos ao leitor que atente para o fato de que até agora, não emitimos nenhuma opinião, apenas mostramos em grandes linhas o que a pesquisa descobriu. Não poderia ser muito diferente. Não faz uma semana que publicamos outra descoberta sombria, desta vez pela agência climática europeia Copernicus, segundo a qual 2023 foi o ano mais quente desde tempos pré-industriais.
Os recifes de corais
Isso degrada os já combalidos recifes de corais, que abrigam um quarto da vida marinha do mundo e fornecem alimentos para mais de 500 milhões de pessoas. Em outras palavras, a vida marinha está mais que ameaçada.
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