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O maior barco à vela já construído, venha conhecer

O maior barco à vela já construído, venha conhecer o Thomas W. Lawson

Inicialmente, lançaram o navio ao mar em 10 de julho de 1902. As medidas impressionam até hoje: 145 m de comprimento, sete mastros com quase 58 m de altura cada e, ao todo, até 25 velas. Em consequência, a área vélica cumulativa era de nada menos que 4.330 metros quadrados. Entretanto, para tripular o colosso eram necessários apenas 18 marinheiros, ao mesmo tempo em que um navio de porte semelhante demandava até mesmo 50 tripulantes! Além disso, tinha capacidade de carga de 11.000 toneladas. O Thomas W. Lawson foi construído pelo empresário de mesmo nome. Ele atuava com cobre, com o propósito, principalmente, de mostrar ao mundo que a vela podia permanecer competitiva na era do vapor. Conheça o maior barco à vela já construído.

Gravura do maior navio à vela do mundo
Imagem, Wikimedia Commons.

O maior barco à vela já construído

Thomas Lawson (1857-1925) nasceu em Charleston, Massachusetts, em 26 de fevereiro, filho de um carpinteiro. Inteligente,  cedo entrou em operações ousadas no mercado de ações. Elas, entretanto, renderam e o fizeram perder várias fortunas simultaneamente. Thomas igualmente ajudou a lançar empresas como a Amalgamated Copper Company em 1899.

Como resultado, vivia luxuosamente. E, frequentemente, aparecia aos olhos do público. Sua fortuna pessoal, estimada em US$ 50 milhões. Mas, apesar da riqueza,  líderes sociais estabelecidos trataram-no com desdém.

Desse modo, Lawson se ressentiu. Especialmente, pela recusa de permissão para ter seu iate inscrito nas competições da America’s Cup sob o argumento de que não era membro do New York Yacht Club. O mesmo esnobismo de que fora vítima um dos maiores construtores de barcos à vela de todos os tempos, William Fife, de quem já tratamos.

O imenso veleiro

O enorme veleiro que mandou construir foi originalmente criado para viajar pelas rotas do carvão ao longo da costa leste da América do Norte. Mas, quando totalmente carregado, seu calado era de nove metros.

De tão grande chega a ser feio. Imagem, domínio público en Wikimedia Commons.

Curiosamente, naquela época havia apenas um porto nos Estados Unidos capaz de receber esse tipo de navio, o Newport News, Virgínia. Com isso, a capacidade foi reduzida para 7.400 toneladas para atracar em mais portos. Mesmo assim, com carga reduzida, o Thomas W. Lawson era tão grande que se tornava difícil de manobrar além de lento.

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A escuna não tinha motor propulsor, mas era equipada com motor de leme a vapor, guinchos a vapor, e até rede telefônica. Imagem,www-amusingplanet.

Em consequência, o navio precisava muito vento para navegar. Os marinheiros o comparavam a uma banheira. oOu até mesmo uma baleia encalhada. Seja como for, na época havia grande demanda por petróleo.

Por isso o veleiro foi vendido para a Anglo-American Oil Co. E, nos estaleiros Newport News & Drydock, em 1906, convertido em petroleiro carregando até 60 mil barris.

A última viagem

Finalmente, em 19 de novembro de 1907 o Lawson zarpou das docas da refinaria Marcus Book, 20 milhas ao sul da Filadélfia. Seu destino era Londres na primeira viagem transatlântica. Além disso, a bordo de seus porões havia 58.000 barris de petróleo.

Imagem, www-amusingplanet.

Entretanto,  a rota mostrou-se mortal. Desse modo, enfrentou vários temporais que destruíram a maioria de suas velas. E ao mesmo tempo os vagalhões que varreram seu convés destruíram igualmente todos os botes salva-vidas, exceto um. Apesar dos pesares, em 13 de dezembro entrou no Canal da Mancha.

O capitão George Washington Dow, confiante, achava que o colossal veleiro resistiria a mais uma tempestade. Por isso recusou ajuda de navios próximos. Contudo, na noite seguinte o vendaval atingiu 140 Km/h. De tão forte,  partiu a corrente da âncora. Em conclusão, desgovernada, a escuna bateu na costa rochosa de Annet, e virou.

Sobraram algumas fotos, gravuras, e esta miniatura. Imagem, ugh Llewelyn en Flickr.

Como consequência, dos 18 tripulantes apenas dois se salvaram, o capitão, e o engenheiro Edward L. Rowe. Hoje, os destroços do Thomas W. Lawson são a grande atração de mergulho a nordeste de Shag Rock, a uma profundidade de 17 metros. E podem ser visitados por mergulhadores em tempo bom.

Antes de afundar. Imagem, www.amusingplanet.

Imagem de abertura: Wikimedia Commons

Poluição brutal do Polo Petroquímico de Capuava  discutida

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