Naufrágio romano com 2.000 anos é encontrado na Croácia
Mais uma descoberta fantástica, fruto dos avanços da arqueologia submarina. Desta vez um naufrágio romano com 2.000 anos foi descoberto no mar de Sukosan, Croácia, a apenas dois metros de profundidade! Isso mesmo, apenas dois metros. Porém, o barco estava coberto de areia num local em que, em 1973, foi descoberto um antigo porto de Barbir. O chefe de pesquisa disse que além das partes externas, danificadas por vermes, o resto está em condições incrivelmente boas, graças ao fato de que a madeira foi preservada na areia por dois milênios.
Porto de Barbir
Segundo o www.croatiaweek.com, o antigo porto de Barbir, perto de Sukosan, foi descoberto em 1973 através de imagens fotográficas aéreas. Por muito tempo, foi documentado apenas na superfície, graças à pesquisa do arqueólogo Boris Ilakovac.
Em 2017, iniciaram-se novas obras na área, paralelamente à pesquisa de uma vila romana no continente, significativamente danificada devido à construção moderna. Felizmente, parte do local sob o mar está bem preservado”, disse Mladen Pesik, que também é o chefe deste projeto.
A pouca profundidade do naufrágio significa que as equipes podem permanecer no local por longos períodos de até duas horas. Assim, as escavações podem ser feitas mais rapidamente.
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Moedas cunhadas durante o reinado do imperador Constantino
Arqueólogos identificaram pela primeira vez um possível local de naufrágio em 2021, depois de encontrar pedaços de madeira e moedas cunhadas durante o reinado do imperador Constantino.
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Isso levou a uma pesquisa submarina em grande escala que expôs nove metros do casco, enterrado em camadas de areia nas proximidades do porto romano de Barbir.
“Esperávamos que houvesse um barco ao lado”, diz Pesik. “Por isso no ano passado abrimos as quatro primeiras praças, cada uma com uma área de quatro metros quadrados, e começamos a pesquisar no local. E, de fato, havia um navio romano lá que datamos do final do século I ou do início do século II.”
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Navio Concórdia que abastecia Fernando de Noronha naufragaCapitão do Bayesian investigado por homicídio culposoHouthis ameaçam Mar Vermelho com 1 milhão de barris de petróleoAmostras foram enviadas à França para análise, na esperança de que uma data mais definitiva possa ser determinada e, da mesma forma, descobrir se o material de construção era local ou veio de outras regiões.
Quanto ao antigo porto, ao que parece era bem importante. De acordo com o www.ancient.origins.net, Sukosan, recebeu esses itens de diferentes partes do Mediterrâneo, incluindo a atual Grécia, Turquia, Península Arábica e Itália, todas importantes redes de rotas comerciais. A rede de rotas também inclui fortes ligações com o norte da África, como evidenciado pelas descobertas.
O navio romano
O barco tem cerca de três metros de largura. E, até agora, cerca de nove metros de seu comprimento foram descobertos. O líder do projeto de seis anos até o momento, Pesik, diz que o único dano substancial ao naufrágio resulta da ação de vermes que degradaram áreas expostas da embarcação.
O navio foi inicialmente datado do século II, mas mais tarde mudou para o século I vinculada com a construção da 1ª fase do porto. Então, a Universidade de Zadar foi chamada para ajudar a acelerar o processo.
Esta é uma ótima notícia. Com o casco ainda intato, é provável que em um futuro breve saberemos mais sobre a arte da construção naval na antiguidade. Havia entre os povos antigos, grandes navegações.
Contudo, sabe-se pouco da arte da construção naval de fenícios, egípcios, gregos e romanos, entre outros.
Naufrágios romanos, bizantinos e otomanos encontrados em perfeito estado no Mar Negro
Ainda em 2018, foram encontrados naufrágios dos impérios romano, bizantino e otomano no Mar Negro. Ed Parker, CEO do Black Sea Maritime Archaeological Project, exultou: “Alguns dos navios que descobrimos só foram vistos em murais e mosaicos até o momento. Há um navio comercial medieval onde as torres na proa e na popa ainda estão lá.”
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Este é o ponto. A maioria das embarcações usadas na antiguidade só foram vistas em desenhos, ou através de suposições em razão de outras descobertas no litoral.
Agora, com estes achados em bom estado de conservação, é possível que em breve saberemos mais sobre os demorados avanços da construção naval do passado.
O pesquisador chefe do projeto que descobriu o navio romano confirma: “Com esta pesquisa, conseguimos alcançar metade do navio. Cada elemento é marcado, fotografado e, com base nisso, faremos depois o planejamento da embarcação. Ao contrário da maioria dos navios antigos que afundam e acabam deformados no fundo do mar, este conseguiu manter a forma.
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